segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Justiça





Bissau,09 Set 19(ANG) - A ministra da Justiça, Rute Monteiro, afirmou que a impunidade e a corrupção na justiça são uma realidade, mas que o actual governo quer “mudar a situação” e tem para o efeito “um projecto de reforma para o sector, para o tornar mais eficaz e eficiente”.
 
 “É preciso reformar o setor para deixar um país às gerações futuras”, sustentou.

"Infelizmente eu tenho de concordar, porque é a realidade. A impunidade é uma realidade, a corrupção é uma realidade, e a fragilidade do nosso setor judicial é também uma realidade", afirmou Rute Monteiro, quando questionada pela Lusa sobre a má imagem que o setor tem no país.


Disse que a reforma é  um processo  doloroso porque vai mexer com interesses instalados, com formas de estar profissionais que não se coadunam com reformas, alguém terá de pagar o preço, mas que por haver  determinação política, vai ser feito. “Essa mudança terá de acontecer",salientou.

"Se nós quisermos ter um país para os nossos filhos e para os nossos netos, esta mudança impõe-se", disse.

Para Rute Monteiro, a reforma tem de ser feita porque a Guiné-Bissau já não tem "por onde cair mais", sublinhando que já ninguém cumpre uma decisão judicial e "não há condições de fazer cumprir as decisões judiciais".

"Não há economia que resista a um aparelho judicial frágil, a um Ministério Público corrupto, não há nenhum desenvolvimento possível, em nenhuma área, daquilo que é a nossa vida enquanto país, que possa fortificar se o sistema judicial não for mudado, não for reformado e melhorado", afirmou.

Rute Monteiro, advogada de profissão, que tem também a pasta dos Direitos Humanos, considerou que nesta matéria houve mudanças devido a uma "atitude firme da comunidade internacional".

"Penso que as coisas mudaram porque uma atitude firme da comunidade internacional depois dos últimos acontecimentos, o que ajudou a travar os ímpetos da violação de direitos humanos por parte das autoridades",disse a ministra.

A governantes referia-se à presença de uma força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no país, a Ecomib, e às sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU a vários militares.

"Eu fui vítima de violação dos meus direitos enquanto profissional e enquanto ser humano nas instalações da Polícia Judiciária, violações essas que foram perpetradas pelo antigo diretor nacional e pelo diretor adjunto nacional da Polícia Judiciária, os processos-crime que eu instaurei estão completamente parados, ambos são delegados do Ministério Público e os processos estão parados desde 2017", afirmou.

Portanto, para a ministra deixou de haver violação dos direitos humanos a determinado nível, mas essa contenção deve-se à comunidade internacional.

"Agora nós temos uma sociedade civil mais ativa que não tem tido medo de denunciar violações dos direitos humanos, mas isso não impediu que as manifestações fossem proibidas, fosse lançado gás lacrimogéneo, que houvesse greves no setor na saúde que provocaram mortes, mata-se uma geração quando se lhe impede o acesso à escola, quando o direito à greve dos professores se sobrepõe ao direito à escolaridade dos alunos",referiu Rute Monteiro.

Para a ministra, "continuam a existir uma série de situações que do ponto de vista dos direitos humanos são preocupantes e devem ter a devida atenção".ANG/Lusa


Política


                       JAAC realiza 2ª Convenção Nacional em Bafatá

Bissau, 09 set 19 (ANG) – A Juventude Africana Amílcar Cabral vai realizar a 2ª Convenção Nacional de 12 à 13 do mês corrente, em Bafatá sob o lema “Novos Desafios, Novas Responsabilidades”.

O encontro tem como objectivo promover uma reflexão sobre as   estratégias e linhas orientadoras da organização para melhor corresponder às expectativas e os desafios do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Numa  conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, o presidente da Comissão Organizadora do evento, Akssumi Luís Có disse que a convenção vai servir como um espaço onde a Juventude Amílcar Cabral (JAAC) vai debater grandes linhas e estratégias que serão adoptadas para o futuro embate eleitoral.

Có disse que assumir um cargo de governação por um jovem não deve ser apenas uma função dele, deve ser sim um elemento de interacção e de transição entre gerações.

