segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Guerra Médio Oriente/Pelo menos 15 mortos em 200 ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano

Bissau, 14 Out 24 (ANG) - O Ministério da Saúde libanês afirmou que pelo menos 15 pessoas morreram na madrugada de Domingo, 11 destas em dois ataques no norte de Beirute, durante os 200 ataques realizados pelas forças de Israel direccionados a alvos do Hezbollah.

Entre os alvos atacados, estão “células terroristas (milícias), lançadores, postos de mísseis antitanque e locais de infra-estruturas”, como armazéns de armas, segundo o comunicado militar israelita, que descreveu a ofensiva de guerra no país vizinho como “limitada, localizada e específica”.

Pelo menos 15 pessoas morreram na madrugada de hoje nos bombardeamentos israelitas, nove destas, segundo o Ministério da Saúde libanês, num ataque contra a aldeia de Maaysrah, situada a norte de Beirute, e mais duas - juntamente com quatro feridos - em Deir Billa.

No sul, mais quatro pessoas morreram e 18 ficaram feridas num ataque a Barja, no distrito de Shouf, 34 quilómetros a sul de Beirute. No sábado, Israel ordenou a retirada de outras 22 cidades no sul do Líbano e voltou a pedir à população civil que se deslocasse para norte do rio Awali.

A Cruz Vermelha informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos hoje num ataque a uma casa no sul do Líbano, para onde foram enviados "em coordenação" com a missão da ONU, que actua como tampão entre Israel e o Líbano.

“Enquanto a equipa procurava vítimas para resgatar, a casa foi atingida pela segunda vez, causando ferimentos aos socorristas e danos em duas ambulâncias”, disse a Cruz Vermelha libanesa.

Esta equipa, acrescentou a Cruz Vermelha, “foi enviada (...) em coordenação com a força de manutenção da paz da ONU (FINUL) destacada no sul do Líbano, bombardeada diariamente por aviões israelitas”.

Já o Hezbollah disse que disparou hoje "foguetes" contra soldados israelitas na aldeia de Maroun al-Ras, perto da fronteira entre o Líbano e Israel.

Anteriormente, o movimento libanês pró-iraniano disse que os seus homens estavam a confrontar tropas israelitas que tentavam infiltrar-se perto de outra aldeia fronteiriça, a poucos quilómetros a oeste de Maroun al-Ras.

Há mais de duas semanas, o exército israelita lançou uma ofensiva com uma campanha de bombardeamentos sem tréguas contra o sul do Líbano e os subúrbios a sul de Beirute, conhecidos por Dahye.

O conflito agravou-se em 01 de Outubro com a invasão terrestre do exército israelita no sul do Líbano - onde mantém actualmente quatro divisões -, acompanhada por uma intensificação dos bombardeamentos israelitas, que já provocaram mais de 2.200 mortos e 10.000 feridos, a maioria no mês de Outubro.ANG/Inforpress/Lusa

sábado, 12 de outubro de 2024


Transporte maritimo/
”A entrega oficial do navio Centenário Amílcar Cabral, é demonstração clara das excelentes relações entre Guiné-Bissau e Portugal”, afirma PR

Bissau, 12 Out 24(ANG) – O Presidente da República disse que o acto da entrega oficial do navio “Centenário Amílcar Cabral”, trata-se de uma demonstração clara de excelentes relações de amizade fraternais entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Umaro Sissoco Embalo falava hoje na cerimónia da recepção oficial do navio “Centenário Amílcar Cabral”, no Porto de Bissau.

“Tudo começou no ano 2020, depois de ter realizado a sua primeira visita oficial à Portugal em meados de outubro, cujo objectivo que me animava na altura era muito clara e bastante ambicioso”, salientou.

O chefe de Estado frisou que a receção hoje do navio Centenário Amilcar Cabral e nos próximos meses de 21 autocarros é o fruto dessa cooperação renovada entre Guiné-Bissau e Portugal que ganhou nova dinâmica no seu mandato presidencial.

“Com a vinda do navio Centenário Amilcar Cabral, Bissau-Bolama-Bubaque e Enchudé, voltarão a estar ligados através de uma carreira marítima regular”, sublinhou Umaro Sissoco Embalo,

Adiantou ainda que, com a chegada prevista para os próximos meses de 21 autocarros, também ficará reforçada a rede de transportes terrestres de passageiros a disposição dos guineenses.

“Baptizada com o nome de Amilcar Cabral, essa embarcação que hoje a Guiné-Bissau está a receber oficilamente, prolonga-se as celebrações do Centenário Amílcar Cabral, numa homenagem continuada do povo guineense, ao grande dirigente da luta de libertação nacional.

O chefe de Estado frisou que a volta deste importante equipamento, o país vai precisar de uma empresa gestora competente e de uma unidade metalo-mecânica de reparação naval.

“Se assim não for, será difícil garantir a manutenção corrente do próprio navio quer a viabilização económica e financeira da exploração comercial desse importante meio de transporte marítima”, salientou Umaro Sissoco Embalo.

Por sua vez, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Nuno Sampaio, começou por saudar todos os responsáveis politicos e técnicos guineenses que de mãos dadas com as autoridades e com os técnicos portugueses concretizaram um projecto que nasceu há dois anos, de colocar ao serviço do povo guineense um navio capaz e robusto de ligar Bissau ao Arquipélago ds Bijagós.

“Por isso é com grande hora estar aqui hoje, mas devo dizer que o acto é uma demonstração de excelentes relações entre o Estado português e da Guiné-Bisssau”, afirmou.

