quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Peru/Amnistia Internacional reúne provas de violações dos direitos humanos

Bissau, 16 Fev 23 (ANG) - A ONG Amnistia Internacional reuniu provas sobre 46 casos de violações dos direitos humanos, cometidas pelas forças de ordem peruanas, que acabaram por provocar a morte de manifestantes.

 As provas foram apresentadas quarta-feira à Presidente Dina Boluarte.

Durante um encontro com a Chefe de Estado do Peru, a Organização Não Governamental apresentou “provas” de violações dos direitos humanos cometidos pelas formas de ordem do país.

A Amnistia Internacional afirma que a polícia fez disparos intencionais, durante as manifestações, que resultaram na morte de várias pessoas.

Segunda a directora das Américas, na Amnistia Internacional, foram apresentadas evidências de que durante as manifestações “foi usada força excessiva, desproporcional e repetidamente letal, usando suas armas contra pessoas que protestavam”.

Erika Guevara disse ainda que a Presidente Dina Boluarte garantiu que "em nenhum momento deu ordem para se usarem armas letais para controlar os manifestantes".

A Amnistia Internacional acrescenta que recolheu depoimentos de vítimas da repressão em Lima, na capital, Ayacucho, Andahuaylas e Puno no sudeste, numa total de 46 casos de violações dos direitos humanos, baseando-se igualmente nas provas reunidas pelas autoridades peruanas.

O Procurador-geral do Peru anunciou a abertura de uma investigação para apurar se as forças de ordem provocaram a morte de manifestantes, durante a repressão dos protestos antigovernamentais, a 15 de Dezembro.

De acordo com o gabinete peruano da Ombudsman, pelo menos oito pessoas perderam a vida, entre eles um menor, em Ayacucho, durante os confrontos com a polícia, a 15 de Dezembro. Os manifestantes pediam a demissão da Presidente Dina Boluarte. Os protestos no Peru começaram a 7 de Dezembro, após a destituição e a prisão do Presidente Pedro Castillo, fizeram 48 mortos, incluindo um policia.

Os manifestantes exigem a dissolução do Congresso, uma nova Constituição e a demissão de Dina Boluarte, que assumiu o cargo de vice-presidente após a detenção de Pedro Castillo.ANG/RFI

 

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