Guerra/Bielorrússia avisa que usará armas
nucleares russas em caso de ataque
Bissau,
13 jun 23 (ANG) – A Bielorrússia usará as armas nucleares colocadas pela Rússia
no país se for atacada, advertiu hoje o Presidente bielorrusso, Alexander
Lukashenko.
“Deus não permita que eu tenha de
tomar a decisão de usar essas armas. Mas não hesitarei se formos atacados”,
afirmou Lukashenko durante uma visita à região de Minsk, citado pela agência
bielorrussa Belta.
Lukashenko, principal aliado de
Moscovo na guerra contra a Ucrânia, afirmou que as armas nucleares russas que
em breve serão estacionadas na Bielorrússia são necessárias “para que nem um
único pé bastardo volte a pisar o solo bielorrusso”.
Se a Bielorrússia fora tacadas, “a
resposta será imediata”, afirmou Lukashenko, segundo a agência espanhola EFE.
Lukashenko considerou ser “pouco
provável que alguém queira declarar guerra a um país que possui armas”
nucleares.
“São as armas das superpotências”,
acrescentou.
Na semana passada, o Presidente russo,
Vladimir Putin, anunciou a instalação de armas nucleares táticas no território
da vizinha Bielorrússia a partir de 08 de julho.
A transferência das armas tinha sido
alvo de um acordo entre Moscovo e Minsk em março.
A Rússia invadiu a Ucrânia para
“desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, de acordo com os objetivos
anunciados por Putin no dia do início da operação, em 24 de fevereiro de 2022.
O conflito mergulhou a Europa naquela
que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis
e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será
elevado.
A Ucrânia tem contado com o apoio de
aliados ocidentais, que fornecem armamento a Kiev para combater as tropas
russas.
O Ocidente também tem imposto sanções
económicas à Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o
esforço de guerra.
No final de setembro, Putin decretou a
anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia ao território da
Federação Russa, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da
comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões
anexadas.
Kiev exigiu a retirada russa do
território da Ucrânia como uma das pré-condições para eventuais conversações de
paz, mas Moscovo respondeu que os ucranianos têm de se conformar com a nova
realidade. ANG/Lusa
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