quarta-feira, 12 de agosto de 2020

 

Guiné-Bissau/ ONU fala de “clima politicamente carregado” que eleva desconfiança

Bissau,12 Ago 20(ANG) - A representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau disse na segunda-feira que eventos recentes provocaram “um clima politicamente carregado, com crescente desconfiança entre as partes envolvidas” no país.

 

Na apresentação do mais recente relatório ao Conselho de Segurança, por videoconferência, Rosine Sori-Coulibaly disse haver acusações mútuas e relatos de atos de intimidação contra pessoas que se opõem à situação política.

O cenário traduz-se em “um ambiente hostil, que torna difícil que se chegue a um acordo em prol da estabilidade política e construção de consenso em torno das prioridades nacionais de consolidação da paz.”

A enviada disse ainda que enquanto as novas autoridades se concentram em consolidar o poder, o partido Paigc, que venceu as eleições legislativas do ano passado, “contesta a votação parlamentar de 29 de junho”. A sessão parlamentar aprovou o programa do governo de Nuno Nabiam, designado primeiro-ministro pelo proclamado presidente Umaro Sissoco Embaló.

Coulibaly disse que o Paigc continua a questionar a legalidade dessa sessão, alegando erros de procedimento e “denunciando ameaças e atos de intimidação contra membros do Parlamento” ocorridos antes da reunião. Mas realçou que esta força política ainda reitera o seu apelo de uma solução política para a crise.

Diante do desejo de formação de um governo de base ampla, tendo Nuno Nabiam como primeiro-ministro, a representante disse que as perspectivas de obter um avanço são baixas. Ela destacou a forte oposição do Paigc à adesão ao atual governo.

Rosine Sori-Coulibaly defende uma solução sustentável que promova a estabilidade, na qual “todos os lados se comprometam” na Guiné-Bissau. Mas disse que, por agora, as partes fincam pé em suas posições.

A mensagem destaca preocupações com a insegurança e as violações dos direitos humanos com ocorrências que aumentaram as tensões políticas.

Um dos eventos foi a operação de 26 de julho à Rádio Capital FM, considerada aliada da oposição, onde houve detenções arbitrárias e intimidação. Ela apontou denúncias de pessoas e políticos considerados opositores da atual administração.

Um outro fator com potencial de acirrar disputas é o desejo do presidente de “mudar o sistema de governança - de semipresidencial para presidencial - sob a nova Constituição.

Para a representante, esse cenário pode ocorrer na nova aliança parlamentar Madem-G15, seus apoiadores e o novo primeiro-ministro se a situação “não for cuidadosamente administrada e amplamente discutida, compondo assim ainda mais uma já frágil situação.”

Em 31 de dezembro, a ONU prevê encerrar o Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis. A missão política apoia os esforços em busca de uma solução da atual crise, os desafios da Covid-19 e a atua na coordenação com a equipe da ONU no país.

Com o Fundo de Construção da Paz foram apoiados vários parceiros, incluindo agências das Nações Unidas e organizações da sociedade civil para que continuem sendo implementadas prioridades de consolidação da paz.

Rosine Sori-Coulibaly pediu que continuem os esforços internacionais em apoio ao país. Ela alertou que será essencial ter fundos para evitar um abismo financeiro, ao apelar ao auxílio dos países no Quadro de Cooperação com a Guiné-Bissau.ANG/ONU NEWS

 

Covid-19/EUA anunciam novo contrato de 1,3 mil milhões de dólares para produção de vacinas

Bissau, 12 Ago 20 (ANG) -  Um contrato no valor de 1,3 mil milhões de euros para a produção de 100 milhões de doses da vacina experimental do laboratório Moderna foi anunciado esta terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Tenho o prazer de anunciar esta noite (terça-feira) que fechámos um acordo com a Moderna para o fabrico e entrega de 100 milhões de doses da sua vacina experimen

tal contra o novo coronavírus. O Governo federal será o proprietário dessas doses da vacina, estamos a comprar", destacou Donald Trump, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.

O laboratório norte-americano Moderna lidera um dos três projectos no ocidente que estão já na fase final de testes clínicos em milhares de pessoas, noticia a agência AFP.

Os resultados preliminares da primeira fase, que contou com um pequeno número de pessoas, mostraram que a vacina gerou uma resposta imunológica.

Segundo o director do instituto responsável pelo ensaio clínico, Anthony Fauci, até ao final do ano não se esperam dados sobre se esta vacina é segura e eficaz.