“ O ímpeto juvenil hoje, no que diz respeito a assunção do cargo governativo, tem sido muito forte. Tem que ser um elemento de interacção e transição entre gerações que entendemos que não são jovens mas têm vivido experiências de governação, e eles devem compreender que não podem ficar como único ou seja durante todo o tempo no aparelho governativo”, frisou.

Disse que tem que existir uma transição geracional amigável e apaziguador, acrescentando que a mesma transição vai permitir aos jovens compreender que a governação não pode ser tomada duma só vez por eles, assim como não pode permanecer para sempre nas mãos de pessoas que não são jovens, justificando que deve ser  bem trabalhado a entrega de bastião.

Akssumi explicou  que escolheram essa data e a cidade de Bafatá porque 12 de Setembro é data do nascimento do Pai da nacionalidade guineense e cabo-verdiano e igualmente a data de mais um aniversário da JAAC.

“ Escolhemos cidade de Bafatá como a terra natal do Pai da nacionalidade guineense e cabo-verdiano, Amílcar Cabral para podermos realizar a 2ª Convenção Nacional”, disse.

Segundo Akssumi Có, o evento contará com a presença de convidados do MLSTP de São-Tomé e Príncipe, membros de estrutura da JAAC na diáspora: Portugal, Senegal e Cabo-Verde. 

Os participantes vão debruçar sobre os temas: “A Governação face a transição geracional, o Papel da Juventude face as autarquias locais, Que vantagens da integração sub-regional, O feminismo de Amílcar Cabral, O desemprego jovem e  suas consequências”. ANG/DMG//SG

Infraestruturas rodoviárias


“Estradas de Pessak e Avenida de Combatente de Liberdade de Pátria serão reabilitadas a partir  de outubro”, diz DG

Bissau, 09 Set 19 (ANG) - O Director-geral de Infraestrutura de Transportes Terrestre revelou que vão começar os trabalhos de reabilitação das estradas de Pessak e da Avenida  Combatente da Liberdade da Pátria no próximo mês de Outubro.

Ismael Marculino Soares da Gama, em entrevista exclusiva à Radio Sol Mansi  considerou de anormal a situação em que se encontra a estrada de Pessak e a forma como os cidadãos são transportadas nas motos.

“Apesar de não concordamos com a forma como os cidadãos são transportados, nada podemos fazer uma vez que a estrada de Pessak está nas péssimas condições, mas, assim que fizemos os nossos trabalhos de reabilitações tudo vai mudar”, garantiu aquele responsável.

Lançou um apelo aos moradores de Pessak no sentido de terem a paciência, tendo prometido que vão solucionar as suas dificuldades no que concerne a situação da estrada local.

Informou que actualmente os moradores do Bairro de Pessak são transportadas nas motos a partir de 18 horas da tarde e que cada moto carrega três pessoa, uma  situação que considera de inadmissível.

“A própria condição de estrada é que incentiva o transporte de indivíduos nas motos, mas tenho a certeza que com a reabilitação das estradas, haverá muitos carros e ninguém terá interesse em apanhar uma moto”, referiu.

Por outro lado, Ismael Marculino Soares da Gama disse que na Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria a reabilitação vai iniciar  a partir da entrada do Seminário, do Bairro de Brá até Guimetal, devido aos riscos que o troço apresenta aos condutores.

Soares da Gama justificou que os trabalhos de reabilitação só iniciam em Outubro devido a intensidade das chuvas em meses precedentes. ANG/AALS/ÂC//SG

Presidenciais 2019


  José Mário Vaz diz que Guiné-Bissau não será entregue à qualquer pessoa

Bissau 09 Set. 19 (ANG) – O Presidente da República cessante e candidato a sua própria sucessão nas próximas eleições presidenciais, afirmou no Domingo que o próximo Chefe de Estado da Guiné-Bissau deve ser uma pessoa digna, limpa e que não vai vender o país.

José Mário Vaz que falava num comício popular, no Bairro de Mindará perante milhares de apoiantes, disse que o lugar do Presidente da Nação não vai ser entregue à qualquer pessoa.

Mário Vaz frisou que os bens de que dispõe actualmente, são fruto do seu trabalho árduo como empresário bem-sucedido ao contrário de muitos outros que nunca fizeram nada e nem deixaram boas marcas nos cargos ocupados ou seja, são excelentes só quando estão no poder para poderem roubar o que é de todos, salientando que nunca isso vai acontecer.

