terça-feira, 18 de fevereiro de 2025


Turquia
/Erdogan diz o seu país é o "anfitrião ideal" para negociações de paz na Ucrânia

Bissau, 18 Fev 25 (ANG) - O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs hoje a Turquia como o "anfitrião ideal" para as negociações de paz do conflito entre a Rússia e a Ucrânia prestes a completar três anos.


"Onosso país será o anfitrião ideal para as prováveis negociações entre a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos num futuro próximo", defendeu o chefe de Estado turco no final de uma reunião em Ancara com o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky.

Erdogan notou que o Presidente norte-americano, Donald Trump, "lançou uma iniciativa diplomática para pôr rapidamente termo à guerra através de negociações".

"Esta abordagem coincide com a política seguida pela Turquia nos últimos três anos", sublinhou o líder turco, recordando as anteriores iniciativas da Turquia, membro da NATO, que convocou por duas vezes conversações entre Moscovo e Kiev em 2022.

O encontro de Zelensky com Erdogan ocorre ao mesmo tempo que o início das negociações dos EUA com a Rússia em Riade, capital da Arábia Saudita.

Após o encontro Zelensky, em Ancara, Erdogan reafirmou apoiar uma solução para o conflito que respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia pelo que se opõe a qualquer cedência de territórios à Rússia em troca de paz.

"A integridade territorial e a soberania da Ucrânia são indispensáveis para nós", garantiu.

O líder turco garantiu ter transmitido a Zelensky que a Turquia "irá fornecer todo o tipo de apoio para concluir as negociações com uma paz duradoura". "Esta guerra, que causou a morte de muitos inocentes e uma destruição tremenda deve terminar agora" afirmou ainda.

Desde o início que a Turquia emergiu como um mediador fundamental entre Moscovo e Kiev, tornando-se num dos principais intervenientes no acordo que permitiu a passagem de navios que transportavam grãos e cereais dos portos ucranianos.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, tiveram uma conversa telefónica na semana passada, na qual decidiram iniciar "imediatamente" contactos para pôr fim à guerra.

Já hoje, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a reunião russo-americana a decorrer na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia "sem a Ucrânia".

O líder indicou que irá procurar "garantias de segurança" dos Estados Unidos, da União Europeia e da Turquia para qualquer acordo de paz com a Rússia, no conflito quase a completar três anos. ANG/Lusa

 

         Cultura/Governo procede ao lançamento oficial do Carnaval 2025

Bissau, 18 Fev 25 (ANG) – O governo através do Ministério da Cultura, Juventude e dos Desportos assinalou hoje o lançamento oficial do Carnaval 2025,que vai decorrer  sob o lema: “Diversidade Cultural, Fator da Unidade Nacional”, entre os dias 1 e 4 de Março.

Em declarações à imprensa, a Presidente da Comissão Organizadora do Carnaval 2025 ,Cynthia Cassamá disse que, brevemente, será promovida, em Bissau, uma palestra sob o lema “Carnaval Ontem e Hoje”, que irá juntar todos os atores que intervém no setor, para juntos identificarem  os mecanismos para o resgate da festa de  Carnaval, tal como dos tempos passados.

“As conclusões saídas desta palestra vão ser entregues ao Ministério da Cultura, Juventude e dos Desporto, para analisar e criar condições para a retoma do Carnaval ao nível nacional”, explicou Cynthia Cassama.

Sucessivas comissões organizadoras do Carnaval não têm conseguido, desde 2020, honrar os compromissos de pagamentos de prémios de diferentes concursos carnavalescos.

“Este ano a Comissão Organizadora tomou posse há escassos dias para o início do Carnaval, entretanto está com  dificuldades de poder retomar os concursos , o que significa que este ano não haverá concurso novamente. Somente desfiles”, afirmou.

Nos últimos dois anos tem sido  dado aos grupos participantes subsídios de motivação , como forma de possibilitar maior adesão à festa carnavalesca organizada.

“Será também promovida exposições de máscaras e trajes usados em edições anteriores, ao nível nacional. Este ano vai haver desfile de carnaval nas regiões, o que já não acontecia há dois anos "disse a também Diretora-geral da Cultura.

Cynthia Cassamá disse ainda que a Comissão que preside prevê o resgate do Carnaval Infantil, e promete para o próximo ano a convivência carnavalesca que era vivida nos tempos antigos.