Mas Donald Trump disse pretender obter mais resultados antes das eleições presidenciais nos EUA, que irão decorrer em 03 de Novembro.

Este acordo agora anunciado aumenta o investimento público norte-americano na empresa de biotecnologia fundada há menos de uma década e que nunca criou uma vacina até agora, para 2,48 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros).

O contrato com a Moderna prevê ainda a opção de compra de mais 400 milhões de doses, segundo revelaram os comunicados da empresa e da secretaria da Saúde dos Estados Unidos.

"Estamos preparados para produzir rapidamente 100 milhões de doses assim que a vacina for aprovada e até 500 milhões seguidamente", disse Donald Trump, apresentando números significativamente diferentes.

A administração liderada por Donald Trump já gastou pelo menos 10,9 mil milhões de dólares (9,28 mil milhões de euros) no desenvolvimento e produção de vacinas.

Além do negócio com a Moderna, foram também firmados acordos para comprar 100 milhões de doses às empresas Johnson & Johnson, Novavax, Pfizer e Sanofi, e 300 milhões de doses da AstraZeneca, elevando o total para 800 milhões de doses até ao momento.

A primeira vacina para a covid-19 registada no mundo foi anunciada terça-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e vai entrar em circulação em 01 de Janeiro de 2021, segundo o Ministério da Saúde da Rússia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 736 mil mortos e infectou mais de 20,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (163.465) e também com mais casos de infecção confirmados (mais de 5 milhões).ANG/Angop

 

Covid-19/ Presidente da República apela à população para usar máscara    

 Bissau, 12 ago 20 (ANG) - O Presidente  Umaro Sissoco Embaló, apelou terça-feira à população  para usar máscara para prevenir e combater a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

"Esta doença mata e a única forma de evitar essas mortes é usar a máscara. Usem a máscara e tirem-na só p

ara comer ou quando estiverem em  casa", disse o chefe de Estado guineense numa mensagem enviada à comunicação social e posta a circular nas redes sociais.

Na mensagem, Umaro Sissoco Embaló pede aos guineenses para utilizarem sempre a máscara nos transportes públicos e na rua.

"É muito importante para a nossa e vossa saúde. Tenham consciência que esta doença mata", insiste na mensagem o chefe de Estado.

A Guiné-Bissau regista 2.088 casos acumulados de covid-19, incluindo 29 vítimas mortais e 1.015 recuperados, segundo os dados oficiais divulgados mais recentes.

No âmbito do combate à pandemia, Umaro Sissoco Embaló decretou o estado de emergência, que já prolongou por diversas vezes, a última das quais até 24 de agosto.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 736 mil mortos e infetou mais de 20,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 23.583 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Lusa

 

            Guiné Conakry/Eleições presidenciais marcadas para Outubro

Bissau, 12 Ago 20 (ANG) - O chefe de Estado guineense, Alpha Condé, convocou  terça-feira as eleições presidenciais para 18 de Outubro próximo, anuncia um decreto lido na Radiotelevisão Guineense (RTG).

Este decreto confirma a data recentemente proposta pela Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI) que se prepara para reunir-se com os candidatos ou seus representantes às eleições pr

esidenciais para a fixação conjunta da caução e do orçamento da campanha.

Na semana passada, os delegados da Convenção Nacional da Coligação do Povo da Guiné (RPG Arco-íris), no poder, escolheram Alpha Condé para defender as cores do seu partido nas próximas eleições presidenciais, e este disse ter tomado nota desta proposta.

Os partidos do campo presidencial alegaram que a nova Constituição, aprovada a 22 de Março, mas boicotada por vários partidos da oposição, garante que "nada impede a candidatura" do Presidente cessante depois de dois mandatos sucessivos de cinco anos.

A nova Constituição, segundo eles, permite ao chefe de Estado cessante concorrer a outro mandato, desta vez alargado para seis anos, renovável uma vez.

O Presidente cessante, de 82 anos, foi o principal líder da oposição durante o regime do falecido chefe de Estado, Lansana Conté, que o deteve  em 1998 no dia seguinte às  eleições presidenciais, cujos resultados ainda não foram publicados.ANG/Angop


terça-feira, 11 de agosto de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Covid-19/Colectivo de Proprietários de Transportes Rodoviários ameaça paralisar actividades caso não levam lotação completa   

Bissau, 11 Ago 19 (ANG) – O Presidente do Colectivo de Condutores e Proprietários de Transportes Rodoviários (CCPTR), afirmou hoje que se as suas viaturas não forem permitidos carregar a lotação completa, vão simplesmente suspender as actividades, porque não conseguem ter receitas para cobrir as despesas.

