Bissau,31 Ago 20(ANG) - O projeto da “nova
Constituiç
ão da República” da Guiné-Bissau, recomendado pelo Chefe de Estado
Umaro Sissoco Embaló, retirou ao chefe do governo as competências de presidir o conselho de ministros e
atribuiu as mesmas ao chefe de estado, e visou também o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), revelou o
jornal on line da Rádio Capital FM(Capital News-CNEWS).
O CNEWS viu as alterações sugeridas pela “nova lei magna” guineense e nelas se destacam alguns pontos “ess
enciais” introduzidos pela Comissão Técnica, que trabalhou no documento.
Segundo
o CNEWS, o chefe do governo só preside o conselho de ministros, se o Presidente
da República o permitir.
Na
Constituição ainda em vigor essa competência pertence ao chefe do Governo,
podendo o Presidente da República exercer essa função quando pretender.
A “nova lei”, de acordo com o CNEWS, introduziu o Tribunal Constitucional, cujos juízes devem ser nomeados e empossados pelo presidente da república. O presidente desse órgão tem assento no Conselho de Estado. Em consequência, sai de cena o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que, na constituição ainda em vigor na Guiné-Bissau, é membro do órgão de consulta do presidente da república.
Segundo o projeto da constituição, o presidente da república passa a ser investido, não na sessão plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP), mas sim, na do “Tribunal Constitucional”, pelo presidente desse órgão.
“O mandato dos juízes do Tribunal Constitucional tem a duração de dez anos não renovável”, lê-se no documento. Outra “novidade” tem a ver com as eleições presidenciais, referidas no documento.
“Consideram-se definitivos os resultados do apuramento nacional das eleições presidenciais, proclamados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE),quando não haja reclamações, protestos ou contraprotestos, em decorrência deste apuramento” refere o projeto constitucional, elaborado por uma comissão técnica coordenada pelo jurista Carlos Vamain.
Segundo o Capital News, vários dirigentes do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), partido de Umaro Sissoco Embaló, estão contra a “nova constituição”, mas “muito dificilmente se vão pronunciar, pelo menos para já, sobre o assunto”, garantem as fontes partidárias.
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