Sampaio sublinhou que Portugal está firmemente empenhado em apoiar o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O barco Centenário Amilcar Cabral tem a capacidade de transportar mais de 200 pessoas e cinco toneladas de carga.ANG/ÂC


                      
CAN-2025/Guiné-Bissau perde com Mali em Bamako

Bissau,12 out 24(ANG) - A seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau(Djurtus), perdeu sexta-feira, 11 do corrente mês, por uma bola à zero, frente a sua congênere do Mali, no cumprimento da terceira jornada do Grupo I de qualificação para o CAN 2025, à disputar-se em Marrocos.

Num jogo marcado pela estreia de Beto, avançado de equipa de Everton da primeira liga inglesa e o guarda redes Fernando Embadje, titulares, e Vitor Rofino, defesa da União de Leiria de Portugal que entrou no início da segunda parte para o lugar do Sambinha.

Guiné-Bissau e Mali anularam-se no primeiro tempo, dominado pelos malianos, que vinham ameaçando desde o início da partida.

Mali conseguiu marcar aos 62 minutos por intermédio do El Bilal Touré, avançado do Estugarda da Alemanha que nas alturas, desviou para o fundo da baliza, um cruzamento do Adama Malouda Traoré, fazendo assim o único golo da partida.

Com esta derrota, Guiné-Bissau mantém-se no terceiro lugar com 3 pontos, menos dois que o segundo classificado, Moçambique. No topo da tabela, está agora o Mali com 7 pontos.

Na terça-feira, Guiné-Bissau irá receber em Bissau, no Estádio Nacional 24 de Setembro, a seleção do Mali, para o cumprimento da quarta jornada do grupo I de qualificação para o CAN 2025.ANG/Fut 245

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Dia Nacional da Justiça/ Presidente da República  disse que o poder judicial tem dever de garantir segurança jurídica ao povo guineense

Bissau,11 Out 24(ANG) – O  Presidente da República  disse que o poder judicial tem o dever de garantir segurança jurídica ao povo guineense, além de ser independente e imparcial.

Umaro Sissoco Embaló falava hoje no ato da celebração do Dia Nacional da Justiça, sob lema  “Justiça ao Serviço da Estabilidade e do Desenvolvimento”.

O chefe de Estado  reconheceu que  os atores do setor da Justiça, que apesar de suas condições laborais, por vezes difíceis, nunca deixaram de assumir suas responsabilidades, honrando assim o compromisso de assegurar a administração da Justiça em nome do povo guineense.

Embaló mostrou que o lema escolhido, é um convite para se fazer uma avaliação sobre o caminho que já foi percorrido. E sobre os desafios que ainda temos de enfrentar em nome da Estabilidade Política e

Social e do Desenvolvimento da Guiné-Bissau.    

 

Advertiu aos atores da Justiça  que os cidadãos, as empresas, as instituições públicas e privadas e as demais organizações, de mais variada natureza, que operam na sociedade, exigem decisões judiciais rápidas e acertadas para o desenvolvimento de suas próprias atividades.

 

Salientou que, para resolver diferendos económicos, políticos e sociais, tem de se recorrer aos Tribunais, que é um imperativo no Estado de Direito Democrático. É igualmente uma condição para estabilizar as nossas instituições e consolidar a paz social. ANG/JD/ÂC

 

 


Justiça/SIMAMP defende que o dia 10 de Outubro seja de oportunidade
para reflexão profunda sobre papel do Ministério Público

Bissau, 11 Out 24 (ANG) – O Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público(SIMAMP),  defendeu que, a data de 10 de outubro,  é de singular oportunidade que os Magistrados do Ministério Público aproveitar para refletir profundamente sobre o seu papel num Estado que se pretende de Direito Democrático.

A informação consta numa mensagem dirigida aos Magistrados do Ministério Público, alusivo ao dia 10 de Outubro que assinala o Dia do Ministério Público guineense e assinado pelo seu Presidente  Domingos Martins e que a ANG teve acesso hoje.

Na mensagem, sublinham também que é preciso refletir sobre os ganhos obtidos no que tange à autonomia do  Ministério Público e sua independência, enquanto órgão de Estado encarregado de fiscalizar a legalidade nosTribunais, representar o interesse público e social e, sobre o papel crucial que pode e deve desempenhar na promoção e defesa da legalidade democrática.

Referiu que, ainda devem refletir sobre a implementação e proteção dos direitos humanos, sobre a proteção e promoção dos direitos da criança e das mulheres, sobre o combate à corrupção e branqueamento de capitais, sobre a tutela do meio ambiente e interesses difusos, das funções consultivas através do Conselho Consultivo e do Gabinete de Advocacia do Estado (GAE).

No documento, o SMAMP frisou que, também, os Magistrados devem refletir sobre os obstáculos que não foram ultrapassados e as razões por que não os foram e, abrir novos cominhos em busca incessante da afirmação de um Ministério Público verdadeiramente fiscalizador da Legalidade, representante do interesse público e social e titular da ação penal, em nome e apenas em nome da legalidade e do interesse público e social, servindo todos os cidadãos por igual, no tempo certo e com qualidade técnica irrepreensível.