Biro Seide, em entrevista exclusiva à ANG, disse que a sua organizaçã

o enviou uma carta ao Alto Comissariado de Luta Contra a Covid-19 desde o dia 22 de Julho onde informaram que já reuniram condições para desenfectar todas as viaturas de  transportes públicos,  urbanos e inter-urbanos, em colaboração com a Associação de Saúde Comunitária, para passarem a carregar conforme lotação, mas que até ao momento não receberam nenhuma resposta.

“Ao mesmo tempo solicitamos a mesma permissão à Direcção Geral da Viação, a Presidência da República, Primatura, o Ministério mas ambos não deram nenhuma resposta ao Colectivo.

Seide disse que aceitaram voltar as estradas depois de uma paragem de quatro meses, com 50 por cento de lotação das viaturas porque, na altura, o Colectivo de Proprietários não tinha condições higiênicas de prevenção contra coronavírus.

“Agora está na altura de desenfectar as viaturas, por isso se está a pedir que sejam autorizados a carregar a  lotação completa”, disse.

Biro Seide disse que, o que o governo devia fazer é controlar o uso obrigatório das máscaras por parte dos passageiros, sublinhando que depois vários  meses em que suspenderam actividades, o executivo não pronunciou sobre a recompensa dos prejuízos sofridos.

Acrescentou que continuam a fazer as mesmas despesas que faziam quando transportavam a lotação completa o que os preocupa muito. ANG/MSC/ÂC//SG

Cajú/Ministério de Comércio e Indústria revela que quantidade até então declarada  para exportação é de 89.243 toneladas

Bissau, 11 Ago 20 (ANG)  - O Ministério de Comércio e Indústria, até ao dia 09 de Agosto, registou declarações de exportação de 89.243 toneladas de castanha , contra a previsão de 130.000 toneladas.

A informação consta numa nota da Coordenação da Campanha de Caju 2020, da Direcção Geral do Comércio e Concorrência,  sobre o resumo de exportação entregue à ANG.

“O escoamento efectuado a partir das regiões para armazéns de Bissau  é de 118.000 toneladas e a quantidade executada na báscula é de 62.703,919 toneladas”, refere o documento.

Para a campanha deste ano o Ministério de Comércio emitiu 44 licenças, com a  base tributária de 700 dólares e o preço médio FOB 1.004 dólares.

O processo de exportação deste ano conta com  31 empresas .

 A  campanha de  comercialização de castanha de cajú foi aberta no dia 18 de Maio , e  o preço de referência anunciado pelo Governo foi de 375 francos CFA,o quilo, junto do produtor.

Segundo a Nota, o processo da exportação só veria a começar  no dia 20 de Junho, havendo ainda castanha nas regiões para transportar para Bissau.ANG/AALS/ÂC//SG

 

Campanha de caju/Associação de Importadores e Exportadores revela que queda da colheita de cajú 2020 é superior a de ano passado

Bissau, 11 ago 20 (ANG) – O Presidente da Associação dos Importadores e Exportadores disse que a queda na colheita da castanha de caju este ano é de 16 à 22 por cento em relação ao mês de agosto de 2019.

Em entrevista à Rádio Difusão Nacional (RDN) na segunda-feira, M

amadu Iero Jamanca disse que essa diferença percentual vai ter  impato não só na procura da comercialização interna como no momento de repatriamento da divisa.

Acrescentou que a mobilização de divisa é muito importante para o país, nomeadamente para o Tesouro, através da comercialização de caju.

“Acreditamos  que ainda temos alguma quantidade residual em alguns armazéns nas regiões à espera do transporte. Qualquer coisa como 80 à 90 mil toneladas. Portanto, vamos ter este ano uma queda não da produção mas da colheita”, explicou Jamanca, acrescentando que estão a viver um autêntico dilema de como é que irão fazer face esta situação logo após o fecho da campanha de comercialização.

Disse que a maioria da castanha de caju na colheita deste ano está com os exportadores, e  que outra parte pode ficar nas mãos dos agricultores ou intermediários, que, eventualmente, estão a espera do melhor preço em função da experiência de cada um.

