Covid-19/”Muitos empreendimentos turísticos correm risco de fechar as portas no período pós-pandemia”, diz Jorge Cabral
Bissau,24 Ago 20(ANG) – O
Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau,
Jorge Cabral disse que sem o apoio do Governo, muitos empreendimentos turísticos
correm o risco de fechar as portas no período pós-pandemia.
Em entrevista exclusiva à ANG sobre as diligências para o relançamento, em pleno, das actividades hoteleiras e de restauração no país, Jorge Cabral disse que as gerências das grandes unidades hoteleiras estão descapitalizadas e que até já dispensaram a maioria dos trabalhadores.
“As referidas unidades
hoteleiras têm equipamentos sensíveis e que necessitam da corrente eléctrica
para garantir as suas manutenções e muitos têm dívidas com as empresas
fornecedoras e actualmente não estão a vender os serviços para compensar as
despesas”, contou.
Cabral salientou que muitos empreendimentos turísticos têm ainda
dívidas com os seus senhorios ou seja os proprietários dos estabelecimentos
onde funcionam para além de dívidas com os trabalhadores.
“Já submetemos cartas ao Presidente
da República, Primeiro-ministro, Ministro das Finanças no sentido de nos darem
uma mãozinha de forma a relançarmos as nossas actividades pós pandemia”, revelou.
Aquele responsável
acrescentou que o Governo tomou boa nota no sentido de lhes apoiar,
acrescentando que actualmente estão a
deparar-se com enormes perturbações em termos de impostos.
“Pedimos ao Estado da
Guiné-Bissau para suspender todas as
cobranças de impostos durante este período da pandemia. A decisão pode ser
alargada para a cobrança da electricidade e água bem como apoiar em termos de
segurança social os trabalhadores de diferentes empreendimentos hoteleiros dispensados
para a casa”, sublinhou.
O Presidente da Associação
dos Operadores Turísticos considera que o Governo deve accionar mecanismos
junto dos bancos comerciais para concederem créditos simbólicos aos operadores
turísticos, para que estes possam relançar os seus negócios.
“Não é segredo para ninguém
que, depois do Estado, os maiores empregadores é o sector turístico Mesmo os
operadores informais dispõem de dois à três trabalhadores quanto mais as
grandes unidades hoteleiras”, referiu Jorge Cabral.ANG/ÂC//SG
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