“Hoje, dia 10 de Outubro, é tido "entre nós" como dia do Ministério Público guineense. No 10 de Outubro de 1974, foi designado pelo Conselho dos Comissários de Estado, o primeiro Procurador Geral da República, na pessoa do Dr. João Aurigema da Cruz Pinto, cuja confirmação no cargo foi feita em 22 de Janeiro de 1975, através do Decreto nº 3/75 da mesma data, a quem o SIMAMP presta homenagem póstuma”, refere a nota.

A nota referiu que, não obstante, as funções do Ministério Público já vinham sendo exercidas nas zonas libertadas durante o período da luta de libertação nacional e nas condições já existentes, pelos chamados Comissários Políticos na altura.

"Por esse feito e por este dia, o SIMAMP presta a sua justa homenagem à todos 05 devotados Magistrados do MºPº em exercício na altura, pela visão, esforço e determinação para a autonomia e independência do MºPº, à começar pelos Procurador Geral da República na altura, Juliano Augusto Fernandes, Luís Manuel Cabral, Rui Sanhá, Pedro Infanda,  Mário Domingos Baticam, Calvário Ahukharié, Lucinda Gomes Barbosa Ahukharié, Filomena Mendes Lopes,  Biquezil Namback, e falecidos  João Bernardo Gomes, Santino Bissao Na Mone, Casimiro Sambú, Waldemar Ribeiro da Cunha, Carlos António dos Santos, Filipe Nery Menino Gomes e, recentemente, Armando Namontche, este que viria a ser primeiro Presidente do SIMAMP e, por via de todos eles, à todos os Magistrados do MOPº em geral, no exercicio e os jubilados", lê-se na mensagem.ANG/MI/ÂC

Comércio/Guiné-Bissau assinala Mês de Consumo de Produtos Locais com actividades desportivas, palestras e exposições de produtos nacionais

Bissau,11 Out 24(ANG) – O Governo através do Ministério do Comércio e Indústria, vai celebrar a 5ª Edição do “Outubro” Mês de Consumo de Produtos Locais com a realização de jornadas de demostrações e degustações dos pratos locais, torneio de futebol, palestras e feiras de exposições de produtos nacionais.

Na sua mensagem alusiva à abertura oficial das celebrações da 5ª Edição do “Outubro” Mês de Consumo de Produtos Locais, no espaço da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), o ministro do Comércio e Indústria disse que, a data foi instituída pela reunião do Conselho de Ministros da UEMOA realizada no dia 25 de Outubro de 2019.

Orlando Mendes Viegas informou que o evento tem como objectivo de dar confiança a população no sentido de promover as acções de consumo dos produtos locais e dinamizar actividade de pequenas e Médias Empresas na nossa comunidade.

“Neste sentido, o Ministério do Comércio e Indústria, após abertura oficial do workshop regional do mês de consumo, sob o patrocício do Presidente da República de Burkina Faso, realizado no dia 03 de outubro de 2024, com a participação do Presidente da Comissão da UEMOA, Ibraima Traoré e da Câmara Consular da UEMOA Helena Nosoline Embalo”, salientou.

O ministro do Comércio sublinhou que, tendo em conta a realização de actividades de sensibilização dos diferentes actores da sociedade civil em geral, sobre objectivos e resultados da importância de consumo de produtos locais na Guiné-Bissau e no espaço UEMOA, também há uma necessidade da diversificação das culturas com destaque para pomares de castanha de cajú.

“As mudanças climáticas e seus efeitos extremos na agricultura, tem reflectido na tomada de consciência que interpela atores estatais e não estatais, em novos desafios, para abordar questões da organização da fileira das nossas produções, nomeadamente de arroz, cajú, amendoim, sésamo, batata, limão, legumes entre outros”, frisou.

Orlando Mendes Viegas disse que o lema escolhido este ano para a celebração a 5ª Edição do “Outubro” Mês de Consumo de Produtos Locais, é “Consumo Local, Alavanca para o Desenvolvimento Industrial, Competitividade, Resiliência das Economias da UEMOA.ANG/ÂC

 

Droga/Navio que saiu de Bissau, apreendido em Espanha com mais de três toneladas de cocaína

 Bissau,11 Out 24(ANG) - Um navio de carga, proveniente do porto de Bissau, foi apreendido na ilha espanhola de Canárias com mais de três toneladas de cocaína.

A informação foi confirmada à Lusa por fonte da Polícia Judiciária guineense, que explicou que a organização colaborou com diversas agências internacionais de combate ao narcotráfico para o "sucesso" desta operação realizada no passado dia 04.

“A PJ deu todo o apoio necessário para o sucesso da operação", afirmou a fonte, que prometeu "mais pormenores" conforme as informações sejam disponibilizadas pelas agências internacionais.

Na sua página na internet, o Centro de Análise e Operações Marítimas - Narcóticos, com sede em Lisboa, informa que a apreensão deu-se num navio, de bandeira da Tanzânia, carregado com 3.281 quilogramas de cocaína.

As 10 pessoas que se encontravam a bordo do navio foram detidas e apresentadas à justiça espanhola.ANG/Lusa/Dw

 


                  Sudão/"Há o risco de aldeias inteiras morrerem à fome"

Bissau,11 Out 24(ANG) - A Organização Mundial de Saúde alertou para situação dramática que se vive no Sudão, onde a população está a morrer à fome.

A directora regional da organização não-governamental Solidarités International- Justine Muzik Piquemal, mostra-se satisfeita com o alerta da OMS, mas sublinhado que se não fore enviada ajuda para o país, aldeias inteiras vão morrer à fome.