Para assegurar a participação de muitas máscaras no evento, Cassamá disse que a comissão contactou alguns grandes construtores de máscaras para ensinarem os mais novos.ANG/LLA/ÂC//SG

Cooperação/PR considera de “sagrada as relações de amizade e cumplicidade” entre  Guiné-Bissau , Gâmbia e Senegal

Bissau, 18 Fev 25 (ANG) - O Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló  considerou esta terça-feira de “sagrada” as relações de amizade e cumplicidade e de cooperação  entre a  Guiné-Bissau e as  Repúblicas da Gâmbia e do Senegal.

Embaló falava à imprensa no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira ao deixar Bissau para uma visita   à República da Gâmbia para participar nas celebrações do aniversário da independência daquele país vizinho.

“A  relação que a Guiné-Bissau tem com os países como Gâmbia, Senegal, Mauritânia Guiné-Conacri é intacto e tradicional”, disse Umaro Sissoco Embalo.

Por outro lado, o Chefe de Estado guineense revelou que na próxima semana deve  receber uma visita de cortesia  do Primeiro-ministro do senegal e do vice-Presidente de Gâmbia.

A República da Gâmbia é um pequeno país da África Ocidental que faz fronteira com o Senegal e tem saída para o oceano Atlântico, o seu capital é Banjul.

O país foi colónia portuguesa, francesa e britânica para o comércio de escravos e tornou-se independente do Reino Unido  em 1965.ANG/AALS/ÂC//SG



Regiões/"A Guiné-Bissau  terá até 2030 jovens totalmente doentes se o Estado continuar passivo perante consumo de drogas no país", diz Abílio Aleluia Có Júnior

Bolama. 18 Fev 25 (ANG) – O Secretário Executivo do Observatório Guineense de Droga e dos Toxicodependentes disse que se o Estado continuar passivo perante o consumo de drogas significa que até 2030 o país poderá ter a camada jovem totalmente delinquente e doente.

Abílio Aleluia Có Júnior falava em entrevista ao correspondente da ANG na região de Bolama/Bijagós sobre as causas de delinquência juvenil e o seu impacto na sociedade e na família.

Có Júnior  atribui toda a responsabilidade por essa situação ao Estado, pelo facto de não existir  medidas contra os traficantes e consumidores de drogas.

Pediu aos Imames, Pastores e Padres para dedicarem pelo menos cinco minutos nas igrejas, mesquitas e aos professores nas escolas públicas e privados do país, para falarem sobre o perigo de consumo de drogas e suas consequências  económicas, sociais e psicológicas.

Disse que , a situação do consumo e venda de iamba na cidade de Bolama deve merecer séries preocupações da sociedade e aos pais encarregados de educação.

Disse citando a Organização Mundial de Saúde(OMS), que as drogas são todas as substâncias naturais psicoativos que as pessoas inalam ou ingerem e que alteram o estado físico, comportamental e emocional.

Explicou que, do ponto de vista de saúde, as drogas são classificadas em três categorias, nomeadamente drogas depressoras, estimulantes e perturbadoras e sustenta que por isso, a droga tem impactos de ponto vista social e familiar.

“Provoca a delinquência juvenil, assaltos à mão armada, roubo, banditismo, prostituição, acidente de trânsito, violência na escola, violência psicológica entre outros males”, disse.

Aquele responsável disse que, as drogas ilegais são todas as que seus consumos são proibidos, assim como a suas vendas, nomeadamente o iamba, axixi, cocaína,heroína, MD, Seco Tidjane, Blota, Ganza entre outras.

Abílio Aleluia Có Júnior indicou que   as drogas legais são as que o seu consumo e a sua venda são autorizados, como bebida alcoólica, tabaco, medicamentos. ANG/LC/MI/ÂC//SG

 

Desporto-futebol/Baciro Candé apresentado oficialmente como treinador da Costa do Sol

Bissau, 18 Fev 25(ANG) - O Clube de Desportos da Costa do Sol, da primeira liga moçambicana(Moçambola), apresentou oficialmente, segunda-feira, o novo treinador da equipa principal de futebol masculino, Baciro Candé, técnico guineense que assume o comando da formação canarinha para a época 2025.

De acordo com página de Facebook da Costa de Sol, a cerimónia de apresentação decorreu na sede do Clube e contou com a presença do presidente do clube Alberto Banze, do vice-presidente financeiro Xavier Chipanga, do diretor desportivo Hélder Muianga e do secretário-geral João Paulo Nhabanga.

Durante a sua intervenção, Baciro Candé manifestou a sua satisfação pelo  convite feito pela direção do Costa do Sol e destacou que nunca escolhe países ou continentes para trabalhar, reiterando que o seu foco costuma ser os desafios e  projectos que lhe são apresentados.

