sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

ONU/Assembleia-Geral  pede a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia

Bissau, 24 Fev 23 (ANG) - A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou na quinta-feira (23) uma resolução que exige a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia e pede uma “paz abrangente, justa e duradoura”. O texto foi apoiado por uma ampla maioria.


Desde o ano passado a Rússia utiliza o seu direito de veto para impedir qualquer acção concreta das Nações Unidas em relação ao conflito na Ucrânia, obrigando a Assembleia-Geral a assumir a questão.

Esta resolução foi votada numa sessão especial da Assembleia-Geral da ONU na véspera da invasão russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022. O documento foi aprovado por 141 votos a favor e apenas 7 contra, além das 32 abstenções e apesar do seu carácter não vinculativo, possui um forte peso político. A Guiné-Bissau, Senegal e mais outros 10 países não participaram na votação.

Segundo o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, esta resolução "não é apenas um pedaço de papel", vendo-a como um "reflexo das preocupações da comunidade internacional".

O destaque vai para o Brasil, o único país membro dos BRICS a votar favoravelmente à resolução apresentada pela Ucrânia e apoiada pelos Estados Unidos e a União Europeia. Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão a Índia, China, Angola, Moçambique e a África do Sul.

Na quarta-feira, na abertura desta sessão especial, o Secretário-Geral da ONU António Guterres denunciou a "afronta à consciência colectiva" que a invasão da Ucrânia representa. "As possíveis consequências da escalada do conflito são um perigo claro e presente", advertiu, referindo-se em particular aos riscos nucleares.

Mais tarde, o Secretário-Geral ainda publicou uma mensagem nas redes sociais a defender a posição inequívoca da ONU, que é o “comprometimento com a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia, dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. ANG/RFI

 

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