Covid-19/Presidentes parlamentares do Mundo debatem multilateralismo na cooperação internacional
Em declarações a jornalistas, no final da conferência, o
presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Jorge Santos, explicou que o
lema principal desta conferência foi a liderança parlamentar para o
multilateralismo e para que a mesma seja eficaz, mas também que proporcione e
promova o bem-estar, a paz e a tranquilidade para as pessoas e para o planeta.
“E neste quadro, nós debatemos, nesta conferência, alguns temas
de actualidade, em primeiro lugar a pandemia da covid-19, o papel dos
parlamentos, a forma como todos os parlamentos do Mundo agiram, criando
condições de legalidade e de legalidade constitucional para as medidas de
urgência e de emergência, propostas pelos executivos de cada país e que em
tempo também conseguiu reorganizar rapidamente os parlamentos para dar essa
resposta”, afirmou.
No centro das conversas também esteve, segundo Jorge Santos, a
retoma da actividade social e económica a nível mundial e a necessidade do
multilateralismo na cooperação internacional, no sentido de se aperceber os
relacionamentos entre os Estados e entre países.
“A covid-19 veio demonstrar que nós todos somos importantes, nós
todos somos fracos assim como nós todos poderemos ser fortes. Daí a necessidade
desse multilateralismo, ou seja, de complementaridade de acção seja na retoma
económica, seja também na área científica para encontrar, não só as soluções de
cura, mas também vacinas”, acrescentou.
Conforme Jorge Santos, foi também debatida a situação da pobreza
a nível mundial, ou seja, a necessidade também de uma liderança parlamentar
forte no sentido de cumprimento do objectivo de atingir em 2030.
“Igualmente debatemos outras questões importantes como por
exemplo a problemática do clima, o impacto da pandemia no cumprimento das
normas e dos objectivos definidos, principalmente aqueles para a manutenção e
preservação do clima do planeta. Não só a nível dos grandes países, mas também
dos pequenos estados insulares. E aqui, Cabo Verde concretamente, um pequeno
estado insular, situado no Atlântico Médio, tem um duplo papel a desempenhar
neste quadro”, prosseguiu.
Explicando, Jorge Santos afirmou que Cabo Verde tem a missão de
garantir a sobrevivência, e também trilhar caminhos para retomar a sua
economia, além de desempenhar um “papel activo e dinâmico” no quadro das
relações internacionais, no sentido de ter uma inserção dinâmica.
“Chamamos atenção nesta conferência, é que os pequenos países
insulares não podem ficar para trás. Aí é preciso intensificar aqueles que têm
maior risco e maior vulnerabilidade que é o caso de Cabo Verde”, acrescentou.
Jorge Santos disse ainda que, com a retoma económica, vários
foram os países que apresentaram as suas comunicações, durante a conferência,
no sentido da necessidade não só do perdão da dívida, mas de adoptar moratórias
para uma melhor gestão da dívida.
“Neste momento, o apelo de todos os estados envolvidos, porque
também participaram nesta conferência os estados do G20, houve esse debate da
necessidade de sensibilizar essas economias no perdão da dívida ou então na
definição de moratórias como nós ouvimos hoje foi noticiado que o G20 deu uma
moratória a Cabo Verde para aliviar o pagamento das dívidas até o final do ano
de 2020”, afirmou. ANG/Inforpress
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