O técnico sublinhou que o projeto do clube é credível e que acredita ter as condições necessárias para o levar avante, sempre alinhado com os objetivos traçados pela direção.

O treinador fez ainda referência à importância da união entre jogadores e equipa técnica, frisando que está preparado para trabalhar arduamente e confiante de que pode contribuir para o crescimento do clube.

Visivelmente emocionado, Baciro Candé  afirmou estar ansioso para iniciar o trabalho e apelou ao apoio incondicional dos adeptos, sócios e simpatizantes do Costa do Sol, bem como da direcção e de todos os amantes do futebol moçambicano.

Antes da apresentação do novo treinador, o presidente da Costa do Sol Alberto Banze reuniu-se com a equipa técnica e os jogadores, tendo sido delineado  os objectivos do clube para a época 2025.

O líder máximo do Costa do Sol deixou ainda uma mensagem de apoio aos atletas, realçando a importância do respeito, da disciplina e da união no balneário, valores que diz serem essenciais para o sucesso da equipa.ANG/Costa de Sol

Regiões/”A actividade religiosa Ziara é uma oportunidade para contribuir na construção de paz no país”, diz  Imame de Mansoa

Mansoa,  18 Fev 25 (ANG) – O Imame Central da Mesquita de Mansoa, região de Oio, norte do país,  afirmou, no final de semana, que a atividade religiosa denominada de “Ziara” é uma oportunidade para fortificar os laços e serve para cada presente contribuir com suas orações para a estabilização do país.

Seck Mamadu Djau Djaló falava durante a 19ª  Edição da Ziara Anual do Setor de Mansoa, e pediu aos muçulmanos para se perdoarem uns aos outros, antes do início do mês sagrado  de Jejum ou Ramadão.

Segundo o correspondente da ANG na região de Oio, Mamadu Djaló defendeu perante os participantes de que só com a união é que o país pode avançar para o desenvolvimento, tendo pedido entendimento entre os políticos.

A cerimónia religiosa terminou no domingo sob o lema “Unidade para Eternizar o Legado dos Mestres e Preservar os Pilares da Fé”, e contou com a participação de diferentes individualidades da esfera sócio-politico-religiosa da Guiné-Bissau. O chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló esteve representado na cerimónia por  Adama Baldé.ANG/AD/MSC/ÂC//SG

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Regiões/ Jovens líderes de Bolama/Bijagós realizam semana académica sobre história dos heróis nacionais

Bolama, 17 Fev 25 (ANG) – O Núcleo Regional de Bolama/Bijagós vai realizar durante seis dias a primeira edição da semana académica dos jovens líderes de Bolama ,sob o lema "Nô Luta Pa Realiza Sunhu di Titina Sila Assim, Pa impulsiona Mindjeris na Sociedadi Guineensi",

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Bolama-Bijagós, o Vice-Presidente de Jovens Líderes da Guiné-Bissau, Fodé Baldé, disse,  no ato de abertura da semana académica,  que a organização que lidera  tem se dedicado em  estudos sobre a história dos grandes líderes que tomaram parte na luta para a independência nacional, porque a história que aprendem nas escolas não são de guineenses e nem têm a ver com a realidade guineense.

"A minha organização está muito empenhada na exploração de conhecimentos e ideologias  dos líderes nacionais, sobretudo de Amílcar Cabral, Titina Silá,  Domingos Ramos e outros, para permitir que os jovens sejam bons líderes amanhã.

Fodé Baldé pediu aos jovens para procurarem conhecimentos diversificado sobre histórias de luta da libertação nacional do país.

O tema escolhido para a semana académica , segundo , a coordenadora de Núcleo Regional de Jovens Líderes, Aramatulai Darame  visa facultar aos jovens conhecimentos sobre a  história dos destacados combatentes da liberdade da Pátria ( heroínas e  heróis),  porque não é ensinada nas escolas.

"Queremos  ter conhecimentos sobre os grandes homens e mulheres que deram suas vidas pela causa justa da Guiné-Bissau. A heroína Er
nestina Sila vulgarmente conhecida pela Titina Sila, durante onze anos lutou ao lado dos homens e, em algumas ocasiões, com criança nas costas e decidiu entregar a sua vida para que o povo guineense tenha a liberdade, disse."

Para o Presidente da Associação dos Pais e Encarregados de Educação de Bolama /Bijagós, Aladje Eró Baldé , só com atividades como essas é que o país poderá se desenvolver, porque “é um espaço de conhecimentos e de experiências entre jovens”.

