quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ministério Público

Vice-PGR toma posse

Bissau, ANG – O Procurador-geral da República garantiu hoje que a sua instituição irá apresentar “resultados concretos” das suas acções, em particular sobre “os processos que agitam a sociedade guineense”.

A promessa de Edmundo Mendes foi feita durante a cerimónia de posse do vice-PGR, José Luís Rodrigues, que acrescentou que o Ministério Público tem magistrados eficientes, tecnicamente preparados e com vontade de contribuir para a melhoria da justiça na Guiné-Bissau.

No entanto, avisou que para que tal melhoria ocorra, é necessário que cada um dos actores na administração da justiça cumpra a sua parte. Neste particular, o Procurador-geral lançou duras críticas a alegados comportamentos negativos de certos magistrados.

“Hoje, é bem patente que a Procuradoria-Geral da República vive de portas escancaradas. Não há controlo, Nem segredos”, censurou Edmundo Mendes para depois salientar que “cada um faz o que bem lhe apetece”, incluindo, avançou, actos de “conspiração” contra a própria instituição.

Este responsável prometeu inverter a situação e aconselhou que dos dirigentes dos órgãos que tomam parte na administração da justiça se espera sempre uma postura de seriedade e neutralidade na tomada de decisões.

“Essa atitude, não pode acontecer com magistrados que já fizeram parte de órgãos superiores de partidos políticos, delegados aos seus congressos ou ainda seus representantes nas instituições”, criticou.

Perante estes e outros “maus comportamentos” de altos funcionários do MP, Edmundo Mendes adverte que “o combate ao crime” deve começar ao nível interno, visto que, nas suas palavras, quem combate o crime deve ter a autoridade moral para o fazer.

 O Procurador-geral elogiou as qualidades profissionais do recém-empossado adjunto e desafiou a todos os intervenientes no processo judiciário, a terem a coragem com vista a mudar o que designou de “muitas coisas”.

Parco em palavras, o novo Vice Procurador-geral da República afirma ter consciência de responsabilidades que impendem sobre o ministério público, mas prometeu trabalhar para corresponder as expectativas.

José Luís Rodrigues é magistrado de carreira e substitui no cargo o juiz Conselheiro, João Sampaio.

FIM/ANG/QC

   

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