Jomav como é conhecido disse que é fundamental o respeito pelas leis do país, porque segundo ele, o que se verifica na Guiné-Bissau é o contrário, tendo agradecido o papel das Forças Armadas, em não imiscuir nos assuntos políticos, apesar de muita pressão para fazerem a sublevação, por parte de alguns políticos, cujos nomes  se escusou de chamar.

Numa alusão clara ao líder dos libertadores, José Mário Vaz frisou não ser contra o PAIGC nem os seus dirigentes, mas que tem como alvo uma pessoa  que vai tirar do partido para que a terra possa esfriar.

“Essa pessoa quer tudo só para ele e os outros não têm direito à nada. Porque em pleno século XXI, um dirigente político não pode implantar ditadura num partido e ainda pretende ser Chefe de Estado “,disse.

Jomav garantiu aos presentes de que enquanto estiver vivo estará disposto a dar, se for o caso, a sua própria vida por este país, acrescentando que, mas a ditadura nunca mais vai voltar à Guiné-Bissau, salientando que durante cinco anos remeteu-se ao silêncio, prometeu que, quando chegar a hora de falar vai o fazer com papéis.

Mário Vaz falou sobre a necessidade do dinheiro de Estado entrar nos cofres de Estado, caso contrário não vai ser possível falar da construção das estradas, escolas, hospitais, apoiar as mulheres e jovens.

“Nesta campanha eleitoral, vão ouvir muitas coisas que foram guardadas durante cinco anos porque vejo que as pessoas estão com fome de chegar a Presidência da República, mas nunca vão o conseguir “,vincou.

Em nome dos jovens do Bairro de Mindará, Victorino da Silva disse que vão apoiar o Jomav em todos as vertentes e que a juventude do referido bairro irá seguir o seu exemplo, e sendo um mindarense os jovens, homens em mulheres do bairro estão com ele nesta batalha.

“Por isso quero dizer que o segundo mandado de José Mário Vaz já é uma realidade, falta só a confirmação no dia 24 de Novembro “,disse.

Por seu turno,  em representação das mulheres do bairro,Maria Augusta  apelou ao voto massivo no Jomav, no próximo dia 24 de Novembro, por ser um filho da casa, salientado que não existe outra alternativa à ele.

Estavam Presentes no comício, entre outros, a primeira-dama, Maria Rosa Vaz,  o mandatário e o director nacional  da candidatura de Jomav à Presidência da República, respectivamente Eduardo Costa Sanhá e Botche Candé.ANG/MSC/ÂC//SG

Religião


                     Papa deixa Moçambique com mensagem de paz
Bissau, 09 set 19 (ANG) - O papa Francisco terminou,  sexta-feira, a sua visita de três dias a Moçambique com uma missa campal no estádio do Zimpeto, em Maputo.
Perante milhares de pessoas, o líder da Igreja Católica apelou à reconciliação nacional e fez alusão à situação de violência armada em Cabo Delgado.
No dia em que se assinala um mês após a assinatura de um acordo de paz entre Governo e a Renamo, Francisco pediu que se amem os inimigos, sem lhes responder com violência, numa homília em que fez alusão à situação de violência armada em Cabo Delgado.
"Muitos de vós podem ainda contar em primeira mão histórias de violência e discórdia, uns na sua casa, outros de conhecidos" e "outros ainda pelo temor que feridas do passado se repitam e tentem apagar o caminho de paz já percorrido, como em Cabo Delgado", referiu.
A região nortenha de Moçambique enfrenta desde há três anos ataques a aldeias feitos por grupos armados dos quais pouco se conhece, além dos indícios de radicalização islâmica. Os ataques já provocaram pelo menos 200 mortos e milhares de deslocados internos.
Desde que chegou, na quarta-feira, o papa Francisco saudou os esforços pela paz em Moçambique e apelou aos jovens para que sejam persistentes e protagonistas da pacificação.
Por outro lado, o líder da igreja católica defendeu a necessidade de se colocar em prática a reconciliação nacional em Moçambique e lamentou a vivência do povo abaixo do nível de pobreza num país onde os recursos naturais são abundantes.
O papa falou perante 90 mil pessoas que assistiram à missa no Estádio Nacional do Zimpeto em Maputo. O acto marcou o fim da sua visita de três dias a Moçambique.
A visita à África Austral continua em Madagáscar e nas ilhas Maurícias.ANG/RFI