Aquele responsável criticou a falta de professores, sobretudo no  Liceu Regional José Marti de Bolama e pede ao  governo central para que resolva o caso, o mais rápido possível, assim como a situação da Escola de Formação de Professores de Bolama, que até então continua fechada, por falta de pagamento dos professores, alertando que essa instituição escolar corre o risco de não funcionar este ano letivo.

Aladje Baldé revelou ainda que a Unidade Escolar Amílcar Cabral, de Bolama, continua com as portas encerradas, porque uma parte dos professores recusou entregar as fichas de avaliação do ano letivo 2023/2024.

Baldé disse que as fichas estão a ser entregues parcialmente, mas que a Unidade Escolar Amílcar Cabral já terminou os testes de admissão e inscrições para o ano lectivo 2024/2025. ANG/LC/MI/ÂC//SG       

 

Política/ "Esperamos alcançar uma data consensual" para eleições presidenciais, diz membro da CEDEAO

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - A "missão política de alto nível" da CEDEAO desloca-se a Bissau no próximo dia 23 de Fevereiro, e o  chefe de divisão da Assistência Eleitoral da organização assegura que o "objectivo principal" será alcançar uma data para as eleições presidenciais. 


A missão da Cedeao será conduzida pelo antigo ministro de Estado e Negócios Estrangeiros da Nigéria, Bagudu Hirse, acompanhado por outros sete altos responsáveis da organização.

Entre eles, Serigne Mamadou Ka, chefe de divisão da Assistência Eleitoral, respondeu às questões da RFI, assegurando que o objectivo do encontro, será, a fixação de uma data para as eleições presidenciais. 

"Claro, o nosso objectivo principal é ajudar os actores políticos na Guiné-Bissau a alcançar um consenso à volta da data das eleições presidenciais. Esperamos encontrar uma data consensual. Qual será, isso não sei", avançou o membro da delegação. 

De acordo com o diplomata, a deslocação foi organizada durante a Conferência dos Chefes de Estado da CEDEAO, no passado dia 15 de Dezembro. "Não se trata de uma decisão da Comissão mas sim da   Conferência dos Chefes de Estado. A 15 de Dezembro, foi decidida a deslocação de uma missão de alto nível político para ajudar os bissau-guineenses a alcançar um consenso sobre o processo eleitoral", explicou. 

A organização regional foi várias vezes criticada pela sociedade civil pela sua "inacção" em torno da situação política na Guiné-Bissau. Uma inacção apenas em aparência, segundo Serigne Mamadou Ka, que evoca as negociações políticas que a organização mantém nos bastidores.

"É preciso dizer que a CEDEAO também trabalha nos bastidores. Fazemos diplomacia preventiva, encontros em visio-conferência. Agora chegamos a um ponto em que precisamos de ir ao encontro dos vários actores para alcançar uma solução a esta crise", nota. 

A deslocação da organização regional decorre entre os dias 23 a 28 de Fevereiro, sendo que uma eventual decisão sobre a data das eleições surgirá apenas no fim da missão.

Para a oposição política e parte da sociedade civil, o mandato presidencial de Umaro Sissoco Embaló termina a 27 de Fevereiro. De acordo com o presidente da República, o mandato termina apenas em Setembro. ANG/RFI

São Tomé e Príncipe/Governo começa mandato com apoio da oposição

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) – O governo são-tomense recebeu apoio maioritário, i
ncluindo o do MLSTP, maior partido da oposição, na aprovação do seu programa.

O líder parlamentar do MLSTP, Raul Cardoso, afirmou que o partido não podia pôr em causa o programa do Governo. O MLSTP conseguiu eleger membros para cargos no Parlamento, como a vice-presidência, ocupada por Arlindo Barbosa, e o Conselho de Estado, com Jorge Bom Jesus.

O líder parlamentar do MLSTP, Raul Cardoso, reiterou a posição de responsabilidade do seu partido, destacando que, como maior força da oposição, o MLSTP não poderia pôr em causa o programa do governo. “Nós, o MLSTP, PSD, enquanto uma bancada parlamentar responsável, não podíamos em nenhum momento pôr em causa este programa. Nem sequer passou pela nossa cabeça”, afirmou.

Após várias tentativas, o MLSTP conseguiu finalmente eleger os seus membros para os cargos no Parlamento, incluindo a vice-presidência do Parlamento, ocupada por Arlindo Barbosa, e a nomeação do antigo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, para o Conselho de Estado.

