quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Agricultura/Secretário para Comunicação e Porta-voz da CAF-SAB diz que país corre risco de ter mau ano agrícola

Bissau, 13 ago 20 (ANG) – O Secretário para a Comunicação e Porta-voz da Cooperativa dos Agricultores e Familiares de Sector Autónimo de Bissau (CAF-SAB) afirmou que o país corre o risco de ter mau ano agrícola sobretudo para os camponeses da capital Bissau, devido a inunda

ção e a grande quantidade de lixos nas bolanhas.

Batista Té que falava hoje em conferência de imprensa pediu ao Ministério de Agricultura  no sentido de ajudar os agricultores na construção de canais de drenagens para escoar as águas das bolanhas.

“Hoje em dia aqui em Bissau, quando chove todas as águas correntes descem para bolanhas e atualmente todas as bolanhas estão inundadas e cheias de lixos. Estamos a correr o risco de nossos diques de cintura serem destruídos e se cairem, as águas salgadas vão entrar nas bolanhas”, explicou Batista Té.  

Agradeceu ao Ministério da Agricultura através do Direção Geral  de Agricultura que lhes ofereceu quase três toneladas de sementeiras de arroz no princípio deste ano agrícola.

Adiantou que a sua Cooperativa está a fazer parceria com algumas ONGs sobretudo Ação para o Desenvolvimento (AD) em busca de solução para os lavradores de Bissau, na forma de desaguar e na recuperação de mangais que protegiam os diques da cintura das bolanhas.

Batista Té acrescentou que há algumas bolanhas que já não são lavradas porque se encontram em  estado avançado de degradação, nomeadamente a de Cadjila, Calequir e Pefine.

Disse  que, a pouco tempo, a Cooperativa com poucos meios que dispõe conseguiu recuperar a bolanha de Plufna que agora está a ser ameaçada pela água salgada.

Chamou a atenção às instituições ligadas ao ambiente nomeadamente, ao Ministério da Agricultura, Câmara Municipal de Bissau e Serviço de Inspeção de Ambiente para tomarem  medidas para estancar a prática de construção de casas nas bolanhas.

Apelou ainda ao Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) e Instituto Marítmo Portuário (IMP) para lhes ajudar na proteção das zonas húmidas que estão a ser invadidas.

Aquele responsável ameaçou convocar camponeses de Bissau para uma marcha entre Outubro e Novembro para mostrarem as suas insatisfação perante a invasão das suas zonas de lavoura para construção de casas e armazéns.

Té pede ao Ministério de Agricultura para se empenhar na transformação da agricultura tradicional guineense em agricultura mecanizada.

 A Cooperativa dos Agricultores e Familiares do Sector Autónimo de Bissau congrega agricultores de mais de 38 bairros de Bissau. ANG/DMG/ÂC//SG

 

 

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