quarta-feira, 24 de julho de 2024

      Ensino/Direção do  Liceu Kwame N´krumah inaugura Site próprio  

Bissau, 24 Jul 24(ANG) – A Direção do Liceu Nacional Kwame N´krumah(LNKN) lançou hoje seu Site www.lkwamenkrumah.gw“, para além de  substituir o habitual quadro preto pelo Flip Chart (quadro branco).

A mesma direção ainda tem em manga a elaboração de um projeto para ter um auto-carro “Nha Escola Pertu di Mi” para o transporte de alunos, uma  Estátua do Patrono do liceu e a introdução de um sistema  de gestão da produção de certificados com código de verificação.

 No ato de lançamento Oficial do Site  o Secretário de Estado do Ensino, Djibirilo Djaló, em representação do ministro da Educação Nacional disse que todos têm o dever de garantir a qualidade às  crianças.

Djaló disse que este projeto representa  uma mudança significativa no sistema, e que espera que o mesmo seja implementado em todas as escolas públicas do país.

O Diretor-geral do LNKN, José Issa Baldé disse que os projetos ora lançados são resultados das ideias positivas assentes num pensar patriótico e dirigismo virado ao desenvolvimento, frisando que também é um marco histórico no sistema de ensino público guineense.

Issa Baldé acusou a empresa WORLD, que terá recebido  cerca de  800 milhões de francos cfa  para a reconstrução do edifício do LNKN, de não ter conseguido fazer a entrega do edifício remodelado conforme previsto.

Disse que conforme o acordo rubricado com Governo, a obra teria duração de seis meses, mas  já durou dois  anos.

Disse que alguém tem que ser levada a justiça e responsabilizado “por  burla ao Estado guineense”. 

José Issa Baldé agradeceu ao contingente militar do Gana, das Forças de Apoio  a Estabilização da CEDEAO em missão no país,  na pessoa do seu Comandante Boteng Bediako, por terem doado quadros (FLIP CHART) e ao Embaixador da República Popular da China, Yang Renhou que  entregou 30  Bolsas de Estudo interno aos alunos de todos os níveis do LNKN, no quadro da seleção dos melhores alunos do ano letivo 2023/2024.

Presente na cerimónia o  Embaixador da República Popular da China disse que é com grande prazer que está no evento para entregar os certificados de Bolsas de Estudo Internos aos alumos deste liceu e referiu que,  em 2021, a embaixada estabeleceu, pela primeira vez, a bolsa de estudo, tendo  beneficiado  mais de 600 alunos nesta escola segundária , e este ano aumentou o número de beneficiários para 30.


Yang Renhou disse que, se os jovens forem fortes, ricos, independentes e livres o país  também o será e prometeu que, no futuro, os melhores  alunos  terão a chance de conhecer e se formar na China.

Aquele diplomata disse  que o seu país tem um plano para a construção do primeiro Instituto para implementação da língua chinesa  na Guiné-Bissau, na escola Normal Tchico Té e diz que os  alunos do LNKN estão convidados para aprender a língua e a cultura chinesa.

O Comandante do Contingente Militar do Gana, da Missão de Apoio a Estabilização da Guiné-Bissau da CEDEAO, no país há um ano, Boteng Bediako prometeu  fazer uma conexão entre a direção do LNKN e as  autoridades ganesas, no sentido de fazer com os estudantes possam viajar pra conhecer de perto a história do Francis Kwame N´krumah, patrono do liceu guineense. ANG/JD/ÂC//SG



Economia
/Preços das moedas para quarta-feira, 24 de julho de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

602.000

609.000

Yen japonês

3.885

3.945

Libra esterlina

777.250

784.250

Franco suíço

677.250

683.250

Dólar canadense

435.500

442.500

Yuan chinês

82.500

84.000

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.500

166.250

Fonte:BCEAO


Reino Unido/Governo britânico deixa de usar barco para alojar requerentes de asilo

Bissau, 24 Jul 24 (ANG) - O Governo britânico anunciou terça-feira que vai acabar com a controversa utilização de um barco para alojar requerentes de asilo ao largo da costa sul de Inglaterra, como parte da revisão do sistema de imigração.


O governo trabalhista, que assumiu o poder no início deste mês, disse que o fim do contrato no final deste ano para o 'Bibby Stockholm' pouparia 20 milhões de libras (24 milhões de euros) em 2025. 

A medida faz parte de um plano mais vasto para poupar mais de 7,7 mil milhões de libras (9,2 mil milhões de euros) durante a próxima década, eliminando uma enorme acumulação de pedidos de asilo.