Presidenciais 2019


           Domingos Simões Pereira  diz que velará pelos mais fracos
Bissau, 09 set 19 (ANG) -  O ex-Primeiro-ministro ,Domingos Simões Pereira,foi investido sábado pelo PAIGC como candidato oficial às eleições Presidenciais de 24 de Novembro.
Intervindo na ocasião, Simões Pereira realçou que o chefe de Estado deve promover a unidade entre os guineenses e defender os interesses dos mais fracos.
Em comício popular no espaço verde em Bissau, perante vários membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro Aristides Gomes, o candidato apoiado pelo PAIGC  promete promover aa unidade entre os guineenses e ser o porta-voz das camadas mais vulneráveis da população, isto é, as crianças, as mulheres e os idosos.
No caso de ele ser eleito no dia 24 de Novembro, Domingos Simões Pereira prometeu trabalhar com o Governo, para alterar os dados de um relatório da UNICEF que apontam que 20% de idosos da Guiné-Bissau dormem todos os dias sem se alimentarem a noite.
Simões Pereira acha não faz sentido, que em pleno ano de 2019 haja algum guineense a passar fome.
Ser o primeiro embaixador da Guiné-Bissau, ser o garante da Constituição e respeitador do voto popular, são outras das garantias que Domingos Simões Pereira deu aos presentes no comício realizado no bairro de Ajuda em Bissau.
DSP, como também é conhecido, anunciou que com ele na Presidência não haverá demissões do Governo por iniciativa do Presidente, que o nome da Guiné-Bissau voltará aos píncaros da fama como já aconteceu no passado recente,bem como o palácio presidencial será aberto ao povo. ANG/RFI


Presidenciais 2019


Úmaro Sissoco Embaló lança candidatura com apoio do Movimento para Alternância Democrática

Bissau,09 Set 19(ANG) – O antigo primeiro-ministro, Úmaro Sissoco Embaló lançou a sua candidatura às eleições presidenciais de 24 de Novembro com o apoio do Movimento para Alternância Democrática(MADEM-G15).

Numa cerimónia realizada sábado nas instalações da Ponta Gardete no sector de Prábis, Sissocó disse  que, se for eleito Presidente da República, será o fiel interprete e respeitador da Lei magna da Guiné-Bissau.

“Com efeito, vamos assegurar a necessária relação e interdependência entre os órgãos da soberania. Vamos ainda trabalhar para que as autoridades exerçam as suas funções constitucionais, concorrendo todos, para a satisfação das necessidades colectivas”, prometeu.

Úmaro Sissoco Embaló garante ainda pôr o homem no centro da sua actuação enquanto primeiro magistrado da Nação.

Disse que a autoridade de Estado guineense está circunscrita aos centros urbanos, denotando assim uma descarada ausência de Estado nos lugares onde se encontra a maioria da população do país, deixando-a a sua sorte.

“Vamos, com recurso a magistratura de influência, refundar o Estado, o que passa por instituir políticas públicas que ponham o homem  no centro das suas actuações e a favor da população em toda a extensão do território nacional, tratando-lhe de maneira igualitária, fazendo deste modo a Guiné-Bissau um país viável”, vincou.

O político e igualmente terceiro vice Coordenador do Movimento para Alternância Democrática(MADEM-G15), promete ter como cavalo de batalha da sua presidência, a união entre os guineenses, acrescentando que, “não podemos continuar a viver de costas voltadas”.

“Vamos trabalhar no sentido de elevar valores comunicáveis à todos e que nos possam fazer sentir parte de um todo e contribuir para uma Guiné melhor para todos os seus filhos”, almejou.

Afirmou que a sua filosofia de vida, o seu percurso profissional, o ambiente em que cresceu permite-lhe jogar o papel de unir os guineenses, salientando que, não se pode jamais permitir que as pequenas diferenças se sobreponham, a tudo que temos em comum.

“As políticas sectoriais merecerão uma atenção especial na nossa presidência, procuraremos com recurso a necessária colaboração com o Governo, contribuir para proporcionar a melhoria de condições de vida da nossa população em todos os sectores da vida”, disse.