À medida que os combates entre o exército sudanês e os rebeldes das Forças de Apoio Rápido (RSF) se intensificam e os trabalhadores humanitários lutam para aceder ao país, a situação dos sudaneses agrava-se.

O alerta é do director-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que denunciou o “grau de urgência é chocante, assim como a inacção para conter o conflito e responder ao sofrimento causado”.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, a guerra no Sudão já fez mais de dez milhões deslocados, a maior parte deles procurou refúgio nos países vizinhos.

Em entrevista à RFI, a directora regional da organização não-governamental- Solidarités International, Justine Muzik Piquemal, mostra-se satisfeita com o alerta da OMS, mas lembra que é urgente que a ajuda médica e alimentar chegue a todas as zonas do país.

“Estou satisfeita com o alerta da OMS, mas é preciso que nos enviem médicos, medicamentos e adubos para todo o país. Não importa que estejamos numa zona das Forças Armados Sudanesas ou numa Zona das Forças de Apoio rápido, a população precisa de assistência humanitária multissectorial”, explicou.

Justine Muzik Piquemal recorda que o país vive um quadro de fome severo, onde os mais afectadas são as crianças que, face à escassez de alimentos, são obrigadas a comer cascas de árvores.

“É urgente trazer alimentos para o país porque quando falamos de fome é absolutamente necessário fornecer os suplementos alimentares de que as crianças necessitam. Não é com papas produzidas localmente que a população vai sobreviver. “Hoje há famílias que comem cascas de árvores e que dão cascas de árvores aos filhos porque não têm absolutamente nada para comer”, denuncia.

A directora regional da organização não-governamental Solidarités International- garante que se não forem enviados alimentos para o país, até Março de 2025, aldeias inteiras vão morrer à fome.

“Hoje há pessoas a morrer de fome no Sudão e sabemos que se não se fizer nada até Março de 2025, não poderemos evitar as imagens de crianças e de aldeias inteiras que vão morrer à fome, alertou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "seriamente preocupado" com os relatos de uma ofensiva "em grande escala" Forças de Apoio Rápido,instando o general Daglo a "agir com responsabilidade e dar imediatamente a ordem para parar o ataque".

Ambos os lados- exército sudanês e os rebeldes das Forças de Apoio Rápido- foram acusados ​​de crimes de guerra, incluindo ataques a civis, bombardeamentos indiscriminados de áreas residenciais e envolvimento em saques ou bloqueio de ajuda humanitária vital.

Em Setembro, a Organização Mundial da Saúde disse pelo menos 20 mil pessoas perderam a vida, desde o início do conflito, mas algumas estimativas chegam mesmo a 150 mil vítimas, segundo o enviado americano para o Sudão, Tom Perriello.ANG/RFI

 

                           Literatura/Han Kang arrecadou Prémio Nobel

Bissau,11 Out 24(ANG) - O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído
à sul-coreana Han Kang pela sua «intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe as fragilidades da vida humana», anunciou hoje a Academia Sueca.

Nascida a 27 de Novembro de 1970, em Gwangju, na Coreia do Sul, Han Kang foi viver para Seul com a família quando tinha nove anos. O pai da autora, Han Sung-won, sendo também ele escritor, Han Kang acabou por estar sempre num ambiente artístico.

Han Kang exprime-se pela sua escrita, mas também pela música e pela arte em geral.

Em 2023, ela já tinha conquistado o Prémio francês Médicis de melhor romance estrangeiro, ex-aequo com a portuguesa Lídia Jorge.

Em 2024, Han Kang arrecadou o Prémio Nobel da Literatura, uma surpresa para o mundo literário, mas igualmente para a autora que foi recompensada por toda a sua obra.

Quando soube do galardão, ela estava a jantar com o filho, e afirmou que «não estava preparada para essa notícia», sobretudo após ter tido um dia «banal».

É a primeira autora sul-coreana a conquistar este prémio, que tem uma dotação de 970 mil euros.

Han Kang também se tornou na 18ª mulher a conquistar o prémio em 121 vencedores.ANG/RFI

Guerra no Médio Oriente/Líbano pede resolução do Conselho de Segurança da ONU para um "cessar-fogo

Bissau,11 Out 24(ANG) - O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu nesta sexta-feira uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para um "cessar-fogo imediato e completo", com o acordo do grupo xiita Hezbollah, admitindo enviar o exército libanês para o sul do país.

Em conferencia de imprensa, o chefe do executivo libanês anunciou que, pela primeira vez com o acordo do Hezbollah, decidiu pedir ao Conselho de Segurança da ONU que adopte uma resolução para um “cessar-fogo imediato e completo”.

Najib Mikati garantiu "o compromisso do Governo libanês de aplicar a decisão 1701 do Conselho com todas as suas cláusulas, incluindo o destacamento do exército para o sul do Líbano e o reforço da sua presença na fronteira libanesa de forma a garantir a correta aplicação desta resolução".

A resolução 1701, que terminou com conflito entre Israel e o Hezbollah em 2006, prevê a cessação das hostilidades de ambos os lados da fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército libanês podem ser destacados para o sul do Líbano.

Os Estados Unidos e a França já vieram dizer que o fortalecimento do exército libanês será essencial para implementara resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas e manter a paz na fronteira entre o Líbano e Israel.

As autoridades libanesas afirmaram que o ataque israelita da noite passada contra dirigente do Hezbollah causou 22 mortos. O exército israelita não divulgou qualquer ordem de evacuação prévia para estas zonas antes do ataque e, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre o sucedido.

