Censo populacional/Diretor do INE diz que é urgente realização do novo recenseamento geral
Bissau, 17 ago 20 (ANG) – O
Diretor do Instituto Nacional de Estatística(INE) defendeu hoje a urgência de
se realizar mais um recenseamento geral da população tendo em conta a evolução
da população guineense nos último dez anos.
Em entrevista a ANG,Carlos Mendes da Costa adiantou que documentos para que o censo geral seja realizado já foram aprovados pelo Conselho de Ministros faltando apenas a sua promulgação pelo chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.
“É uma operação que vai beneficiar não só o
país mas também a comunidade internacional e nesta perpestiva o Conselho dos
Ministros já aprovou um decreto e falta a sua promulgação”, informou.
O último recenseamento geral
da população e habitação, o 3º, foi realizado em Março de 2009, e confirmou que
a Guiné-Bissau tinha 1.548.159
habitantes.
O novo recenseamento geral
da população, o 4º, deveria ser realizado no ano passado ou seja em 2019.
Segundo Carlos da Costa o
próximo recenseamento populacional está previsto para 2023, e Costa diz que é um processo que leva muito tempo, muita
logística pelo que deve ser bem preparado
para poder atingir o objetivo esperado.
Questionado sobre qual é o
benefício da comunidade internacional no processo de recenseamento geral da
população de cada país, Mendes da Costa respondeu que a intervenção da
comunidade internacional depende de certas informações de bases,nomeadamente o
número de necessitados do país, e que se
a comunidade internacional não tiver essas informações erradamente vão decidir sobre os apoios necessários a dar ao
país.
Carlos Costa ainda salientou que para além de se
conhecer o número da população do país o recenseamento permite conhecer as
características da população.
Aquele responsável explicou que
depois da promulgação do referido decreto a fase seguinte é a mobilização de
fundos para poder arrancar com atividades preparatórias entre os quais a
realização da cartografia, recenseamento piloto e por fim o próprio
recenseamento.
“No que diz respeito a
cartografia, temos a população espalhados ao nível de todo o território
nacional, mas para melhor fazer uma operação com êxito temos que dividí-los em
pequenas parcelas, que chamámos de destritos de recenseamento e que vai guiar
os recenseadores no terreno”, frisou.
Carlos Mendes da Costa reitera
que em todo o mundo o recenseamento é feito
de dez em dez anos, mas que na Guiné-Bissau essa programação sempre não é
feita, devido à dificuldades de vária ordem.
Estima-se que a População da
Guiné-Bissau tenha atingido já os dois milhões de habitantes.
Segundo os dados do último
recenseamento geral da população realizado no ano 2009, a Guiné-Bissau tinha
pouco mais de um milhão e 400 mil habitantes. ANG/DMG/ÂC//SG
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