Agricultura/”Plantações de cajueiros diminuem produção de arroz na Guiné-Bissau”, diz Júlio Malam Injai
Bissau,11 Ago 20(ANG) – O
Director Geral da Agricultura afirmou que a opção dos camponeses de plantar
cajueiros e o êxodo rural da camada juvenil, são os principais factores de
diminuição de produção de arroz na Guiné-Bissau.
Júlio Malam Injai, em entrevista exclusiva à ANG, disse que a fuga de jovens de campo para a cidade em busca de melhores condições de vida contribuiu, grandemente, na degradação das bolanhas do país, tendo em conta que reduziu drásticamente a mão de obra que outrora servia de produção e manutenção dos diques contra a invasão da água salgada.
“Um outro factor tem a ver
com a monocultura de cajueiros por parte de camponeses por ser a forma mais
rápida de conseguir dinheiro em detrimento da produção de arroz nas bolanhas”,
explicou.
Júlio Malam Injai indicou
que são dois factores que contribuíram na degradação de muitas bolanhas do
país, acrescentando que as suas recuperações acarretam grandes investimentos.
“Para a reabilitação das
bolanhas alagadas serão necessários reconstituir as centuras e refazer os
diques de divisão parcelares para depois colocar os tubos que regulam a
quantidade de água no terreno.
Aquele responsável sublinhou
que recentemente uma equipa do Ministério de Agricultura chefiada pelo ministro
da tutela,Abel da Silva efectuou digressões à diversas localidades do
interior do país, e constatou in loco o estado em que as bolanhas se encontram.
Disse que durante a missão, o ministro sensibilizou aos camponeses sobre a necessidade de reabilitarem
as suas bolanhas tendo em conta que é a única saída para combater a pobreza.
“Penso que, se os nossos
agricultores conseguirem diversificar as culturas e produzir em grande escala e
com qualidade, conseguirão um rendimento capaz de diminuir a pobreza e atingir
o auto suficiência alimentar”, referiu.
O Director Geral de
Agricultura frisou que todas as variedades de culturas produzidas hoje em dia
terão procuras no mercado, citando o exemplo de batatas de Bambadinca, que
actualmente são comprados a bom preço.
Acrescentou que a mancara está, igualmente, a ganhar muita
procura no mercado internacional, e
que uma Organização Não Governamental até já criou uma
unidade de transformação do seu óleo, em Bantandjam, no sector de Bambadinca.
“Portanto, já estamos a retoma,r aos poucos, a criação de unidades de transformação de produtos agrícolas, não somente no domínio de caju mas também de outros produtos, nomeadamente, milho e batata ”, explicou Julio Malam Injai.ANG/ÂC//SG
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