Esta sexta-feira, 11 de Outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano denunciou novos ataques israelitas contra uma posição das forças de manutenção da paz do Sri Lanka no sul do Líbano, um dia depois de pelo menos dois soldados da paz ficaram feridos no ataque israelita contra uma torre de vigia na sede da missão da ONU no sul do Líbano.

A ONU mostrou-se "consternada" os comentários exacerbados em torno da guerra entre Israel e o Hezbollah e apelou aos líderes para acabarem com a sua "postura beligerante".

O primeiro-ministro israelita ameaçou o Líbano com o mesmo nível de destruição que infligiu a Gaza. Benjamin Netanyahu disse ainda que os libaneses “têm oportunidade de salvar o Líbano” antes que este caia numa guerra que leve “à destruição e sofrimento que se vê em Gaza”.ANG/RFI

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Transporte maritimo/Coordenador do MDA denuncia incapacidade do Estado em garantir ligações marítima segura para às ilhas

Bissau, 10 Out 24 (ANG) -  O Coordenador de Movimento "Djiu Aós" (MDA) lamentou o facto de volvidos 51 anos de independência e até agora o Estado guineense não tem capacidades de garantir às populações das ilhas um transporte seguro de pessoas e cargas.

"Há três semanas, tomamos conhecimento através dos órgãos de comunicação social que um novo barco denominado Centenário Amilcar Cabral, veio para Bissau e pelas informações que tivemos é um barco velho, reparado e oferecido pelo Portugal e fabricado em 1954, há 70 anos e que deixou de navegar no  mar em janeiro de 2017”, salientou, Chambino Cândido Banca em conferência de imprensa. 

Adiantou que,  o seu certificado de navegação expirou, e a União Europeia exigiu que os barcos de gasóleo deixassem de navegar até 2030 por causa de poluição ambiental e o Estado da Guiné-Bissau pegou o referido barco para trazer a população guineense.

Denunciou que, o referido barco independentemente de ser velho, a sua condição não é favorável, porque é barco de cargas que foi simplesmente adaptado para transportar as pessoas, com cadeiras de plásticos que não tem nenhum conforto para quem viaja na parte traseira numa viagem de quatro horas de tempo.

Aquele responsável disse que, não vão permitir, em nenhum momento que o referido barco aplique o preço acima de  três mil e quinhentos francos cfa, porque os populares da ilha não merecem ter esse tipo de barco dada a sua condição que não é nada favorável.

Exigiram ainda do Estado uma frota de  barcos que vão fazer ligações, nomeadamente para  ilhas de Orango, Uno e outras onde habitam as pessoas, porque o navio Centenário Amilcar Cabral vai ligar principal Bissau e Bubaque.

Por outro lado exigem também que, se faça a dragagem do canal de Geba para permitir a comunicação entre as ilhas e evitar choques de pirogas de remo contra bancas da areia e morte das pessoas, principalmente em Bolama que atualmente é maior vitima disso.

"Viemos aqui hoje para denunciar mais uma vez a falta de interesse do Governo no que toca a ilha dos Bijagós no que tem a ver com situação de transporte, que é garantir condições para que as pessoas possam viajar com segurança e deixarem de morrer no mar como tem acontecido", disse.

Disse que, até hoje, em pleno século XXI, os povos habitantes de 21 das 88 ílhas do Arquipélago de Bijagós continuam a viajar em canoas de remo e já depois de 51 anos da independência as pessoas continuam a morrer no mar, porque não há meios  seguros de viagem para as ílhas.ANG/MI/ÂC    

Dia Mundial Saúde Mental/”Fator socioeconómico do país motiva aumento de doenças mentais”, afirma Diretora do Centro Mental Osvaldo Vieira  

Bissau, 10 Out 24 (ANG) - A Diretora do Centro Mental “Osvaldo Máximo Vieira”, afirmou hoje que, os fatores  sociais e económicos com que o país se depara no preciso momento estão por detrás de aumento dos casos de  doenças mentais no país.

Vista do Centro Mental
Finhamba Quessangue em entrevista à Rádio Capital FM no âmbito das celebrações do Dia Mundial de Saúde Mental (10 de Outubro), sustentou ainda  que,  atualmente na Guiné-Bissau as dificuldades de várias ordens são enormes o que acaba por conduzir muitas pessoas à situação de desiquilíbrio ou perturbação mental.

“No momento as dificuldades em termos de alimentação é enorme, as escolas públicas não funcionam de forma adequada, o salário não corresponde com as despesas de um funcionário, o stresse  e a ansiedade aumentam a cada dia que passa. O que muitas das vezes acaba por levar uma certa pessoa ao consumo excessivo do álcool, droga ou outros vícios que obviamente possa lhe conduzir aos problemas mentais”, disse Quessangue.

Finhamba acrescentou igualmente que, a ganância é um dos fatores que as vezes leva com que os jovens acabam por deparar com problemas mentais. Porque, as vezes um individuo é obrigado a praticar um certo ato só para competir com outros e isso leva a pessoa à perturbação mental em muitos casos.

A Diretora do Centro Mental Osvaldo Máximo Vieira defendeu a necessidade de saúde mental ser priorizada pelo Governo uma vez que, segunda ela não se pode falar de boa saúde sem que haja saúde mental de qualidade.

“Neste Centro recebemos os casos de psicose (que é uma coisa mais  agravada), caso de alcoolismo, ansiedade, transtornos, depressão, stresse, entre outros. A consulta é acessivel ou seja é de 1500 francos CFA, porque prestamos o seviço público”,informou.

