Luxemburgo/MNE
acusa Putin de estar a semear ventos e a colher tempestades
Bissa, 26 Jun 23 (ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros,
João Gomes Cravinho, defendeu hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, “tem
estado a semear ventos” e, por isso, irá “colher tempestades”, como as
movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar.
“Em relação aos mais
recentes acontecimentos na Rússia, aquilo que sabemos é que quem semeia ventos,
colhe tempestades e o Presidente Putin tem estado a semear ventos”, disse o
chefe da diplomacia portuguesa.
Falando aos jornalistas
portugueses à entrada para a reunião com os seus homólogos da UE, João Gomes
Cravinho acrescentou que Putin “fê-lo ao promover um exército privado,
mercenário, que se revelou capaz de desafiar as próprias forças armadas
russas”, e “fê-lo também ao invadir, de forma ilegal, a Ucrânia”.
“O nosso objetivo é
continuar a apoiar a Ucrânia, para que seja a Ucrânia a determinar os termos da
paz, que é necessária”, vincou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O chefe do grupo
paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião
na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado
Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia,
Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de
uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai
deixar acontecer uma “guerra civil”.
Ao fim do dia de sábado,
em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de
Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da
Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo
paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus
mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem
profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na
Ucrânia. ANG/Lusa
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