O Presidente da República, Carlos Vila Nova, reagiu com satisfação às nomeações. O chefe de Estado são-tomense afirmou que a situação constituía uma preocupação que já tinha manifestado em várias ocasiões, expressando grande satisfação ao tomar conhecimento das nomeações.

Apesar da fragmentação dentro do ADI, a maior força política com assento parlamentar, persiste a expectativa de que o Orçamento Geral do Estado seja aprovado pela maioria dos partidos com assento no Parlamento.

Este momento marca um marco histórico na política do país, uma vez que, pela primeira vez, um governo começa o mandato com o apoio da oposição, reflectindo um cenário de entendimento entre as várias forças políticas.ANG/RFI

 

UA/Mahamoud Ali Youssouf é o novo presidente da Comissão  após derrotar Raila Odinga

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - À sétima ronda de votações, Mahamoud Ali Youssouf foi eleito presidente da Comissão da União Africana, numa batalha cerrada com o queniano Raila Odinga.

Num outro combate intenso, a argelina Selma Malika Haddadi ganhou a vice-presidência face à marroquina Latifa Akharbach. Para Angola, a comissão "fica bem entregue".

Após várias horas de votação e sete rondas para cada lugar, a Comissão da União Africana tem uma nova liderança. Mahamoud Ali Youssouf, do Djibuti, ganhou face ao favorito Raila Odinga do Quénia, sucedendo assim a Moussa Faki Mahamat, do Chade, que nos últimos oito anos ocupou este lugar.

Mahamoud Ali Youssouf é ministro dos Negócios Estrangeiros do Djibuto desde 2005 e conta com mais de 30 anos de experiência diplomática. É um grande conhecedor dos corredores da União Africana, sendo uma figura respeitada em todo o continente. É também um poliglota que se exprime em árabe, inglês e francês.

Raila Odinga, antigo primeiro-ministro queniano e candidato às eleições presidenciais tinha inicialmente conseguido mais apoios, mas esses apoios acabaram por cair na altura da votação secreta levada à cabo na reunião plenária desta tarde na Cimeira da União Africana. Youssouf foi eleito com 33 votos em 48 possíveis.

Outra batalha renhida foi pela vice-presidência que era disputada entre os países da África do Norte. Quem acabou por levar a melhor foi Selma Malika Haddadi, até agora embaixadora da Argélia na Etiópia. Latifa Akharbach, candidata de Marrocos, foi derrotada após seis rondas de voto.

Para o ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Tete António, a liderança da Comissão ficou bem entregue, algo importante já que nos próximos 12 meses, detendo a presidência da União Africana, Angola vai trabalhar de perto com estes novos líderes da organização.

"É com esta comissão que vamos trabalhar. Penso que fica bem entregue, os dois reúnem capacidades reconhecidas e são pessoas que conhecem a casa, por isso não vão aprender o ABC nem da Comissão, nem da União Africana. Portanto, penso que está bem entregue", concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiros angolano.ANG/RFI

 

Vaticano/Após novos exames, Papa Francisco com "quadro clínico complexo"

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - Papa Francisco está internado desde sexta-feira, devido a uma bronquite. Esta segunda-feira, o Pontífice estava de "bom humor", apesar de novos exames mostrarem uma "infeção polimicrobiana das vias respiratórias".

Papa Francisco apresentou, esta segunda-feira, um "quadro clínico complexo", depois de já ter sido submetido a vários exames desde que foi internado, na sexta-feira.

"Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje mostram uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias, o que determinou uma nova alteração no tratamento", referiu o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

Segundo o responsável explicou esta segunda-feira, o Papa Francisco "dormiu bem e teve "uma noite tranquila, tomou o pequeno-almoço e dedicou-se à leitura de jornais".

Ainda assim, o comunicado emitido pelo Vaticano dá conta de que "todos os exames realizados até ao momento indicaram um quadro clínico complexo, que exigirá uma internamento  hospitalar adequada".

Matteo Bruni esclareceu que a alteração do tratamento não significa que o Papa tenha piorado, mas sim que a leitura dos exames realizados nos últimos dias mostraram uma avaliação mais completa da patologia.

Por isso, não se falou de uma data para a sua alta hospitalar, esclareceu, ao mesmo tempo que garantiu que o pontífice argentino "está bem-disposto".

Note-se que Francisco foi internado na sexta-feira devido a uma bronquite, um problema de saúde que já o tinha levado a interromper duas leituras. A última atualização de saúde, feita no domingo, dava conta de que a condição de Francisco era "estável e que o processo de diagnóstico e terapia médica continuava".