Em relação às Forças Armadas, Úmaro Sissoco Embaló sublinhou que a reforma não pode e nem deve ser entendida como mandar gente fardada para casa e meter novas caras.

“É certo contudo que o serviço militar obrigatório é necessário, o que pode traduzir-se na renovação das nossas Forças Armadas, aqui estamos de acordo”, informou, acrescentando que porém a reforma passa necessariamente pela modernização das Forças Armadas, torna-las aptas a cumprir com o seu papel de defesa da integridade territorial.

O evento foi antecedido pela escolha do Director Nacional e Mandatário da Campanha de Úmaro Sissoco Embaló, na pessoa de  Soares Sambú e Marciano Silva Barbeiro,respectivamente, eleitos pelos membros do Conselho Nacional do MADEM-15 através de votos de aclamação.ANG/ÂC//SG

África do Sul


                   Xenófobos sul-africanos atacam  moçambicanos
Bissau, 09 set 19 (ANG) -  O Conselho cristão de Moçambique condenou ,em conferência de imprensa em Maputo, os ataques xenófobos que continuam a verificar-se na África do Sul contra cidadãos estrangeiros e manifesta preocupação com o silêncio das autoridades moçambicanas.
A situação dos ataques xenófobos na África do Sul que já duram a mais de uma semana estão a afectar cidadãos moçambicanos revelou a Directora Geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades - INGC -, Augusta Maita, que também anunciou a identificação de um espaço no distrito da Moamba, na província de Maputo onde será instalado um centro de abrigo para os cidadãos que fogem dos ataques xenófobos no país vizinho.
Em conferência de imprensa, o reverendo Dinis Matsolo e outros membros do Conselho cristão desencorajam actos de retaliação à onda de ataques xenófobos na África do Sul.
Os ataques aos estrangeiros na África do Sul deixaram 544 moçambicanos sem casas em menos de uma semana. Grande parte deste número, cerca de 397, já manifestou o desejo de regressar ao país, revelou o conselho técnico de gestão de calamidades que se reuniu de emergência. ANG/RFI

Justiça


              Polícia Judiciária queima drogas apreendidas no Norte
Bissau, 09 set 19 (ANG) - A Polícia Judiciária (PJ) procedeu sábado à queima de cerca de duas toneladas de cocaína apanhadas na semana passada no Norte do país, na presença das autoridades governamentais, judiciais e representantes da comunidade internacional.
Directora Geral da Polícia Judiciária
 Perante pessoal das Nações Unidas, da Interpol, da CEDEAO e de jornalistas, o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes reafirmou o compromisso do Governo em combater o crime organizado no país e anunciou um apoio robusto à Polícia Judiciária.
Aristides Gomes garantiu a Guiné-Bissau precisa ser limpa do crime organizado para que possa atrair o investimento privado internacional e lamentou que alguns guineenses estejam a duvidar da seriedade do Governo quando diz que queimou cerca de duas toneladas de cocaína.
A droga foi apreendida na segunda-feira 2 de Setembro, e foi a maior apreensão de droga jamais efectuada na Guiné Bissau.
Domingos Correia, director nacional adjunto da Polícia Judiciária explicou aos jornalistas que a droga chegou à Guiné-Bissau há cerca de uma semana, por via marítima, e estava escondida em residenciais em Canchungo e Caió.
Se fosse vendida, a droga apreendida renderia cerca de 32 milhões de euros. A Polícia guineense acredita a droga apanhada, pertence à mesma rede que em Março passado, no dia das eleições legislativas, foi surpreendida pela PJ na posse de 789 quilogramas de cocaína. ANG/RFI



