quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

 Diplomacia/Japão diz à China que não aceita violação do espaço aéreo

Bissau, 15 Fev 23 (ANG) - O Japão avisou esta quarta-feira a China de que qualquer violação do espaço aéreo com “balões espiões” é inaceitável.


O Ministério da Defesa avança que uma nova análise de objectos voadores não identificados, no espaço aéreo japonês, feita nos últimos anos, indica que se tratavam de “balões espiões” chineses.

As declarações do Ministério da Defesa japonês não deixam dúvidas, uma recente análise feita aos objectos voadores não identificados nos céus do Japão revela que se tratavam de “balões espiões” chineses.

"Após uma análise aprofundada dos objectos voadores em forma de balão, previamente identificados, no espaço aéreo japonês, incluindo os de Novembro de 2019, Junho de 2020 e Setembro de 2021, presumimos que se trata de balões de reconhecimento, aeronaves não tripuladas enviadas pela China", disse o ministério em um comunicado na noite de terça-feira.

As autoridades japonesas pediram ao governo chines que confirma os factos e reiteraram a importância desta situação não voltar a acontecer, por ser inaceitável.

“As violações do espaço aéreo por balões de reconhecimento não tripulados estrangeiros e outros meios são totalmente inaceitáveis", insistiu o Ministério da Defesa.

O Japão anunciou ainda que pretende alterar a lei sobre a presença de objectos voadores no espaço aéreo, de forma a poder destruí-los com mais facilidade.

De acordo com a agência de notícias Kyodo, actualmente a lei prevê a destruição deste objectos apenas quando representam uma ameaça directa e imediata.

No início do mês, osEstados Unidos abateram um "balão-espião" chinês que andava há dias a sobrevoar várias zonas do país, como o estado do Montana, no nordeste, onde se situa um dos três campos de silos de mísseis nucleares existentes em território norte-americano.

Na altura, a China admitiu que o balão lhe pertencia, justificando que se tratava de um objecto com fins meteorológicos, que tinha extraviado da rota devido a ventos fortes, negando tratar-se de episódio de espionagem.

Os Estados Unidos também anunciaram que tinham detectado outro "balão-espião"  sobre a América Latina, o que o Governo chinês também admitiu, embora continuando a manter que o dirigível não representava "qualquer ameaça".

Na sexta-feira, os EUA abateram objecto não identificado nos céus do Alasca e no sábado outro que sobrevoava o Lago Huro, no Estado do Michigan. Um dia depois, o Canadá anunciou ter abatido um objecto semelhante, na costa do Alasca.

Entretanto, a China acusou os EUA de também fazer uso desta tecnologia, alegando que, só desde o início do ano, identificou dez balões no seu próprio espaço aéreo. As declarações de Pequim já foram rejeitadas por Washington. ANG/RFI

 

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