Por outro lado, aquela responsável disse que o povo tem todo Direito de ter cuidado mental de qualidade e que  por isso, precisam dos profissionais capazes de dar respostas aos casos de doenças mentais com que o país se depara.

Sublinhou que, o Governo é o responsável no que concerne a garantia dos medicamentos para o Centro de modo à estar em condições de responder as necessidades dos seus pacientes.

Quessanguê sugeriu que, o Centro de Saúde Mental seja estendida para diferentes regiões do país com finalidade de facilitar o acesso à atendimento aos necessitados uma vez que, de acordo com ela, saúde mental  é um Direito que assiste o povo em geral.

“Atualmente, no Centro contamos com apenas três médicos clínico geral que  fazem consultas e dois enfermeiros que os apoiam, dois psicólogos. Assim sendo,  existe a necessidade de investir na capacitação dos recursos humanos para dar resposta as demandas”,defendeu Finhamba.

Contou que, o referido Centro foi criado nos meados de 1985 sob o financiamento de cooperação holandesa e que depois de ter findado a  colaboração com Holanda, o Governo da Guiné-Bissau assumiu a gestão do mesmo. Mas, com a guerra de 07 de Junho de 1998 aquele estabelecimento ficou destruído por completo.

A mesma instituição de tratamento de saúde mental foi reconstruído graças ao apoio financeiro da União Europeia e foi inaugurado e  entregado ao Governo no dia 10 de Agosto de 2016.

“Apesar de ser reconstruído, com a capacidade de 36 camas, mas não podemos internar doentes, porque não temos cozinha para preparar comida dos doentes e também não foram separadas as celas para dividir os doentes agressivos e os não agressivos”, revelou.

Aproveitou a oportunidade para lançar um apelo ao Governo, bem como as pessoas de boa vontade no sentido de ajudarem na ampliação do centro uma vez que segundo ela, ainda têm espaço para fazer as coisas que estão a dar falta no momento.

Finhamba Quessangue explicou que, nos tempos passado, o Centro de Saúde Mental Osvaldo Máximo Vieira era considerado como referência a nível da sub-região e que as pessoas vinham de exterior para fazer o tratamento na Guiné-Bissau. Mas, que, infelizmente agora limitam simplesmente em fazer consultas, porque, não têm condições para internar e muito menos dar seguimento aos pacientes.ANG/AALS/ÂC

Regiões/”Más condições das estradas têm  impacto negativo no desenvolvimento socioeconómico da população”, afirma Governadora de Cacheu  

Bissau, 10 Out 24 (ANG) – A Governadora da Região de Cacheu, norte do país,  reconhece  que as más condições que caracterizam a maioria das estradas daquela região, têm impacto negativo directo no desenvolvimento socioeconómico da população local, razão pelo qual defende a requalificação das mesmas.

Em declarações exclusivas à ANG, Honorina Vasconcelos disse que, a degradação das estradas, é um dos factores do aumento do  custo de transporte na região.

Disse que, as estradas, sobretudo do sector de Calequisse, Caio e da secção de  Varela estão num estado de degradação avançada, com buracos, pelo que necessitam de intervenção urgente do Governo.

Acrescentou, a título de exemplo, o custo de transporte para evacuação de um doente de Varela para hospital de São Domingos é de 50 mil francos cfa, sem contar com despesas de tratamento médico e medicamentosa.

Para além disso, ilustrou ainda que devido as más condições da estrada, não conseguem até ao momento instalar a fábrica de gelo fornecidos pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação(FAO).

Em relação a questão da energia elétrica,  disse que nesse aspecto, a região de Cacheu “morreu”, porque  até a  residência da Governador não tem luz eléctrica.

“O fornecimento da corrente eléctrica é assegurado por sistema de painêis solares, que no momento não funciona, devido aos problemas de baterias”, informou Honória Vasconcelos.

Lamentou a insuficiência das receitas recolhidas para fazer alguns despesas, para além do pagamento dos funcionários, tendo adiantado por exemplo aquisição de baterias para assegurar o fornecimento da luz eléctrica e reabilitação das residências, que deparam com problemas de infiltração de água.

Informou que, as más condições das estradas foram reportada ao Governo, através do ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, que prometeu melhoria, sobretudo da rodovia da secção de Varela, no momento da  construção da estrada de Safim-Mpack para minizar o sofrimento das populações daquela zona.

Honorina Vasconcelos  disse que pretende melhorar condições de vida da população da região de Cacheu, mas para o efeito necessita do apoio do Governo, através dos projectos que perpesctivam implementar, principalmente no domínio da agricultura e energia.

Sustentou que, o seu maior interesse em  priorizar o sector da agricultura, tem a ver com existância de sinais de fome na região de Cacheu neste ano.

Por isso, manifestou-se contra a transferência de quatro dos sete tratores de lavoura da região de Cacheu para Bafatá.

No sector energético, aquela responsável disse que não há a luz eléctrica na maior parte dos sectores que compõe a região de Cacheu.  

Relativamente a questão de roubo que tem sido verificado na região, principalmente na zona fronteiriça com Senegal, a Governadora da Região de Cacheu disse que a situação reduziu significativamente não só nesta zona,  por causa de um trabalho conjunto entre as autoridades regionais guineenses e senegaleses.

Acrescentou que internamente a prática reduziu também nos sectores de Canchungo e Bula, graças ao empenho das autoridades locais.