O Papa tem telefonado para a paróquia, onde 600 pessoas se refugiaram, todos os dias desde o início da guerra, e quis continuar a fazê-lo durante o seu internamento.

No domingo, o Papa acompanhou pela televisão a missa celebrada pelo cardeal José Tolentino de Mendonça pelo Jubileu da Cultura, na qual foi lida a homilia que Francisco tinha preparado, enquanto à tarde "alternou a leitura e o descanso", informou o Vaticano.

O Papa argentino, que teve parte de um pulmão removido após uma infeção pulmonar quando era jovem, é conhecido pelo ritmo extenuante de trabalho que mantém, apesar da sua saúde estar cada vez mais debilitada.

Usa cadeira de rodas, andarilho ou bengala por causa de problemas nos joelhos e sofre de dores no nervo ciático.

Em 2021, foi-lhe removido um pedaço (33 centímetros) do cólon e, em 2023, foi submetido a outra cirurgia para remover tecido cicatricial intestinal e reparar uma hérnia abdominal.

Quando teve um caso grave de pneumonia, em 2023, saiu do hospital ao fim de três dias e só depois reconheceu que tinha sido internado de urgência depois de se sentir fraco e com uma dor aguda no peito.

Desta vez, Francisco insistiu em terminar as suas audiências matinais de sexta-feira antes de deixar o Vaticano, embora estivesse com dificuldade em falar por sentir falta de ar.

A contínua hospitalização de Francisco já obrigou ao cancelamento de alguns eventos ligados ao Ano Santo do Vaticano e colocou outros em causa.

O próximo compromisso do Papa é a sua audiência geral semanal na quarta-feira, devendo, no domingo, presidir à ordenação dos diáconos, como parte de um fim de semana do Ano Santo dedicado aos diáconos.ANG/Lusa

A participação de Francisco nestes eventos parece duvidosa, mas mantem-se na programação oficial do Vaticano.ANG/Lusa

 

          Alemanha/Refugiados sírios  recusam regressar ao seu país

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - Os refugiados sírios que chegaram à Alemanha na vaga de 2015, em plena guerra civil, não querem regressar à Síria e "estão empenhados" em permanecer no país, disse à Lusa um conselheiro, quando a imigração domina o debate das legislativas.

Não, não, não, não, em maiúsculas", afirmou Ibrahim Zaaboub, quando questionado pela Lusa sobre se pretende regressar ao seu país, após a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria.

"E isto é a opinião de todos os sírios que conheço. O nosso objetivo é ficar na Alemanha e ter a cidadania", garantiu o homem, um dos centenas de milhares de sírios que chegaram à Alemanha como refugiados, numa política de 'portas abertas' da então chanceler, Angela Merkel (CDU).

Dez anos depois, já com a mulher -- que um ano depois se lhe juntou -- e dois filhos, Ibrahim, 42 anos, garante que a sua terra é a Alemanha. "Aprendemos as regras daqui", comentou.

"Já não conheço a Síria, tenho dificuldade em lembrar-me. Regressar agora seria recomeçar do zero", considerou.

Questionado sobre se os sírios pretendem regressar ao seu país e ajudar na reconstrução, o homem negou.

"Podem ajudar a Síria a partir daqui, financeiramente. Mas quanto a voltar, estou cético. A Síria precisa de tempo, pelo menos cinco anos, para se reerguer", considerou.

Em Damasco, trabalhava num serviço de atendimento ao cliente, de manhã, e como jornalista num jornal em língua inglesa, à tarde.

Quando decidiu emigrar, primeiro sozinho, sentia que "não havia nenhuma luz ao fundo do túnel" na Síria. "Estávamos cercados pela guerra, havia bombardeamentos em todo o lado", contou à Lusa.

Já em território alemão, ficou alojado "duas ou três noites" num acampamento de tendas, algo que o surpreendeu, mas depois recebeu apoios do Estado para estudar a língua, fez um curso de marketing online e conseguiu arrendar "um pequeno apartamento, de 25 metros quadrados".

Desde 2019 trabalha na Cruz Vermelha, como responsável pela integração de migrantes, em Mannheim, sudoeste da Alemanha.

"É um trabalho que me deixa muito feliz, porque consigo apoiar pessoas que estão a fazer o mesmo percurso que eu fiz, quando vim para a Alemanha. Mas eu fiz tudo sozinho, não havia organizações a apoiar, e eu sei que é muito difícil", descreveu.