O uso do barco para alojar até 500 requerentes de asilo esteve rodeado de polémica desde que foi rebocado pela primeira vez para o porto de Portland, em Dorset, há um ano. 

O plano era funcionar como alternativa mais barata aos hotéis, numa altura em que o governo conservador tentava fazer face aos custos de alojamento de milhares de imigrantes e impedir a travessia do Canal da Mancha em barcos sem condições de navegabilidade.

A chegada foi recebida por manifestantes locais que não a queriam atracada na cidade e por outros que receberam bem os refugiados, mas que se opuseram ao que chamaram de “barcaça-prisão”.

Em agosto, a descoberta da bactéria legionela no abastecimento de água, que pode causar doenças graves, obrigou à evacuação do navio durante dois meses. 

Em dezembro, um imigrante albanês foi encontrado morto a bordo e acredita-se que se tenha suicidado.

“O Bibby Stockholm tornou-se o símbolo físico do tratamento desumano dado pelo último governo às pessoas que procuravam refúgio no Reino Unido”, afirmou o diretor executivo da organização humanitária Care4Calais, Steve Smith. 

A medida faz parte de uma revisão do sistema de imigração, no âmbito da qual o primeiro-ministro, Keir Starmer, abandonou o plano de deportações para o Ruanda do seu antecessor, Rishi Sunak. 

“Estamos determinados a restabelecer a ordem no sistema de asilo, a fazê-lo funcionar de forma rápida, sólida e justa e a garantir que as regras são corretamente aplicadas”, declarou a secretária de Estado para a Segurança das Fronteiras e o Asilo, Angela Eagle. ANG/Lusa

Clima/Alterações  sugerem aumento da frequência dos “fenómenos extremos"

 Bissau, 24 Jul 24 (ANG) - A Comissão Europeia prepara-se para o verão mais atípico na União Europeia com fenómenos meteorológicos extremos. "Nos últimos treze meses, a temperatura média do globo tem sido sempre superior aos valores médios.

Tudo indica que as alterações climáticas estão em curso e os cenários associados a uma situação de alteração climática sugerem o aumento da frequência dos fenómenos extremos", explica a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Ângela Lourenço.

RFI: Como é que se explicam estes cenários de alterações climáticas que sugerem condições meteorológicas cada vez mais extremas?

Ângela Lourenço: O que tem vindo a acontecer, principalmente neste último ano, é que a temperatura média da Terra tem vindo a aumentar e têm sido ultrapassados recordes todos os meses, o que indicia já um cenário em que a alteração do clima pode realmente estar em curso, com a informação de que nos últimos treze meses a temperatura média do globo tem sido sempre superior aos valores médios. São valores que estão a ser ultrapassados, principalmente a temperatura máxima, mas também na temperatura mínima. Face a esta situação, tudo indica que de facto, as alterações climáticas estão em curso e os cenários associados a uma situação de alteração climática sugerem o aumento da frequência dos fenómenos extremos. Quando digo fenómenos extremos, estou a incluir as secas mais prolongadas, tempo quente com episódios de onda de calor mais frequentes nos períodos de verão, mas também estou a falar de ocorrência de precipitação forte. Por exemplo nas situações de verão podem ocorrer, em simultâneo, haver regiões do mundo ou regiões, em particular da Europa, que estão a passar por uma situação de onda de calor, mas outros países, ao mesmo tempo, terem situações de precipitação forte. Estamos a falar de situações extremas; pode ser frio, frio extremo também, isto no Inverno. Este fenómeno extremo é um cenário previsto nas alterações climáticas incluem tanto o calor ou a temperatura elevada, mas também as temperaturas muito baixas que podem ocorrer e precipitação forte, nevões, ciclones tropicais. Tudo isso são de facto condições que neste momento estão em cenário. Nalguns países já se começa a perceber que é uma situação que já está a ocorrer e portanto, nestas condições, é normal não só a Comissão Europeia, como também os Estados-Membros e outros países do mundo começarem a adoptar e a preparar se, a adoptar medidas de mitigação e preparação para essas situações.

Como é que explica estas condições extremas num espaço geográfico tão próximo?

