Comunicação Social/Diretor da RSM promete reforçar diálogo inter-religioso e étnico para uma paz duradoura no país
Bissau, 14 Fev 23(ANG) – O Diretor da Rádio Sol Mansi (RSM) prometeu hoje o reforço do diálogo inter-religioso e étnico para a efetivação de uma paz duradoura na Guiné-Bissau.
Em declarações à ANG, Casimiro Jorge Cajucam afirmou que a instituição está empenhada na
promoção da paz desde a sua abertura à 14 de Fevereiro de 2001, frisando que o lema da celebração do aniversário é “ Sol Mansi ao serviço da paz e
diálogo inter-religioso, inter-étnica e na defesa de direitos fundamentais”.
Disse que a
RSM, apesar de ser pertença da Igreja Católica sempre se abriu para toda as religiões e etnias, com cedencia
de espaços para os evangélicos e muçulmanos
fizerem sensibilizações, promoção e
expansão das suas atividades religiosas.
“A RSM se posicionou como fator da paz e estabilidade entre as
duas rádios que durante o conflito político/ militar favoreceram as partes,
nomeadamente a Bombolom FM, que favorecia os rebeldes (Junta Militar) e
Rádio Difusão Nacional que trabalhava
para a parte governamental”, salientou.
Aquele responsável sublinhou
que a emissora registou uma grande adesão de jovens em regime de voluntariado
nessa altura, cerca de uma centena, que depois da seleção diminuiu para 40.
O director da RSM dividiu os
22 anos de existência do órgão em três etapas: a primeira marcada pela sua criação como rádio
comunitária, no setor de Mansôa, com o objetivo
de criar pontes entre as tabancas e ajudar a reconciliar a população daquela
zona norte do país, após a guerra civil de 07 de Junho 1998.
Na segunda etapa, em 2008, a RSM ganhou o
estatuto de uma rádio nacional e abriu estações
em Bafatá e Bissau, com preocupações de demonstrar que “é possível fazer um jornalismo
diferente”.
“Nesta fase censuramos os
comunicados de ameaças, inclusivé de morte, que muitos cidadãos faziam cada vez que percam as suas crias. Em que
escreviam: ”quem pegar ou viu o meu animal vou para o Irã(feiticeiro) de Malila fazer o que
quero e as consequência serão da inteira responsabilidade do suposto ladrão”,
disse.
Casimiro Cajucam afirmou que
também acabaram com “ameças e ataques
incendiários” de alguns políticos aos seus adversários, e de discursos e promessas
infundadas à população.
“A RSM não será a porta-voz
da “mentira”. Quando querem fazer passar sua magazines ou qualquer atividade já
sabem que devem moderar a linguagem que vão usar ”, frisou.
Jorge Cajucam referiu que a RSM chegou de patrocinar a ida dos
irmãos muçulmanos para um encontro em
Portugal sobre diálogo inter-religioso e outro nos Estados Unidos de América.
De acordo com Cjucam , nesta
terceira fase, a RSM está a reforçar as suas capacidades e vai continuar a
promover a paz e o diálogo inter-religioso e inter-étnico com finalidade de
evitar o mal.
“Atualmente há pessoas que
estão a tentar criar a divisão nas etnias, religiões e na política para criar
confusões ou para ganhar a fama”, disse.
Casimiro Cajucam diz que neste momento a RSM conta com 32 funcionários efetivos, com contratos entre
jornalistas e pessoal administrativo, e mais 20 colaboradores, totalizando 52 funcionários.
ANG/JD/ÂC//SG
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