Ibrahim sublinhou o seu "orgulho" pela comunidade síria no país.

"Eu não quero comparar com outros refugiados, mas nós viemos só com bilhete de ida. Não temos outra solução. Por isso, temos de nos esforçar para nos integrarmos neste país, aprender a língua, trabalhar. Senão, mandam-nos de volta para a Síria e ninguém quer isso, porque a situação não é segura", defendeu.

Após a destituição de Assad, em dezembro, o Governo alemão anunciou a intenção de verificar o estatuto de proteção dos refugiados sírios, prevendo que aqueles que permanecem no país por motivos que não sejam trabalho ou formação terão de regressar à Síria quando a situação estabilizar.

"A maioria dos sírios trabalham, mas os que estão desempregados ou que não falam bem a língua, estão agora mais empenhados para tentarem cá ficar", disse Ibrahim.

O conselheiro sírio acredita que a Alemanha conta com esta comunidade.

"Os alemães querem-nos, mas não querem as pessoas que não fizeram nada nestes 10 anos, e eu entendo isso. Não querem os criminosos, os que estão aqui só a receber dinheiro e que criam os problemas", argumentou.

A chegada de mais de um milhão de sírios, há 10 anos, alimentou os sentimentos anti-imigração, ecoados pelos partidos Alternativa para a Alemanha (AfD, extrema-direita), em segundo lugar nas sondagens para as eleições do próximo dia 23, e Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), partido populista de esquerda criado há um ano e que procura entrar agora para o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).

O ressentimento tem crescido com ataques perpetrados por refugiados, alguns com ordem de expulsão, como o ocorrido na quinta-feira passada, quando um cidadão afegão dirigiu um carro contra uma multidão, em Munique, matando uma criança de 2 anos e a mãe e ferindo quase 40 pessoas.

A candidata a chanceler da AfD, Alice Weidel, proclamou, em plena campanha para as legislativas, o polémico conceito da "remigração", defendendo o encerramento total das fronteiras da Alemanha e deportações em massa de pessoas estrangeiras.

O tema da imigração tem dominado o debate, com a CDU, favorita nas sondagens, a propor o endurecimento das políticas de imigração, com o apoio da AfD, numa aproximação criticada pelos adversários, que acusam o candidato a chanceler, Friedrich Merz, de romper o 'cordão sanitário' contra a extrema-direita.

A Alemanha acolhe a maior diáspora síria na União Europeia (UE), com cerca de 974.136 pessoas com nacionalidade síria a viverem no país, tendo a maioria vindo como refugiados em 2015.

Destas, 5.090 foram reconhecidas como elegíveis para asilo, 321.444 obtiveram o estatuto de refugiado e 329.242 obtiveram proteção subsidiária, uma medida temporária, enquanto dezenas de milhares de outros casos continuam pendentes.ANG/Lusa

 

França/Von der Leyen em Paris para "ponto de viragem na segurança da Europa"

Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - Von der Leyen avisou que os líderes europeus não se reuniram apenas para discutir a segurança na Ucrânia.


presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, avisou esta segunda-feira, na chegada a Paris, em França, que a reunião que juntará os líderes europeus será um "ponte de viragem" na "segurança da Europa".

"Acabei de chegar a Paris para conversações cruciais. A segurança da Europa está num ponto de viragem. Sim, tem a ver com a Ucrânia – mas também tem a ver connosco. Precisamos de uma mentalidade de urgência. Precisamos de um aumento da defesa. E precisamos de ambas as coisas agora”, escreveu Von der Leyen no X (ex-Twitter).

O presidente francês, Emmanuel Macron, vai reunir "os principais países europeus" em Paris para discutirem a "segurança europeia", confirmou no domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.

O Governo português estará ausente da reunião informal do grupo de líderes europeus, promovida pelo presidente francês, mas assegura estar em "permanente contacto com os parceiros".

Segundo as agências de notícias internacionais, nesta reunião estará a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, assim como chefes de Governo de sete países e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Alemanha, Reino Unido, Itália, Polónia, Espanha, Países Baixos e Dinamarca são os sete países representados. ANG/Lusa

 

Diplomacia /”Emirados Árabes Unidos promete construção de 300 quilómetros de estradas no país”, anuncia  Presidente da República

Bissau,17 Fev 25(ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló anunciou que os Emirados Árabes Unidos prometeu a construção de  300 quilómetros de estradas no país, nomeadamente os troços Bissau/Gabu/Pirada.

