quinta-feira, 20 de agosto de 2020

                       Bielorússia/UE não reconhece reeleição de Lukachenko

Bissau, 20 Ago 20 (ANG) - Os 27 países da União Europeia reunidos  quarta-feira  em cimeira extraordinária, reconheceram que a eleição de 9 de Agoqsto não foi livre, nem equitável e decidiram não reconhecer a reeleição de Alexander Likachenko .

O grupo ainda decidiu  alargar a lista de personalid

ades bielorussas a serem sancionadas por fraude eleitoral e repressão excessiva dos manifestantes da oposição, afirmou o presidente do Conselho Europeu Charles Michel.

A chanceler alemã Angela Merkel exprimiu o seu apoio aos manifestantes da oposição afirmando "não duvidamos que houve fraude massiva na eleição presidencial, é claro que a Bielorússia deve encontrar a sua pópria via, o que deve ser feito pelo diálogo e sem intervenção estrangeira".

Os países do designado Grupo de Visigrado - Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia - exigem em comunicado comum - uma nova eleição presidencial na Bielorússia.

Na véspera os líderes europeus apelaram Vladimir Putin a pressionar o seu aliado Lukachenko a dialogar com a oposiçao.

A jovem líder da oposição de 37 anos de idade, Svetlana Tikhanovskaïa, tradutora e professora de inglês, candidata à eleição presidencial após a detenção em Maio do seu esposo e candidato presidencial Sergueï Tikhanovskaïa, está refugiada na Lituânia desde 11 de Agosto e hoje em vídeo e em inglês, pediu aos 27 líderes europeus, que não reconheçam a vitória fraudlenta de alexander Lukachanko.

"Apelo-vos a não reconhecerem esta eleição fraudulenta, o senhor Lukachenko perdeu toda a legitimidade aos olhos da nossa nação e do mundo inteiro. 

No intuito de facilitar uma transição pacífica do poder no nosso país, criei um comité de coordenação nacional da Bielorússia, que dirigirá o processo de transição do poder pela via diálogo

Apelamos a uma nova eleição presidencial equitável e democrática sob supervisão internacional

Líders europeus, apelo-vos a apoiarem o despertar da Bielorússia

Apelo todos os países a reconhecerem os princípios do direito internacional 

Apelo ao respeito da soberania da Bielorússia e da escolha do seu povo".

Continuam esta quarta-feira (19/08) as manifestações de protesto contra a reeleição de Alexander Lukachenko, várias pessoas foram detidas e ontem em Minsk um terceiro manifestante foi morto por balas da polícia, enquanto o Presidente Lukachenko, no poder desde 1994, denuncia manipulação e financiamento internacional da oposição

Em quatro dias de protestos reprimidos violentamente pela polícia, 3 pessoas foram mortas, dezenas feridas e mais de 6.700 detidas, espancadas e torturadas.

Sectores cruciais para a economia da Bielorússia estão em greve, em protesto contra esta reeleição.ANG/RFI

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