Comunicação Social/“O papel da Agência de Notícias da Guiné é de estruturar a fracturação na imprensa guineense“, diz António Nhaga
Bissau, 20 Ago 20 (ANG) – O
comunicólogo e docente universitário António Nhaga afirmou hoje que a Agência
de Notícias da Guiné(ANG), tem um papel primordial na construção e estruturação
da fracturação existente na imprensa nacional.
António Nhaga convidado a abordar o papel da ANG no panorama da comunicação social guineense, por ocasião dos 45 anos da criação deste órgão de comunicação público, celebrado hoje, felicitou o aniversariante por mais um ano de vida, tendo afirmado que sem uma Agência de Notícias forte a imprensa em geral transforma-se em pedaços.
“Em qualquer país do mundo
são as Agências de Notícias que cobrem todo o território nacional fornecendo
aos outros órgãos informações credíveis”, disse.
António Nhaga sublinhou que,
por isso a ANG tem um papel preponderante a desempenhar e que infelizmente na
sua perspectiva foi esquecida pelos sucessivos governos, o que é lamentável.
“Porque, de facto, a
estruturação da democracia nacional passa necessariamente a partir da
informação e quem deve dar essa informação completa do país é a Agência de
Notícias, ou seja, devia ter correspondentes em todo o território nacional”, sustentou.
Nhaga disse que, quem deve
implementar a politica de acesso a
informação no país é a ANG, frisando que é fundamental para ela, como sendo um
grossista da informação ocupar o seu verdadeiro lugar, no xadrez da comunicação
social, tendo em conta que os outros órgãos de imprensa são apenas clientes.
“Se a ANG tivesse
correspondentes nas regiões, por exemplo, não seria necessário que o Jornal O
Democrata também tenha, uma vez que podia ter acesso as informações do país
através da ANG, como se verifica em todo mundo.
O igualmente docente
universitário e coordenador do curso da Comunicação Organizacional e Jornalismo,
na Universidade Lusófona da Guiné pediu ao executivo para investir, seriamente,
a partir de agora, na ANG ou seja, se querem realmente investir na imprensa
nacional, devem o fazer em primeiro na Agência
de Notícias da Guiné, para que a imprensa nacional seja sólida.
“O exemplo mais perto é o da
Agência Portuguesa de informação denominada Lusa, que além de cobrir todo o
território português, fizeram questão de ter uma redação em todas as suas
ex-colónias é por isso que não há qualquer notícia que passa no mundo lusófono
que a Lusa não difunde. E é isso que se deve fazer na Guiné-Bissau “,explicou.
O comunicólogo sublinhou
ainda que a ANG é um elemento fundamental de combate as notícias falsas(Fake
News) na internet , ou seja “quando
aparecer notícias nas redes sociais, podia-se simplesmente contactar os
correspondentes nas regiões para saber da veracidade daquela informação”.
António Nhaga pediu aos
dirigentes guineenses a virar uma nova página, salientando que sem a ANG não
existe o Jornal No Pintcha, a Rádio Nacional , ou seja os outros orgãos de comunicação
social dependem da Agência, acrescentado que preferia que o Estado investisse
seriamente naquela instituição.
“Porque o próprio Presidente
da República e o governo precisam saber o que passa nas regiões e mesmo a Polícia
Judiciária podem obter informações para os seus trabalhos na ANG. É por isso
que os Polícias em outras partes do mundo procuram informações nas agências.
Disse colaborar com aqueles
que afirmam que uma Agência de Noticias sem correspondentes regionais ou que
não cobre todo o país não existe.Ela é o coração de um país.
A Agência de Notícias da
Guiné(ANG) criada a 20 de Agosto de 1975, com dificuldades de varia ordem
funciona apenas com a redação central em
Bissau, assegurada por nove jornalistas,oito dos quais com estatuto de
estagiário há mais de cinco anos, no
edifício da Inacep, a gráfica nacional.
O embargo à mais admissão na administração
pública tem impedido que se contrate mais jornalistas para serviços de
correspondentes nas oito regiões administrativas da Guiné.ANG/MSC/ÂC//SG
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