Aquele responsável informou que devido a pandemia do novo coronavírus os vietnamitas não podem vir ao país, frisando que, apenas os  enviados dos processadores vieram ao país.

 Disse  que a exportação vai ser através de correspondências fornecidas pelas medias, isto é, os contratos vão ser feitos à distância, a exportação e envios dos documentos também através dos meios que existem.

Jamanca disse que desafiaram o governo e seus parceiros de desenvolvimento a nacionalizarem a campanha de caju deste ano, com apresentação de proposta concretas, e que, infelizmente, o pedido não foi ouvido nem acompanhado.

“Dissemos que este ano, em função da situação que existe doa covid-19, o governo podia tomar a iniciativa e servir diretamente da retaguarda dos exportadores para mobilizar fundos. E quando dissemos que o caju é petróleo da Guiné-Bissau nós não sabemos como é que as instituições estatais vivem esta importância de caju na economia”, frisou.

Iero Jamanca referiu que atualmente, em Bissau, há uma melhoria significativa na qualidade dos armazéns com capacidade de armazenagem a curto e médio prazo.

Em relação ao fundo desbloqueado pelo governo para financiar a campanha de comercialização este ano, Jamanca reconheceu o gesto, sustentando que era preciso na mesma altura se fazer mais para fazer face as exigências e os desafios da altura.

Para Jamanca  o referido fundo  não ajudou em nada, e criticou a forma como foi executado. Disse que o próprio governo reconheceu que houve um lapso, tendo prometido fazer as contas no fim.ANG/DMG/ÂC//SG

Agricultura/”Plantações de cajueiros diminuem produção de arroz na Guiné-Bissau”, diz Júlio Malam Injai

Bissau,11 Ago 20(ANG) – O Director Geral da Agricultura afirmou que a opção dos camponeses de plantar cajueiros e o êxodo rural da camada juvenil, são os principais factores de diminuição de produção de arroz na Guiné-Bissau.

Júlio Malam Injai, em entrevista exclusiva à ANG, disse que a fuga de jovens de campo para a cidade em busca de melhores condições de vida contribuiu, grandemente, na degradação das bolanhas do país, tendo em conta que reduziu drásticamente a mão de obra que outrora servia de produção e manutenção dos diques contra a invasão da água salgada.

“Um outro factor tem a ver com a monocultura de cajueiros por parte de camponeses por ser a forma mais rápida de conseguir dinheiro em detrimento da produção de arroz nas bolanhas”, explicou.

Júlio Malam Injai indicou que são dois factores que contribuíram na degradação de muitas bolanhas do país, acrescentando que as suas recuperações acarretam grandes investimentos.

“Para a reabilitação das bolanhas alagadas serão necessários reconstituir as centuras e refazer os diques de divisão parcelares para depois colocar os tubos que regulam a quantidade de água no terreno.

Aquele responsável sublinhou que recentemente uma equipa do Ministério de Agricultura chefiada pelo ministro da tutela,Abel da Silva efectuou digressões à diversas localidades do interior do país, e constatou in loco o estado em que as bolanhas se encontram.

 Disse que durante a missão, o ministro  sensibilizou aos  camponeses sobre a necessidade de reabilitarem as suas bolanhas tendo em conta que é a única saída para combater a pobreza.

“Penso que, se os nossos agricultores conseguirem diversificar as culturas e produzir em grande escala e com qualidade, conseguirão um rendimento capaz de diminuir a pobreza e atingir o auto suficiência alimentar”, referiu.

O Director Geral de Agricultura frisou que todas as variedades de culturas produzidas hoje em dia terão procuras no mercado, citando o exemplo de batatas de Bambadinca, que actualmente são comprados a bom preço.

Acrescentou que  a mancara está, igualmente, a ganhar muita procura no mercado internacional,  e que  uma  Organização Não Governamental até já criou uma unidade de transformação do seu óleo, em Bantandjam, no sector de Bambadinca.

“Portanto, já estamos a retoma,r aos poucos, a criação de unidades de transformação de produtos agrícolas, não somente no domínio de caju mas também  de outros produtos, nomeadamente, milho e batata ”, explicou Julio Malam Injai.ANG/ÂC//SG

 

 

Covid-19/Guiné-Bissau com 56 novos casos de coronavirus e mais de mil recuperados   

Bissau, 11 ago 20 (ANG) - A Guiné-Bissau registou na última semana 56 novas infeções pelo novo coronavírus, elevando o total acumulado para 2.088 casos, incluindo 1.015 recuperados, disse segunda-feira o Alto Comissariado de Luta Contra a Covid-19.

