Moçambique/PODEMOS desmente Conselho Constitucional
Bissau,09 Dez 24(ANG) - O PODEMOS desmentiu o Conselho
Constitucional de Moçambique que anunciou que o partido não submeteu nenhum
recurso a este órgão, para reivindicar a vitória do seu candidato presidencial,
Venâncio Mondlane, nas eleições gerais de 09 de Outubro.
O desmentido foi feito pelo conselheiro
jurídico do partido extraparlamentar, Dinis Tivane, que explica que a forma
como foi redigido o recurso pode dar azo a diferentes leituras, contudo garante
que a deliberação é relativa à centralização de todas as eleições.
“Efectivamente
a forma como está escrita o nosso recurso pode tender a dar a essa sensação,
mas decorre que, por razões jurídicas, nós respondemos à deliberação 105 da CNE
[Comissão Nacional de Eleições] e a titulação desta deliberação é relativa à
centralização de todas eleições. Ou seja, eleição presidencial,
legislativa e provincial , razão mais do que suficiente para percebermos
que não pode proceder a alegação segundo a qual o PODEMOS faltou a uma
resposta, ou deixou de fazer recurso em relação a algumas eleições”, explicou.
O Conselheiro do candidato presidencial,
Venâncio Mondlane, denunciou igualmente que o Conselho Constitucional rejeitou
apreciar o processo sobre a necessidade da anulação de uma eleição que contou
com os votos ilegais de cidadãos do Zimbabué.
“Cidadãos sem
capacidade eleitoral, que não são moçambicanos (…) e votaram . Ficamos agora a
saber que o Conselho Constitucional vai julgar o nosso recurso intempestivo,
portanto, não vai apreciar o recurso”, questionou
Dinis Tivane
O partido extraparlamentar, que apoia o
candidato presidencial Venâncio Mondlane, defende a continuidade das
manifestações até que a verdade eleitoral seja reposta.
Duas centrais eléctricas em Moçambique
foram encerradas neste sábado,7 de Dezembro, por manifestantes que contestam,
anunciou o operador público Electricidade de Moçambique.
“No
âmbito dos protestos que decorrem em todo o país, um grupo de manifestantes
dirigiu-se às centrais termoeléctricas de Ressano Garcia e Gigawatt, exigindo o
encerramento total da produção de energia”, explicou o produtor e
distribuidor num comunicado enviado à AFP.
Pelo menos 90 pessoas morreram em
Moçambique na violência que continua desde as eleições gerais de 9 de Outubro,
marcadas por múltiplas irregularidades, anunciou nesta sexta-feira o movimento
local da sociedade civil Plataforma Decide.ANG/RFI
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