Reino Unido


          Parlamento britânico vota nova proposta para eleições antecipadas
Bissau, 09 set 19 (ANG) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, tenta nesta segunda-feira (9), convencer os parlamentares do país a aprovarem a realização de eleições antecipadas em 15 de outubro.
Esta é a segunda vez em menos de uma semana que o primeiro-ministro faz esta proposta ao Parlamento, depois que a casa aprovou um projeto de lei que determina que o líder deve pedir à União Europeia uma extensão do prazo oficial para o Brexit, de 31 de outubro para 31 de janeiro de 2020.
Na última quarta-feira (4), praticamente toda a bancada do principal partido da oposição, o Trabalhista, se absteve do voto , derrotando Johnson, que precisa da aprovação por pelo menos dois terços do Parlamento para convocar eleições antecipadas. Nesta segunda-feira, espera-se que, entre trabalhistas, liberais-democratas, verdes, nacionalistas da Escócia e do País de Gales, parlamentares independentes e membros do próprio partido governista - o Conservador -, a maioria parlamentar volte a bloquear os planos do primeiro-ministro.
Na tentativa de obter mais apoio para a votação desta segunda-feira, Johnson se reuniu pela manhã com o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, com quem discutiu novas garantias para o futuro da fronteira entre os dois países. Esse é um dos pontos mais polêmicos do Brexit e um dos motivos pelo qual a ex-premiê Theresa May não conseguiu a aprovação parlamentar para o acordo que ela fechou com a União Europeia.
Segundo analistas, a convocação de eleições antecipadas parece inevitável para Boris Johnson, que,  em apenas uma semana, sofreu sucessivas derrotas no Parlamento, perdeu a maioria parlamentar e teve de aceitar a renúncia de dois importantes aliados: a ministra do Bem-Estar Social, Amber Rudd, e seu próprio irmão, Jo Johnson, ministro das Universidades.
Ambos discordaram da decisão do primeiro-ministro de expulsar do Partido Conservador 21 parlamentares que votaram contra a extensão do prazo para o Brexit.
Pesquisas de opinião indicam que se houvesse uma eleição hoje, o partido de Johnson, o Conservador, sairia vencedor, com 35% dos votos, contra 21% para os Trabalhistas e 19% para os Liberais-Democratas. Analistas políticos acreditam que a estratégia do primeiro-ministro é vencer as eleições em 15 de outubro, garantir um apoio do novo Parlamento para sair sem acordo, que é o que acha melhor para o país, e no dia 31 de outubro, deixar a União Europeia sem olhar para trás.
É por isso que a oposição não quer que as eleições sejam realizadas agora, mas sim depois que houver garantias de que o Reino Unido terá até 31 de janeiro para negociar o Brexit com o bloco europeu e, em hipótese alguma, sair sem nenhum tipo de acordo.
Nesta segunda-feira, a rainha Elizabeth II também deve ratificar a nova lei que determina que o Boris Johnson deve solicitar à União Europeia uma extensão do prazo para sair do bloco. Mas por enquanto, o maior risco para esta esta lei não ser cumprida é o próprio primeiro-ministro. Em um discurso na semana passada, ele disse que prefere “morrer na sarjeta” do que pedir aos europeus mais tempo para negociar o Brexit.
A preocupação é tanta que os líderes dos partidos de oposição já estão consultando advogados para entrar na Justiça contra Johnson, caso ele se recuse a cumprir a lei.
Durante o fim de semana, no entanto, ministros próximos a ele declararam que o premiê não vai desrespeitar a lei, mas vai tentar ao máximo encontrar brechas legais no texto e tentar evitar a extensão.
Seja qual for a atitude de Johnson, a decisão final sobre uma possível prorrogação do prazo ainda cabe aos demais 27 países da União Europeia. Basta apenas o veto de um deles para que o Reino Unido tenha mesmo que sair no dia 31 de outubro.. No domingo, houve rumores de que o presidente francês, Emmanuel Macron, estaria disposto a exercer esse veto, mas nada foi confirmado.
A agitada segunda-feira conta ainda com um debate no Parlamento de uma petição assinada por mais de 1,7 milhão de cidadãos britânicos pedindo que a casa não aceite a suspensão de cinco semanas - imposta por Boris Johnson, e que está prevista para ocorrer ainda esta semana. Na semana passada, duas cortes judiciais decidiram que a suspensão não é ilegal.
É por causa dessa perspectiva de suspensão que os membros da casa estão apressando todas as votações relativas ao Brexit e assim evitar que o país saia da União Europeia em 31 de outubro sem nenhum acordo com o bloco. ANG/RFI

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Presidenciais 2019


Presidente da República cessante nomeia Botche Candé seu Director Nacional de campanha eleitoral

Bissau,06 Set 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz nomeou Botche Candé e Eduardo Costa Sanhá, respectivamente seu Director Nacional de campanha e mandatário para as próximas eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro.

Foto Jomav e Botche Candé
Numa cerimónia realizada quinta-feira num dos hotéis de Bissau, José Mário Vaz justificou que confia nos dois pelas suas competências  e seriedades  demonstradas em todas as funções que anteriormente exerceram.