"Há 2.088 caos acumulados, 1.015 recuperados, 1.038 ativos e 29 óbitos", afirmou Magda Robalo, alta comissária da luta contra a covid-19, na co

nferência de imprensa semanal para fazer a atualização dos dados referentes à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Segundo Magda Robalo, entre 03 e 09 de agosto foram detetados 56 novos casos de covid-19.

"Bolama e Bijagós são as duas regiões onde ainda não foram detetados casos positivos", afirmou.

A antiga ministra da Saúde disse que o país está a aumentar a capacidade de testar a população e que na semana passada as regiões de Quinara e Bafatá começaram a realizar testes, que, até aqui, eram apenas feitos em dois laboratórios em Bissau, capital do país.

"Em princípio a nossa capacidade de fazer testes à população vai aumentar e os casos devem aumentar também", salientou.

Magda Robalo insistiu na necessidade de a população da Guiné-Bissau utilizar máscara e cumprir o distanciamento social para diminuir o número de contágios.

A Guiné-Bissau registou os primeiros casos de covid-19 em março, tendo o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretado o estado de emergência.


Desde então, o estado de emergência já foi p
rolongado por várias vezes, a última das quais até 24 de agosto.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 731 mil mortos e infetou mais de 19,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 23.269 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (2.835 casos e 32 mortos), Moçambique (2.411 casos e 16 mortos), Guiné-Bissau (2.088 casos e 29 mortos), Angola (1.672 infetados e 75 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3 milhões de casos e 101.049 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.ANG/Lusa

 

           Covid-19/ Vacina russa entra em circulação à 01 de Janeiro de 2021

Bissau,11 Ago 20(ANG)  - A primeira vacina contra a Covid-19 registada no mundo, anunciada hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, vai entrar em circulação a 01 de Janeiro de 2021, segundo o Ministério da Saúde da Rússia.

A data para a distribuição da vacina russa contra a Covid-19 foi indicada pela entidade oficial da Rússia que regista medicamentos e que pertence ao Ministério da Saúde, noticia a France Presse, que cita as agências de notícias russas.

Nas últimas semanas, a Rússia "garantiu" a produção de milhares de doses de vacinas contra o novo coronavírus e "vários milhões" no princípio do próximo ano.

Na altura, a Organização Mundial da Saúde pediu respeito pelos protocolos e regulamentos em vigor sobre o desenvolvimento de uma vacina anti covid-19.

Há vários meses que cientistas e investigadores na Rússia têm estado envolvidos na descoberta de uma vacina, tal como outros países em todo o mundo.

Os investigadores do centro Gamaleia, na Rússia, trabalham em colaboração com o Ministério da Saúde russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra o novo coronavírus.

"Esta manhã foi registada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin durante uma reunião com membros do governo russo.

De acordo com o chefe de Estado, a vacina russa é "eficaz" e superou todas as provas necessárias assim como permite uma "imunidade estável" face ao covid-19.

Putin acrescentou que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose da vacina e está a sentir-se bem.

"Ela participou na experiência", disse Putin, afirmando que a filha teve um pouco de febre "e foi tudo".

No entanto, muitos cientistas no país e no estrangeiro questionaram a decisão de registar a vacina antes de os cientistas completarem a chamada Fase 3 do estudo.ANG/Angop

 

 

Covid-19/ União Monetária da África Ocidental entrega cerca de 1,5 ME à Guiné-Bissau

Bissau, 11 ago 20 (ANG) - A União Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA) entregou segunda-feira à Guiné-Bissau cerca de 1,5 milhões de euros para a compra de equipamentos sanitárias no âmbito do combate ao novo coronavírus.

O donativo foi entregue ao Adjunto Alto-Comissário da Luta Contra a Covid-19, Aladje Tumane Baldé, por Joãozinho Mendes, comissário da UEMOA encarregado do mercado regional e cooperação.

Uma parte do apoio foi dada em materiais e a outra em cheque.

Joãozinho Mendes destacou que o gesto da UEMOA para com a Guiné-Bissau se enquadra no âmbito de apoios que a organização está a dar a todos os oito países do bloco.

