Bruxelas/UE aprova décimo pacote de
sanções contra a Rússia
Bissau, 16 Fev
23 (ANG) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou
quarta-feira, em sessão plenária do Parlamento de Estrasburgo que a União
Europeia deverá adoptar até ao próximo dia 24 de Fevereiro, o décimo pacote de
sanções contra a Rússia.
Ursula von der Leyen quer fazer coincidir
as sanções com o primeiro aniversário do início da invasão russa da Ucrânia.
O décimo pacote de sanções, avaliado em 10
mil milhões de euros, vai incidir nos componentes electrónicos utilizados nos
sistemas russos como drones, mísseis e helicópteros.
Com estas sanções presidente da Comissão
Europeia pretende ainda atingir o Irão que tem sido acusado de fornecer drones
ao exército russo.
“Os drones
iranianos estão a matar civis ucranianos, é atroz. Então, pela primeira vez,
também estamos a propor sanções contra os iranianos, incluindo os que estão
ligados à Guarda Revolucionária. É o nosso dever”,
disse Ursula von der Leyen.
O chefe da diplomacia europeia, Josep
Borrel, referiu que, para além das sanções, os países europeus anunciaram mais
apoio militar à Ucrânia.
A presidente da Comissão Europeia elogiou
ainda os esforços da Ucrânia, candidata à adesão à União Europeia.
"Putin
queria matar o sonho europeu da Ucrânia, hoje a Ucrânia caminha em direção à
União Europeia mais rápido e resolutamente do que nunca", sublinhou.
Esta quarta-feira, os países da Nato
relançaram, em Bruxelas, as discussões sobre o aumento das despesas com a
defesa acima dos 2% do Produto Interno Bruto.
Há vários meses que Jens Stoltenberg tem
estado a defender que são necessários investimentos significativos para
modernizar as capacidades militares da Aliança, considerando que o compromisso
assumido em 2014 pelos aliados de se aproximar dos 2% do seu PIB destinados às
suas despesas de defesa deve ser revisto.
“Devemos parar
de ver 2% como tecto máximo, comprometendo-nos mais firmemente com uma
perspectiva de longo prazo”, disse.
A invasão russa da Ucrânia voltou a
colocar esta delicada questão no centro do debate e será um dos temas centrais
da cimeira da Aliança Atlântica agendada para Julho em Vilnius. ANG/RFI
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