José Mário Vaz afirmou sem citar  nomes que as pessoas estão a juntar dinheiro para desencadear uma guerra contra a sua pessoa, e disse que  irá chegar o dia em que vai desvendar toda a história.

Declarou que passou cinco anos na Presidência à vigiar o país, porque as populações precisam de escolas, hospitais, energia entre outros, e acusou o actual executivo de estar  com a pressa de colocar pessoas em lugares chaves “para  tomar conta dos recursos do país, tornando-o cada vez mais pobre”.

“Isso não irá acontecer nunca..nunca”, assegurou José Mário Vaz, perante milhares de apoiantes de todos os Movimentos do seu núcleo de apoio político.

O Presidente da República cessante disse que estão no início da luta, tendo exortado aos recém nomeados, Director Nacional e o Mandatário da campanha, para trabalharem no sentido de resgatar  pessoas que diz serem  ainda  “refém do líder do PAIGC”.

“Devemos combater essa pessoa dentro do partido porque ele deve saber que a casa onde está tem  dono, que são os seus militantes e simpatizantes”, disse  Mário Vaz.

Prometeu agarrar as mãos da referida pessoa, que não identifica, e puxá-la para fora do partido para  permitir que, aos que diz serem donos da casa, tomem conta dela,  e para que possa ele respirar de alívio.

“Como é possível para que a pessoa chegar recentemente no partido e detestar todas as ideias contrárias, questionou.

“Será que ele é o dono da referida casa”, questionou José Mário Vaz, acrescentando,“ele expulsou do partido as pessoas que trouxeram a independência da Guiné-Bissau”, criticou.ANG/ÂC//SG 

V Festival China-África


  Participantes pedem reforço de cooperação entre China Popular e África

Bissau, 06 Set 19 (ANG) – Os participantes do IV Festival de Fórum de Cooperação China-África pediram o reforço de colaboração entre a República Popular a China e África, para obtenção de benefícios comuns, de modo a permitir o progresso do continente negro.

Jovens africanos durante a visita à um Museu na China
O apelo foi feito pelo porta-voz dos participantes, Widilei Afonso Fernandes Barroca de nacionalidade são-tomense, à margem da cerimónia de  encerramento de IVª festival destinados aos jovens da China Popular e África.

“Vamos evidenciar os nossos esforços junto dos nossos países para que a cooperação entre a China e África se intensifique cada vez mais, porque, durante a nossa estadia na China Popular vimos  coisas fantásticas e sabemos que com a colaboração da China podemos ter progresso”, disse Fernandes Barroca em nome dos participantes.

Widilei Afonso sublinhou que a iniciativa de juntar os jovens da China e África como forma de reforçar os seus laços de amizade é de louvar, uma vez que permite conhecer a realidade chinesa.

O referido festival decorreu de 27 de Agosto à 04 do corrente mês, durante o qual os participantes desenvolveram diversas actividades, nomeadamente a partilha da experiências tradicionais sobre a a cultura chinesa entre outras.

Ao longo da estada na China, os participantes efectuaram ainda uma visita à grande muralha da China, tendo igualmente visitado à propriedade do grupo da energia limitada.

Visitaram ainda os departamentos do governo, cidade proibida e assistiram a apresentação de danças acrobáticas e diferentes peças artísticas chinesas.

Ainda visitaram diversos locais históricos, nomeadamente o Templo Chen Clan e fizeram um passeio de Barco ao Rio Pérola.

Na cidade de Guangzhou assistiram a exibição do Plano Urbano de Guangzhou e a noite intercâmbio entre os jovens.

A comitiva africana se deslocou também ao Centro de Caridade da Cidade de Guangzhou, onde visitaram o paraíso do passeio para o céu e tendo realizada várias acções de  interacção com os jovens locais.

Os participantes do Festival assistiram a exibição de um filme sobre os 40 anos de reforma chinesa e de início da ascensão da província de Guangdong, e visitaram à zona de cooperação de serviço industrial moderna da Cidade de Zhenzhen Qianhai e  à propriedade de transmissão limitada da mesma zona.
Agnela Aleluia Lopes Sá, enviada da  ANG à Republica Popular da China.



