China/Fórum de Macau quer aproveitar
vantagens lusófonas para apoiar diversificação económica do território
Bissau, 16 Fev 23 (ANG) - O secretário-geral
do Fórum de Macau defendeu quarta-feira que o organismo vai "aproveitar as
vantagens dos países lusófonos" para apoiar a diversificação económica do
território.
Ji
Xianzheng referia-se, além do setor de turismo e lazer, à promoção do
desenvolvimento das quatro principais indústrias de desenvolvimento
prioritário, a da tecnologia de ponta, a 'big health', a financeira moderna e a
de convenções e exposições, cultural e desportiva.
Para
o responsável, este apoio vai enriquecer "as funções da plataforma dos
serviços para a cooperação comercial entre a China" e os países lusófonos
e apoiar Macau na "integração na conjuntura do desenvolvimento"
chinês.
"Os
países participantes do Fórum de Macau têm seguido o seu plano de ação e a
declaração conjunta, definidos na conferência ministerial, não relevando a
dissociação, nem prevalecendo o isolacionismo, mas sim aderido ao espírito de
cooperação para ganhos comuns, realização recíproca e criação conjunta para um
futuro prometedor compartilhado", sublinhou.
Ji
destacou, no almoço oferecido aos órgãos de comunicação social, que este ano
vai marcar o 20.º aniversário do estabelecimento do Fórum para a Cooperação
Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e
a 15.ª edição da Semana Cultural da China e das nações lusófonas.
Em
2003, a China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como
plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua
portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, através do Fórum Macau.
Tutelado
pelo Ministério do Comércio da China, o Fórum assume-se como “um mecanismo
multilateral de cooperação intergovernamental centrado no desenvolvimento
económico e comercial, tendo como objetivos consolidar o intercâmbio económico
e comercial” sino-lusófono.
O
secretariado permanente do Fórum integra, além de um secretário-geral e de três
secretários-gerais adjuntos, os nove delegados dos países lusófonos: Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O
secretário-geral lembrou que, no ano passado, o Fórum de Macau realizou a
reunião extraordinária ministerial, em formato 'on-line' e 'off-line', sob o
lema “Um Mundo sem Pandemia, Um Desenvolvimento Comum”, tendo o território como
local principal.
Na
reunião extraordinária ministerial foram aprovadas a declaração conjunta e a
adesão oficial da República da Guiné Equatorial como país participante.
Inicialmente
prevista para 2019, a sexta conferência ministerial foi adiada para junho de
2020, devido às eleições para o parlamento de Macau, mas não se realizou devido
à pandemia de covid-19.
Ao
longo de 2022, o secretariado permanente recebeu ainda mais de vinte delegações
económicas e comerciais da China, participou em mais de dez atividades de
promoção económica e comercial, organizou três colóquios temáticos 'on-line' e
realizou a 14.ª semana cultural da china e dos países lusófonos.
ANG/Lusa
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