A Governadora da região de Cacheu exortou ainda ao Governo central no sentido de reabilitar todas as casas dos responsáveis regionais locais, por estar em degradação progressiva.ANG/LPG/ÂC

CAN-2025/Jogador dos Djurtus Sambinha afirma que estão motivados e focados para o jogo de amanhâ contra Mali

Bissau 10 Out 24 (ANG) – O jogador da Selecção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau “os Djurtus “, Mamadú Samba Candé vulgo Sambinha afirmou esta quarta-feira que os jogadores estão motivados e focados para o jogo de amanhã, dia 11 do corrente mês, contra as Águias do Mali da terceira mão das eliminatórias para o Campeonato Africano das Nações à disputar em 2025 em Marrocos.

Sambinha como é conhecido no futebol, citado pela TV Futebol Local falava depois do primeiro treino realizado no solo maliano, frisando que estão bem e preparados para o jogo.

“Sabemos que é uma jornada dificil, mas estamos concentrados e acreditamos que podemos alcançar um bom resultado”, disse.

O jogador salientou que tentarão dar o melhor deles em cada jogo  e este não foge a regra, realçando que sempre com determinação e fogo nos objectivos da selecção.

O jogo agendado para o  11 de Outubro pelas 19 horas no estádio 26 de Março em Bamako capital maliana é referente a terceira jornada do grupo I da qualificação para a fase final dos Campeonato Africano das Nações do ano 2025 em Marrocos.

Os pupilos dos treinador Luis Boa Morte ocupam a terceira posição com três pontos fruto de uma vitória e um empate, atrás do Moçambique e do Mali ambas com quatro pontos.ANG/MSC/ÂC

  EUA/Pelo menos dois mortos na passagem do furacão Milton pela Florida

Bissau,10 Out (ANG) - Pelo menos duas pessoas morreram durante a passagem pela Florida do furacão Milton, que perdeu intensidade e desceu para a categoria 1, disseram as autoridades locais alertando que estado de emergência se mantém.

As autoridades já confirmaram pelo menos duas mortes causadas por um tornado que passou pelo condado de St. Lucie, na costa oeste da Florida, antes do furacão Milton.

O departamento do xerife do Condado de St. Lucie relatou “múltiplas mortes” relacionadas com os tornados, que atingiram uma comunidade de reformados antes de Milton chegar à península.

A tempestade deixou sem energia pelo menos 2,6 milhões de clientes na Florida, segundo o levantamento realizado pelo portal especializado PowerOutage, sendo os concelhos de Pinellas, Manatee e Hillsborough os mais afetados.

Os cortes de energia aumentaram durante a noite e várias cidades, como São Petersburgo, sofreram também cortes no abastecimento de água.

O furacão chegou a ter rajadas de ventos máximos sustentados de 144 quilómetros por hora, referiram as autoridades.

De acordo com a última atualização do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), o furacão perdeu força hoje de manhã e moveu-se de leste para nordeste a cerca de 25 quilómetros por hora.

O NHC alertou que o estado de emergência continua devido à grande quantidade de chuva que o furacão deixou no seu rasto.

O furacão atingiu a costa norte-americana na quarta-feira como uma tempestade de categoria 3 perto de Siesta Key, na costa oeste da Florida, por volta das 20:30, no horário local (23:30 em Cabo Verde).

Os danos causados pelos ventos do furacão Milton atingiram também a costa leste da Florida, depois de terem devastado especialmente a baía de Tampa, por onde entrou no país.

Os alertas de inundações repentinas e deslizamentos de terra mantêm-se devido à quantidade de chuva deixada pelo furacão Milton.ANG/Inforpress/Lusa

 

          Eleições gerais/Moçambique conta votos em compasso de espera

Bissau,10 Out 24(ANG) - Depois das eleições gerais desta quarta-feira, Moçambique conta votos e espera resultados que poderão ser conhecidos em duas semanas.

Na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, a mesa de votação onde o Presidente foi o primeiro a votar foi também pontual na hora prevista para o fecho, às 18h. Depois de contados todos os boletins, começou o apuramento.

No entanto, foram muitas as escolas onde os eleitores ainda faziam fila às 18h, recebendo senhas para votar se tivessem chegado antes do horário limite.

Ao início da noite, a Comissão Nacional de Eleições indicava, em comunicado, que a votação decorreu sem incidentes de relevo, depois de um dia de críticas dos partidos e candidatos da oposição sobre alegadas irregularidades, como impedimento de acesso a assembleias por parte de membros dos partidos e trocas de posição dos partidos nos boletins de voto.

Iniciada a contagem dos votos, a publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias. Depois, têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

De recordar que nestas eleições gerais, os eleitores eram chamados às urnas para escolher o Presidente da República, a cor política dos 250 deputados da Assembleia Nacional e os membros das assembleias provinciais e governadores de província.ANG/RFI

 


                 
Ucrânia/ Volodymyr Zelensky inicia périplo europeu

Bissau,10 Out 24(ANG) - O Presidente ucraniano foi recebido nesta quinta-feira de manhã, 10 de Outubro, pelo primeiro-ministro Keir Starmer, em Londres, a primeira etapa do périplo pela Europa. Volodymyr Zelensky vem buscar apoio dos aliados, a menos de um mês das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Ao receber o Presidente ucraniano, em Downing Street, o chefe do executivo britânico, Keir Starmer, reiterou a importância e o compromisso de continuar a apoiar a Ucrânia. O Reino Unido tem sido um dos principais aliados de Kiev, desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022.