IV festival juvenil China/África


“O desenvolvimento de qualquer país está nas mãos dos jovens”, diz ministro dos Negócios Estrangeiro da China Popular

Bissau, 06 Set 19 (ANG) - O ministro de Negócios Estrangeiros da República Popular da China afirmou  quarta-feira que a responsabilidade de desenvolver qualquer que seja o país está nas mãos dos jovens, e que por isso, cabe a eles se empenhar na procura do progresso dos seus países.
Foto de jovens africanos na China

A afirmação foi feita por Chen Xiaodong na cerimónia de enceramento do IV Festival de Fóruns dos Jovens China-África realizado na República Popular da China com o objectivo de promover contacto pessoal entre os jovens chineses e os seus homólogos de África e de promover igualmente a cultura chinesa sem esquecer da promoção das suas histórias.

“A China precisa da África e a África igualmente precisa da China, assim sendo, podem aumentar as suas relações de amizade e de cooperação em diversos domínios com a finalidade de promover ganhos por ambos os lados”, disse o governante chinês.

Sublinhou que tanto a China como a África precisam um do outro porque o país asiático é um país avançado em termos tecnológicos e a África é menos avançada nesse domínio, salientando que contudo o continente negro é rico em termos das potencialidades naturais.

Xaodong acrescentou que a cooperação entre China e África pode trazer grandes surpresas e que por isso, a promoção dos eventos que possibilitam o contacto directo só vão permitir a fortificação dos laços entre o povo da China e de África.

“Na realidade temos o nosso interesse no continente africano, porque ao reforçamos a cooperação com a África ela vai-se desenvolver ainda mais.  O continente africano desenvolverá de certeza, só resta trabalhar para concretizar isso na pratica”, disse. 
  
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês explicou que a iniciativa de criar um Fórum de Cooperação entre China e África  se enquadra na agenda de promoção de desenvolvimento sustentável no continente africano para os anos 2030 à 2063.

No evento, participaram 280 pessoas sendo 20 da Fundação China Soong Ching Ling, 50 são africanos residentes na China, 108 são  africanos representantes dos seus países, 30 jovens chineses, 30 estudantes africanos na China e 42 voluntários.

A iniciativa foi realizada pela Fundação China Soong Ching Ling situada na província de Guandong com financiamento do governo da República Popular da China. Agnela Aleluia Lopes Sá, enviada da ANG à RP China.

                                       

GIABA


               Guiné-Bissau pode perder apoio do Banco Mundial e  FMI
Bissau, 06 set 19 (ANG) - A Guiné-Bissau não colabora com medidas contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e corre o risco de perder a possibilidade de efectuar transferências internacionais inter-bancárias e de obter créditos do FMI e Banco Mundial.
Justino Sá
O alerta emana da organização da CEDEAO - GIABA ou Grupo Intergovernamental de Acção contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental, e foi lançado durante uma acção de formação a decorrer em Bissau.
Segundo Justino Sá, presidente da célula guineense de Tratamento de Informações Financeiras - CENTIF - GB, as instituições de combate que julgam os casos de branqueamento de capitais, ou o financiamento do terrorismo, não produzem acusações, nem condenações, o que prova que a Guiné-Bissau, não está a colaborar no combate a este flagelo.
Guiné-Bissau está na lista negra da GIABA devido à não colaboração dos bancos na divulgação de capitais suspeitos.
Justino Sádisse à RFI que a Guiné-Bissau corre sérios riscos e que se as autoridades não tomarem medidas urgentes, brevemente a Guiné-Bissau poderá deixar de beneficiar de cooperação de instituições financeiras internacionais, nomeadamente FMI, Banco Mundial e bancos comerciais.
Para o Giaba, a forma como as autoridades de Bissau tratam o Centif e as respostas que têm sido dadas perante suspeitas de branqueamento de capitais, deixam muito a desejar.
Justino Sá diz que o risco de o país deixar de receber apoios de instituições financeiras é real, faltando apenas que o Giaba publique a sua decisão.
Justino Sá referiu que perante os sinais de branqueamento de capitais, perante a captura de grandes quantidades de droga na Guiné-Bissau, a justiça guineense ainda não julgou ninguém e que pior de tudo é os bancos comerciais não colaboram com o Centif, para o desmantelamento de branqueadores de capitais. ANG/RFI