terça-feira, 25 de agosto de 2020

Saúde animal/”Guiné-Bissau vai ter brevemente  o primeiro Código Pecuário”, diz o DG da Veterinária

Bissau,25 Ago 20(ANG) – O Director-geral da Veterinária garantiu hoje que o país vai,brevemente, dispor do seu primeiro Código Pecuário, que contempla conjunto de regulamentos de leis que irão gerir a actuação daquele sector.

Bernardo Cassamá, em entrevista exclusiva à ANG, sobre o balanço

 das actividades levadas a cabo durante o primeiro semestre do ano em curso, disse que o referido Código Pecuário contém uma parte que regulamenta a inspecção de produtos de origem animal, tanto os importados como os que são produzidos internamente.

“O Código Pecuário é um instrumento jurídico que vai permitir as populações e os técnicos veterinários saberem como devem lidar com os produtos animais, que são comercializados para o consumo e nos seus locais de produção nomeadamente, carnes nos Matadouros, Ovos nos Aviários, leite entre outros”, explicou.

De acordo com Cassamá, no que toca com a carne,  que diariamente  são comercializadas, tanto em Bissau como nas regiões, os serviços veterinários vão estar  atentos e vão sancionar os infractores mediante o que diz a Lei.

“A Lei diz que o único local de abate de animais para consumo são os Matadouros, ou em  locais legalmente atribuídos pela Câmara Municipal de Bissau para a referida prática”, salientou.

O Director-geral da veterinária sublinhou que o projecto do Código Pecuário e a carta para o  agendamento da sua discussão no Conselho de Ministros já foram entregues ao Gabinete do Primeiro-ministro.

“Então uma vez que o referido instrumento for aprovado vamos iniciar a sua aplicação prática”, prometeu.

Aquele responsável frisou que todos os gados, antes de serem abatidos devem ser inspeccionados pelos técnicos da veterinária 24 horas antes, de forma a saber se estão doentes ou não.

Informou que depois da inspecção, as vacas devem ser alimentadas somente com água visando a limpeza interna de todas as toxinas que, eventualmente, podem estar no seu organismo.

“Em todas as partes do mundo nenhum animal é abatido e de imediato é levado para os mercados para o consumo humano sem passar pela fase de maturação, que é um processo que tem a ver com a desintoxicação de carnes antes de ser metido no circuito de venda”, explicou.

O Director Geral da Veterinária disse que, infelizmente, o Matadouro de Bissau não dispõe de instrumentos para poder cumprir as referidas exigências, acrescentando que, para o efeito, são necessários frigoríficos, onde os carnes serão pendurados para passar no processo de maturação.

Bernardo Cassamá sublinhou que todos os gados abatidos no Matadouro de Bissau são carimbados pelos serviços veterinários, adiantando que  a partir desses carimbos que as populações devem confirmar a proveniência de carnes antes de consumi-lo.

“Actualmente verifica-se muitos locais clandestinos de abate de gados ao longo do troço que liga Bissau à Bambadinca, em que os autores da prática transportam carnes em viaturas inadequadas para vender  noutras localidades misturando-as com as que são abatidas nos matadouros”,revelou.

Disse que são praticas que paulatinamente irão combater em colaboração com a Câmara Municipal de Bissau , detentor das infraestruturas de abate  e de vendas de carnes no país.ANG/ÂC//SG

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