"Este apoio é dado no âmbito da solidariedade e complementaridade que são os símbolos da UEMOA", observou o jurista guineense Joãozinho Mendes, sublinhando ser uma resposta da organização às decisões da última conferência de chefes de Estado e de Governo do bloco, realizada em 27 de abril, por videoconferência.

Fazem parte da UEMOA, Guiné-Bissau, Burkina-Faso, Benim, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.

A Guiné-Bissau regista mais de 2.000 casos acumulados de covid-19, incluindo 27 vítimas mortais.ANG/Lusa

 

Covid-19/Governo indiano oferece sete toneladas de medicamentos para combate a pandemia 

Bissau,11 Ago 20(ANG) - O governo indiano entregou ao governo guineense na segunda-feira, sete toneladas de medicamentos, no quadro do combate à pandemia da COVID-19. 

Após a cerimónia da entrega, realizada no palácio do governo, o Cônsul Honorário da Índia na Guiné-Bissau, Mohan Dodani,disse que o donativo é sinal de solidariedade entre os dois países na luta contra a Covid-19.

Segundo o diplomata,  trata-se de medicamentos de alta qualidade, fabricados nos laboratórios da Índia e reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para o cônsul honorário, a contribuição da indústria farmacêutica da Índia no tempo da Covid-19 prova que o empenho na luta contra a pandemia não é apenas para a população indiana, mas também para outros países do mundo. 

Dodani apontou a produção de materiais de proteção pessoal, a capacidade de testes, em média, até um milhão por dia e o estado avançado de pesquisas para a produção de uma vacina, como sucessos do seu país na luta contra a COVID-19.

“A Cooperação entre a Índia e a Guiné-Bissau não é só na exportação da castanha de caju, mas também está presente em diversas áreas tais como a electrificação rural, agricultura,  saúde, bolsas de estudo, entre outras. Tudo isso é possível graças às excelentes relações entre os dois países”, sublinhou.

Por seu lado, o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian agradeceu o gesto do governo indiano e salientou que a Índia é um parceiro tradicional da Guiné-Bissau.

O chefe de Executivo acredita que o donativo vai ajudar o país a estancar e neutralizar a COVID – 19 e desenvolver a economia.

“Essa doença requer a solidariedade entre povos e Estados. Foi nesse quadro que a Índia está a ajudar a Guiné-Bissau na luta contra a Covid-19, que está a abalar o mundo por completo. Estamos muito gratos por receber estes medicamentos que irão permitir as autoridades sanitárias do país, neste caso ao alto comissariado para luta contra a Covid-19, fazer face à pandemia” disse Nuno Nabian.ANG/O Democrata

 

          Saúde pública/Lançada campanha para aumentar a amamentação

 Bissau,11 Ago 20(ANG) - O Ministério da Saúde, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância, vai lançar a campanha "Apoiar a Amamentação para um Planeta mais Saudável", para aumentar o aleitamento materno.

Em comunicado divulgado segunda-feira, o Ministério da Saúde refere que na Guiné-Bissau a semana mundial do aleitamento materno vai decorrer durante todo o mês de agosto com um conjunto de atividades por todo o país.

A campanha visa informar todos os "atores de que a amamentação é uma decisão que tem impacto na saúde e no desenvolvimento dos bebés e é a mais inteligente, ecológica e sustentável forma de alimentação de crianças, com forte impacto na saúde do planeta", refere o comunicado.

Segundo os dados divulgados pelas autoridades guineenses, em 2019 apenas uma em cada duas crianças guineenses era exclusivamente amamentada, e esse número representa uma diminuição em relação ao 2014.

"Quer dizer que metade das nossas crianças menores de seis meses são privadas de muitos benefícios que o leite materno proporciona à saúde e ao desenvolvimento desses bebés", sublinha o Ministério da Saúde.

Na nota, o Ministério da Saúde guineense salienta também que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que todas as mães com covid-19 confirmado ou suspeito "continuem a ter contacto pele a pele e a amamentar" os bebés.

A Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, regista mais de 2.000 casos acumulados de covid-19, incluindo 27 vítimas mortais.ANG/Lusa

 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

CMB/Presidente Interino  garante para breve retoma da obra do Mercado Central

Bissau, 10 Ago 20 (ANG) – O Presidente Interino de Câmara Municipal de Bissau (CMB), garantiu hoje que a retoma das obras de construção de Mercado Central será para breve.

