Agricultura/Secretário para Comunicação e Porta-voz da CAF-SAB diz que país corre risco de ter mau ano agrícola
Bissau, 13 ago 20 (ANG) – O Secretário para a Comunicação e Porta-voz da Cooperativa dos Agricultores e Familiares de Sector Autónimo de Bissau (CAF-SAB) afirmou que o país corre o risco de ter mau ano agrícola sobretudo para os camponeses da capital Bissau, devido a inunda
ção e a grande quantidade de lixos nas bolanhas.Batista Té que falava hoje
em conferência de imprensa pediu ao Ministério de Agricultura no sentido de ajudar os agricultores na
construção de canais de drenagens para escoar as águas das bolanhas.
“Hoje em dia aqui em Bissau,
quando chove todas as águas correntes descem para bolanhas e atualmente todas
as bolanhas estão inundadas e cheias de lixos. Estamos a correr o risco de
nossos diques de cintura serem destruídos e se cairem, as águas salgadas vão
entrar nas bolanhas”, explicou Batista Té.
Agradeceu ao Ministério da
Agricultura através do Direção Geral de
Agricultura que lhes ofereceu quase três toneladas de sementeiras de arroz no
princípio deste ano agrícola.
Adiantou que a sua Cooperativa
está a fazer parceria com algumas ONGs sobretudo Ação para o Desenvolvimento
(AD) em busca de solução para os lavradores de Bissau, na forma de desaguar e
na recuperação de mangais que protegiam os diques da cintura das bolanhas.
Batista Té acrescentou que há
algumas bolanhas que já não são lavradas porque se encontram em estado avançado de degradação, nomeadamente a
de Cadjila, Calequir e Pefine.
Disse que, a pouco tempo, a Cooperativa com poucos
meios que dispõe conseguiu recuperar a bolanha de Plufna que agora está a ser
ameaçada pela água salgada.
Chamou a atenção às
instituições ligadas ao ambiente nomeadamente, ao Ministério da Agricultura,
Câmara Municipal de Bissau e Serviço de Inspeção de Ambiente para tomarem medidas para estancar a prática de construção
de casas nas bolanhas.
Apelou ainda ao Instituto da
Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) e Instituto Marítmo Portuário
(IMP) para lhes ajudar na proteção das zonas húmidas que estão a ser invadidas.
Aquele responsável ameaçou
convocar camponeses de Bissau para uma marcha entre Outubro e Novembro para
mostrarem as suas insatisfação perante a invasão das suas zonas de lavoura
para construção de casas e armazéns.
Té pede ao Ministério de Agricultura para se empenhar na transformação da agricultura tradicional guineense em agricultura mecanizada.
A Cooperativa dos Agricultores e Familiares do
Sector Autónimo de Bissau congrega agricultores de mais de 38 bairros de Bissau. ANG/DMG/ÂC//SG
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