Em Londres, Volodymyr Zelensky tem encontro marcado com o novo patrão da NATO, Mark Rutte, que já alertou para o facto da Ucrânia poder confrontra-se com o inverno mais rigoroso desde a invasão russa.

Neste périplo europeu, o Presidente ucraniano desloca-se ainda a Paris, Roma e Berlim. Esta viagem acontece numa altura em que o exército russo progride no leste da Ucrânia e a menos de um mês das eleições nos Estados Unidos, cujo resultado incerto levanta os receios de Kiev quanto à continuidade do apoio americano. 

Esta tarde, Volodymyr Zelensky reúne-se com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron e ao final do dia viaja para Roma onde será recebido pela chefe do executivo italiano, Giorgia Meloni, e na manhã de sexta-feira com o Papa Francisco no Vaticano.

No mesmo dia, Volodymyr Zelensky será recebido em Berlim, na Alemanha, pelo Chanceler Olaf Scholz, cujo Governo planeia reduzir para metade, em 2025, o montante atribuído à ajuda militar bilateral destinada à Ucrânia, para grande descontentamento de Kiev.

Volodymyr Zelensky  vai aproveitar esta viagem à Europa para insistir nas exigências em termos de equipamento militar. A Ucrânia tem estado a pedir luz verde para usar mísseis britânicos "Storm Shadow" para atingir alvos dentro do território russo.

O instituto de pesquisa alemão -Kiel Institute- alertou para uma possível queda na ajuda ocidental à Ucrânia no próximo ano. O possível regresso de Donald Trump à Casa Branca “poderá bloquear futuros planos de ajuda no Congresso”, alerta ainda instituto, que enumera a ajuda militar, financeira e humanitária prometida e entregue à Ucrânia.

De acordo com as projecções do Kiel Institute, a ajuda militar e financeira deverá ascender a cerca 55 mil milhões de euros, respectivamente, em 2025, se os doadores ocidentais mantiverem o nível de ajuda. Por outro lado, o apoio pode cair para metade, para 25 mil milhões de euros, sem nova ajuda americana e se os doadores europeus se alinharem com a Alemanha.

O chefe de Estado ucraniano poderá ainda discutir com os líderes britânicos, franceses, italianos e alemães o “plano de vitória”, que pretende, segundo Zelensky, criar as condições para um “fim justo da guerra”. Este plano, que permanece ainda vago, deverá ser revelado durante uma segunda cimeira de paz, prevista para Novembro, mas as datas ainda não foram confirmadas por Kiev, o que coloca em dúvida a organização da reunião de alto nível.

Nos últimos dias, Volodymyr Zelensky tem repetido que quer “forçar” Moscovo a sentar-se à mesa de negociações e aceitar as condições de Kiev.ANG/RFI

 

Guerra Médio Oriente/Angolanos no Líbano pedem ajuda para regressar ao país

Bissau, 10 Out 24(ANG) - As autoridades angolanas asseguram que mais de quarenta
famílias angolanas, no Líbano, estão bem e fora do epicentro da guerra que opõe Israel e o Hezbolah. Todavia, em Beirute, há angolanos que “contrariam” essa informação, alegando estarem no meio de fogo cruzado e pedem ajuda à embaixada angolana no Egipto, uma vez que Angola não tem representação diplomática no Líbano.

Em declrações à Radio Nacional de Angola, Fernanda Sousa, uma angolana que se deslocou a Beirute para tratamento médico, relata que a situação no sul do país é devastadora, sublinhando que os ataques obrigaram-na a passar na noite na estrada.

“Estou aqui em Beirute há um mês. Não vivo cá, vim para uma consulta, sou casada com um libanês. A situação aqui está péssima. Estou na cidade de Beirute, mas não estava aqui, estava no sul de Beirute, numa terra que foi totalmente atacada e destruída. Tive que sair dela no momento que estavam a bombardear. Fiquei 24 horas na estrada”, descreveu a angolana.

A cidadã angolana, casada com um libanês, diz que as noites, no Líbano, têm sido de intensos bombardeamentos, pelo que pede a ajuda da embaixada de Angola no Egipto para regressar ao país.

“Eles atacam todos os dias à noite. Não durmo há dias, porque todos os dias atacam aqui a cidade. Estou numa casa com os familiares do meu marido. Ninguém aqui fala português, ninguém consegue me entender. Por favor, eu só quero sair daqui, só quero que me ajudem ! Eu sei que tem mais angolanos aqui, mas eu não tenho contacto com nenhum outro angolano que está aqui”, apelou Fernanda Sousa.

Fernanda Sousa, como muitos angolanos que se encontram naquele país do Médio Oriente, revela que não há voos comerciais em Beirute e os que existem são os de repatriamento.

“Não há voos. O aeroporto está aberto, mas os voos que vêm para aqui são aqueles vêm buscar os cidadãos dos seus próprios países. Já veio voo de Portugal, já veio voo do Brasil e são esses os únicos voos que vêm para aqui. Tudo que eu preciso é sair daqui", explicou.

A nota da Embaixada de Angola no Egipto avança que a maioria dos angolanos são cidadãs casadas com libaneses, que foram transferidas da região Sul para a zona norte do Líbano. É a equipa de Nelson Cosme, embaixador de Angola no Cairo, também acreditado para o Iémen, Jordânia e Palestina, que está a supervisionar a situação no Líbano.ANG/RFI