O chefe de Estado falava à imprensa, no domingo, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, no regresso de um périplo que o levou ao Emirados Árabes Unidos, Sudão de Sul, a sede da União Europeia, em Bruxelas, e à 38ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral dos Chefes de Estado e do Governo da União Africana, decorrida em  Adis Abeba.

Umaro Sissoco Embaló disse  que, para o efeito, uma missão dos Emirados Árabes Unidos vem à Bissau no próximo dia 19, para programar com as autoridades do país as modalidades do arranque das  obras.

As estradas a serem construídas terão as respetivas  portagens para pagamento da circulação rodoviária para que a empresa executora da obra possa recuperar o montante investido  no projeto.

O Presidente da República disse ainda que está prevista a construção pelos  Emirados Árabes  Unidos de um Hospital de Referência em Bissau, cujo o inicio das obras  só depende da concessão de um espaço para o efeito pelas autoridades guineenses.

Umaro Sissoco Embaló disse que este país árabe manifestou o interesse em abrir uma Embaixada em Bissau.” Se isso acontecer abrirá igualmente portas para outros países árabes tais como Arábia Saudita, Kwait  e Qatar fazerem a mesma coisa”, disse o PR .

Segundo o chefe de Estado, as condições para que o país possa albergar mais  embaixadas já estão criadas, porque a França já construiu uma escola de nível internacional onde os filhos dos diplomatas podem estudar.

Falando de sua passagem por Bruxelas, o  Presidente da República sublinhou que foi recebido na sede da  União Europeia em Bruxelas  pelo Presidente do Conselho Europeu, o português António Costa, com quem analisou  assuntos  ligados a cooperação entre a Guiné-Bissau e esta organização comunitária europeu, na qualidade do maior parceiro multilateral do país.

“O Presidente do Conselho Europeu  é a figura máxima na Europa, por isso exerce muita influência ao nível da Comissão Europeia e a sua opinião é muito importante”, frisou.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que foi o primeiro líder africano convidado pelo Presidente do Conselho Europeu à  visitar a sede da  União Europeia em Bruxelas, desde que Costa assumiu o poder.

“Enquanto António Costa exercia as funções do chefe do Governo português e eu igualmente primeiro-ministro e depois Presidente da República, fizemos grandes amizades e por isso ele nos abriu novos horizontes de cooperação”, salientou.

Umaro Sissoco Embalo disse que  realizou uma visita de Estado ao Sudão do Sul e que e abordou com o seu homólogo Salva Kiir assuntos ligados a cooperação entre os dois países.

A margem da Cimeira da União Africana, realizada em Adis Abeba, Sissoco Embaló manteve um encontro com o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, durante o qual  passaram em revista a situação na Guiné-Bissau e internacional.

O chefe de Estado disse que em  Ruanda  abordou com o seu homólogo Paul Kagamé  o conflito na República Democrática do Congo(RDC) , que envolve o M23, um grupo rebelde apoiado pelas autoridades de Kigali.ANG/ÂC//SG

Regiões/Mais de 100 alunos da Aldeia SOS de Bissau realizam excursão académica em Canchungo   

Cacheu, 17 Fev 25 (ANG) - Um total de 121 alunos e quatro professores do Liceu Politécnico de Aldeia das Crianças (SOS) de Bissau realizam, desde o dia 14 de Fevereiro,  em Canchungo, região de Cacheu, norte do país,  uma excursão académica com o objetivo de incentivar o progresso das suas habilidades em várias temáticas da vida quotidiana.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Cacheu, que cita  o Professor e Chefe da Comitiva, Rei José Pereira, a iniciativa consiste no desenvolvimento pelos alunos de  várias atividades extracurriculares .

“Durante os dias de excursão académica vamos realizar  palestras sobre o ciclo menstrual e as consequências de relações sexuais desprotegidas, os transtornos sobre o uso de substâncias psicoativas, a importância do empreendedorismo juvenil, o uso de tecnologias para juventude em termos de aprendizagem e vamos efetuar também uma  visita ao Museu de Escravatura situado na Cidade de Cacheu”, contou aquele responsável.

Pereira disse que hoje os alunos vão realizar um estudo comunitário para saber como vivem as pessoas da Cidade de Canchungo, como funciona a Administração Local, o Hospital Regional de Cacheu , a Rádio Comunitária Uler Abaand-RCUA e quais são tipos de construção feitas naquela localidade nortenha .

A excursão  decorre sob o lema “Juventude em Busca do Futuro no Passado”, e termina terça-feira(18). ANG/AG/AALS/ÂC//SG