terça-feira, 13 de junho de 2023

                     NATO/ Iniciado exercício histórico de defesa aérea

Bissau, 13 Jun 23 (ANG) - A NATO iniciou,  segunda-feira, o maior exercício de manobras aéreas desde que foi criada numa iniciativa  coordenada pela Alemanha e pretende mostrar a união dos Estados-membros perante eventuais ameaças, no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

 

O exercício histórico de defesa aérea vai realizar-se até 23 de Junho, com a participação de 10 mil efectivos e 250 aeronaves militares de 25 países membros da NATO, mas também do Japão e da Suécia.Portugal não participa no exercício. Os treinos operacionais e tácticos vão realizar-se principalmente na Alemanha, mas também na República Checa, Estónia e Letónia.

A iniciativa, denominada Air Defender 2023 (AD23), é uma clara demonstração de força e visa reforçar a protecção contra drones e mísseis de cruzeiro em caso de ataque contra cidades, aeroportos e portos situados no território da NATO.

Este exercício foi concebido em 2018 em resposta à anexação, quatro anos antes, da Crimeia pela Rússia. O tenente-general da Força Aérea alemã, Ingo Gerhartz, coordenador do exercício, sublinhou que a NATO está determinada em defender “cada centímetro” do seu território. A embaixadora dos Estados Unidos na Alemanha, Amy Gutmann, precisou que as manobras querem mostrar “a força da aliança” a todos os líderes mundiais, nomeadamente ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A invasão da Ucrânia pelas tropas russas, a 24 de Fevereiro do ano passado, galvanizou a aliança militar criada há 74 anos, no início da Guerra Fria. A Finlândia e a Suécia eram oficialmente neutras, mas ambas pediram para aderir à NATO depois da invasão russa à Ucrânia. O artigo 5º do Tratado da NATO prevê a defesa colectiva em caso de ataque contra um Estado-membro, ou seja, um ataque contra um Estado-membro é considerado um ataque contra todos. ANG/RFI

 

Sem comentários:

Enviar um comentário