Em entrevista exclusiva  à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Luís Sim

ão Ntchama disse que recentemente efectuaram uma visita conjunta aquele estabelecimento comercial, com o ministro de Administração Territorial e o Secretário de Estado de Tesouro, para constatarem in loco, a evolução da obra, e estudar mecanismos de sua retoma.

Acrescentou  que chegou-se a conclusão de que a sua retoma e conclusão pode ser  para breve.

“Em termos de infraestrutura, poderá ser dos melhores que o governo pode ter no futuro em termos de mercado. Era para ter dois pisos mas segundo os nossos técnicos, será agora um edifício de três pisos, e deixará agora de ser um simples mercado para Super-mercado”, disse o responsável.

Relativamente as obras que a CMB está à executar na rotunda do Aeroporto de Bissau, concretamente junto ao monumento de pai fundador de nacionalidade guineense e cabo-verdiana ,Amílcar Lopes Cabral, Luis Ntchama disse  que é uma obra que os arquitectos da CMB estão a executar para homenagear homens que outrora deram vida para o país.

Disse nomes de  outros combatentes serão ilustrados nesse recinto como forma de reconhecimento às suas obras. ANG/LLA/ÂC//SG  

Agricultura/”A Guiné-Bissau deve apostar na mecanização agrícola para criar riquezas”, diz Júlio Malam Injai

Bissau,10 Ago 20(ANG) – O Director Geral da Agricultura defendeu que o governo deve criar as condições indispensáveis para a mecanização agrícola de forma a aumentar a produção, criar riquezas e atingir a auto-suficiência alimentar.

Júlio Malam Injai, em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG, disse que, se o país continuar com a forma de lavoura rudimentar ou seja com arados e enchadas vai se produzir apenas para a subsistência nunca para criar riquezas como almejado.

“Temos que adoptar uma filosofia moderna que passa pela mecanização agrícola e que passa pela aquisição  de máquinas que serão aplicadas no terreno de forma a aumentar a produção e produtividade”, explicou.

Disse que deve-se  apostar em máquinas, tanto para a lavoura, conservação bem como para a transformação de produtos agrícolas.

“Quando se fala de mecanização agrícola não estamos a falar somente de tractores,  vamos abranger o processamento de produtos. No domínio da pecuária devemos sedenterizar os animais  ou seja não podemos continuar a ter as crianças a andar atrás dos gados para a pastagem. Devemos criar as zonas de pastos onde os animais possam ficar para serem bem tratados”, frisou.

Abordado sobre a actual capacidade de produção nacional em termos de arroz e outros cereais, o Director Geral da Agricultura, afirmou que naturalmente o país produz apenas para a subsistência.

“Em termos de arroz concretamente, produzimos um pouco mais de metade do que consumimos. Portanto temos cerca de 89 mil toneladas produzida e um défice de cerca de 90 mil toneladas desse produto ou seja só produzimos metade das nossas necessidades para o consumo nacional”, explicou.

Aquele responsável sublinhou que de acordo com os dados, um guineense consome em média 130 quilos de arroz por ano, salientando que se multiplicarmos esse número com a população total, vamos saber das necessidades do país em termos do arroz.

Afirmou que o país dispõe de terras aráveis, explicando que, se for feito  um ordenamento hidroagrícola sério e com a mecanização, vai se  produzir o suficiente para garantir a segurança alimentar.

Júlio Injai disse que, aproveitando a bacia da Vale do rio Geba, o país pode criar as condições para produzir arroz, aproveitando a água doce ali existente.

 “Podemos até criar as condições para fazer no mínimo duas ou três colheitas por ano, ou seja no período da chuva e na seca através de irrigação”, garantiu.ANG/ÂC//SG

 

Agricultura/Governo empenhado na implementação do Plano Nacional de Investimento Agrário ( PNIA)

Bissau,10 Ago 20(ANG) – O Director Geral da Agricultura afirmou que o governo está empenhado na implementação parcial da 2ª geração do Plano Nacional de Investimento Agrário(PNIA),aprovado em dezembro de 2017 e orçado em cerca de 342 mil milhões de francos CFA.

“O Plano Nacional de Investimento Agrário é um documento concebido ao nível da Guiné-Bissau inspirado no Plano sub-regional  no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO. Foi elaborado a PNIA 1ª geração, e tendo expirado o seu tempo, os países membros desta organização entenderam que devem elaborar a 2ª geração do documento”, explicou, Júlio Malam Injai em entrevista exclusiva à ANG.

