Agricultura/Governo empenhado na implementação do Plano Nacional de Investimento Agrário ( PNIA)
Bissau,10 Ago 20(ANG) – O
Director Geral da Agricultura afirmou que o governo está empenhado na
implementação parcial da 2ª geração do Plano Nacional de Investimento
Agrário(PNIA),aprovado em dezembro de 2017 e orçado em cerca de 342 mil milhões
de francos CFA.
“O Plano Nacional de Investimento Agrário é um documento concebido ao nível da Guiné-Bissau inspirado no Plano sub-regional no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO. Foi elaborado a PNIA 1ª geração, e tendo expirado o seu tempo, os países membros desta organização entenderam que devem elaborar a 2ª geração do documento”, explicou, Júlio Malam Injai em entrevista exclusiva à ANG.
Aquele responsável explicou
que o PNIA 2ª geração foi elaborado com base no primeiro documento no qual foi
introduzido algumas melhorias em questões ligadas à género, segurança
alimentar, alterações climáticas entre outras.
Júlio Injai informou que o
PNIA dispõe de diferentes componentes, tendo em conta que a agricultura, no
sentido lato, integra a pecuária, floresta e no certo ponto as pescas.
“Portanto o PNIA foi
aprovado em 2017 e ficava para ser submetido à uma Mini Mesa Redonda de forma a
ser discutido com os doadores em que cada qual iria assumir os projectos a
financiar dentro do documento mediante a sua filosofia”, disse.
Informou que o Plano nunca
chegou de ser submetido aos doadores devido às constantes instabilidades
políticas, motivadas por alterações sucessivas dos governos.
Acrescentou que, contudo, o
PNIA está a ser implementado de forma parcial em diferentes projectos
concebidos pelo Ministério de Agricultura através de negociações bilaterais com
os parceiros.
Afirmou que neste momento
têm projectos de grande envergadura no domínio agrícola e que estão em curso de
alguns anos para cá, nomeadamente o Projecto de Apoio a Segurança Alimentar(PASA),
que já se encontra na sua fase final, financiado pelo Banco Oeste Africano de
Desenvolvimento(BOAD).
Malam Injai frisou ainda que
dispõe de outros projectos, nomeadamente de Promoção de Rizicultura à favor de
jovens, o de Apoio ao Desenvolvimento Económico das regiões do Sul, denominado
de PADES, sediado em Buba e o de Desenvolvimento da Cadeia de Valor de Arroz, em
implementação nas regiões de Bafatá e
Oio.
“Temos um outro projecto que
deverá arrancar brevemente denominado de PAC-Viar e que visa capitalizar as
acções que o PRESAR já tinha feito ou as que o Projecto de Desenvolvimento das
Comunidades(PDCV) está a executar neste momento.
“Portanto, esses conjuntos
de projectos inspiram-se nos documentos elaborados no âmbito do Plano Nacional
de Investimento Agrícola e que partiu da Carta de Política de Desenvolvimento
Agrícola existente desde os anos 1995, que foi seguido do Programa Nacional de
Segurança Alimentar, Programa Nacional do Desenvolvimento do Sector Pecuário,
da Floresta , agora modernizados e
integrados no PNIA”, explicou.
Perguntado sobre os
objectivos gerais do PNIA, Júlio Malam Injai disse que o seu primeiro
desafio é de garantir a segurança
alimentar, à longo período, acrescentando que não se pode falar da soberania de
um país sem garantir as populações a auto suficiência alimentar.
“Quando for garantida uma segurança alimentar para todos daí podemos dizer que estamos a combater a pobreza tendo em conta que a sua erradicação é a última meta a atingir”, disse aquele responsável.ANG/ÂC//SG
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