sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pescas

Guiné-Bissau/ União Europeia desavindos quanto novo acordo de pescas

Bissau, ANG – A segunda ronda das negociações visando a assinatura do novo acordo de pescas entre a Guiné-Bissau e a União Europeia resultou-se num impasse no que tange a contrapartida financeira.

“As especialidades de pescas, a contrapartida financeira, as tarifas, o pagamento dos embarques dos observadores e dos marinheiros nacionais, foram os pontos de estrangulamento durante as negociações”, explicou O Secretário-geral da Secretaria do Estado das Pescas, momentos após o encerramento desta ronda negocial.

A UE pretende que a contrapartida de pesca seja inferior a 7.5 milhões de Euros, enquanto as autoridades guineenses defendem até 11 milhões.

Ildefonso Barros lembrou que, tal como agora, na primeira ronda negocial efectuada em Outubro de 2010, as duas partes não conseguiram chegar ao consenso relativamente a determinados pontos.

Comentando sobre o cerne da discórdia, o Secretário-geral da Secretária de Estado das Pescas, referiu que em qualquer negociação as partes procuram tirar maior benefício do acordo, pelo que as discussões á procura de consenso, normalmente, revelam-se renhidas.

“Neste momento a delegação da União Europeia entende que seus argumentos são os mais fortes, enquanto a parte guineense, por sua vez, faz de tudo para vincar os seus pontos de vista. Portanto estamos a aguardar novas propostas da UE”, disse.

“Conforme os seus argumentos, pretendem reduzir as possibilidades de pesca nas nossas águas territoriais. Normalmente quando há esta situação, implica uma redução, mas o nosso argumento é diferente deles. Entendemos que para uma redução das possibilidades de pescas não poderia implicar reduzir o montante da contrapartida”, defendeu O Secretário-geral.

Delegações técnicas das pescas da Guiné-Bissau e da União Europeia estiveram reunidas em duas sessões diferentes em Bissau.

A primeira foi da Comissão Mista efectuada no passado dia 6, com objectivo de fazer o balanço da execução do protocolo em curso e que termina no próximo dia 15 de Junho.

A segunda reunião que decorreu de 7 à 9 do corrente, visava determinar, através de negociações, os termos para o novo protocolo de acordo, que entretanto, acabou num impasse.

A união Europeia dispõe actualmente de cerca de 60 barcos a pescar nas águas da Guiné-Bissau.
ANG/ÂC


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