Aquele responsável explicou que o PNIA 2ª geração foi elaborado com base no primeiro documento no qual foi introduzido algumas melhorias em questões ligadas à género, segurança alimentar, alterações climáticas entre outras.

Júlio Injai informou que o PNIA dispõe de diferentes componentes, tendo em conta que a agricultura, no sentido lato, integra a pecuária, floresta e no certo ponto as pescas.

“Portanto o PNIA foi aprovado em 2017 e ficava para ser submetido à uma Mini Mesa Redonda de forma a ser discutido com os doadores em que cada qual iria assumir os projectos a financiar dentro do documento mediante a sua filosofia”, disse.

Informou que o Plano nunca chegou de ser submetido aos doadores devido às constantes instabilidades políticas, motivadas por alterações sucessivas dos governos.

Acrescentou que, contudo, o PNIA está a ser implementado de forma parcial em diferentes projectos concebidos pelo Ministério de Agricultura através de negociações bilaterais com os parceiros.

Afirmou que neste momento têm projectos de grande envergadura no domínio agrícola e que estão em curso de alguns anos para cá, nomeadamente o Projecto de Apoio a Segurança Alimentar(PASA), que já se encontra na sua fase final, financiado pelo Banco Oeste Africano de Desenvolvimento(BOAD).

Malam Injai frisou ainda que dispõe de outros projectos, nomeadamente de Promoção de Rizicultura à favor de jovens, o de Apoio ao Desenvolvimento Económico das regiões do Sul, denominado de PADES, sediado em Buba e o de Desenvolvimento da Cadeia de Valor de Arroz, em implementação nas regiões de  Bafatá e Oio.

“Temos um outro projecto que deverá arrancar brevemente denominado de PAC-Viar e que visa capitalizar as acções que o PRESAR já tinha feito ou as que o Projecto de Desenvolvimento das Comunidades(PDCV) está a executar neste momento.

“Portanto, esses conjuntos de projectos inspiram-se nos documentos elaborados no âmbito do Plano Nacional de Investimento Agrícola e que partiu da Carta de Política de Desenvolvimento Agrícola existente desde os anos 1995, que foi seguido do Programa Nacional de Segurança Alimentar, Programa Nacional do Desenvolvimento do Sector Pecuário, da Floresta , agora  modernizados e integrados no PNIA”, explicou.

Perguntado sobre os objectivos gerais do PNIA, Júlio Malam Injai disse que o seu primeiro desafio  é de garantir a segurança alimentar, à longo período, acrescentando que não se pode falar da soberania de um país sem garantir as populações a auto suficiência alimentar.

“Quando for garantida uma segurança alimentar para todos daí podemos dizer que estamos a combater a pobreza tendo em conta que a sua erradicação é a última meta a atingir”, disse aquele responsável.ANG/ÂC//SG

 

Ensino/CONAEGUIB congratula-se com ratificação do protocolo de acordo de mobilidade na concessão de vistos aos estudantes da CPLP

Bissau, 10 Ago 20 (ANG) - A Confederação Nacional das Associações Estudantis de Guiné-Bissau (CONAEGUIB) congratulou-se com os deputados da nação pela  ratificação do Protocolo de Acordo relativo à mobilidade na concessão de vistos aos estudantes ao nível da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

A congratulação  consta numa nota à imprensa produzida pela direcção da

 CONAEGUIB , à que a ANG teve hoje acesso.

 “Antes da ratificação desse protocolo de acordo, havia inúmeras solicitações da nossa parte à embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, com o propósito de ingressar  os estudantes no ensino superior português”, refere o documento.

Na nota, CONAEGUIB afirma que a ratificação de protocolo de mobilidade na concessão de vistos permitirá aos estudantes iniciarem o ano lectivo na data indicada pelas instituições  de ensino superior português e que o país só tem a ganhar com isso.

De acordo com o mesmo documento, a CONAEGUIB exorta os restantes países da comunidade à prosseguirem com a iniciativa da CPLP, tendo prometido acompanhar de perto a implementação efectiva do referido protocolo no terreno.

O acordo sobre concessão de visto para estudantes dos Estados membros da CPLP entrou em vigor na Ordem Jurídica Internacional no dia 01 de Setembro de 2015. A Guiné-Bissau só conseguiu ratificá-lo neste mês de Agosto.ALS/ÂC//SG