Isso tem a ver com as situações meteorológicas e os padrões meteorológicos que ocorrem numa determinada situação. É óbvio que, se o tiver condições iniciais que potenciam um fenómeno extremo e, como eu disse, o fenómeno extremo, podemos incluir uma situação de tempo quente, mas simultaneamente uma situação de chuva forte. Se as condições iniciais potenciam fenómenos extremos é óbvio que, onde está previsto que ocorra precipitação, ocorra chuva, essa chuva pode ser muito forte. Onde está previsto que ocorra tempo quente, essas temperaturas poderão ser muito elevadas. Nós temos num espaço vasto, por exemplo, a Europa; podemos ter situações mais a norte, por exemplo, de passagem de superfícies frontais frias e na região mais a sul da Europa temos o anticiclone ou regiões estabilidade que sugerem situações de tempo mais quente. Ora, se as situações iniciais no Sul sugerem tempo quente, no Norte sugerem uma chuva, a passagem de uma superfície frontal fria, o que pode acontecer é, em simultâneo, nos termos a zona mais a norte da Europa, com chuva mais intensa e a zona mais a sul com as temperaturas mais elevadas. O fenómeno meteorológico no fundo, inicialmente teria previsto, fica potenciado para ser mais gravoso.

Não esquecer também que estes padrões de que fala, os padrões meteorológicos variam de ano para ano?

Exacto. Estes padrões meteorológicos todos nós já passámos por qualquer estação do ano e reconhecemos e identificamos este inverno este ano é mais ameno ou este inverno, este ano mais frio ou este verão é mais húmido ou o verão é mais quente e seco. Todos os anos vamos tendo variações nos padrões meteorológicos que dão origem a um estado do tempo que vai realmente variando de ano para ano. O que acontece é que muitas vezes temos situações que, não sendo necessariamente extremas são situações que fazem parte da variabilidade climática, ou seja, nem todos os anos são iguais. O que nos ajuda a perceber é que a definição de clima vai englobar todas estas estações do ano; verão ou inverno, primavera, etc. Vai englobar e vai se fazer uma estatística, obtendo uma média. Normalmente em meteorologia estas medidas são de 30 anos, o que significa que depois à medida que vai avançando na estação do ano, vamos comparando com a média. E, claro, ela será sempre um bocadinho mais quente que o normal ou um bocadinho mais frio que o normal ou muito próximo do normal. Mas de facto, todos os anos temos estações do ano que são ligeiramente diferentes. O que pode acontecer no futuro. É de facto haver aqui padrões meteorológicos que se podem tornar mais frequentes ou fazer com que, quando nós juntarmos vários anos em conjunto para obter uma nova média, vamos obter um padrão climático diferente.

Há um aspecto também que tem que ver com a nossa memória ser mais curta?

É verdade porque o ser humano tem limitações de memória e é normal. Muitas vezes já não nos lembramos de quando tínhamos cinco anos ou quando tínhamos dez anos. Como é que tinha sido o outono desse ano, a não ser que tenhamos vivido um episódio particular, mas normalmente vamos esquecendo. O que acontece é que é preciso perceber quão anómalo um determinado ano ou uma determinada estação do ano, seja verão, inverno, primavera, etc. Quão enorme é o afastamento e, portanto, quão diferente ele é da média, porque, de facto, perdemos essa memória e essa memória já não acompanha isso tudo e só nos lembramos, se calhar, dos anos mais recentes e portanto, temos dificuldade em perceber se de facto, há 20 anos atrás ou há 25 anos atrás, se houve um verão semelhante ou não houve um verão semelhante.

Estamos a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos de Paris. Os organizadores estão preocupados com a segurança dos atletas e do público devido às temperaturas que podem atingir níveis muito altos. Quais é que são as medidas de precaução que podem tomar?

Em relação aos atletas e óbvio que são atletas muito especiais, são atletas de alta competição e, portanto, têm medidas  muito específicas. E para cada modalidade, com certeza que existirão medidas de protecção que ainda assim são diferentes. E eu creio que as medidas de protecção são na realidade genéricas para todos os cidadãos. Todas aquelas medidas que preservam a hidratação: hidratar se as pessoas beberem bastante água e estarem à sombra nas horas mais críticas do dia. Não só preservando essa hidratação, mas também a preservar a questão das cautelas das queimaduras solares. Isto são situações que se aplicam a toda a gente, inclusivamente para os atletas, embora, como eu disse, atletas de alta competição depois têm aspectos muito particulares e cada um a ter as suas medidas mais específicas. De facto a hidratação e procurar locais de sombra ou zonas mais frescas, que pode ser inclusivamente no interior de edifícios, como seja, por exemplo, os centros comerciais. Estes são os aspectos mais significativos: procurar a sombra no período do dia mais quente e procurar estar sempre hidratado.ANG/RFI

Pequim/ Hamas anuncia acordo de “unidade nacional” com seus rivais palestinianos

Bissau, 24 Jul 24 (ANG) - O Hamas anunciou  terça-feira, 23 de Julho, ter assinado em Pequim um acordo de “união nacional” com outras organizações palestinianas, nomeadamente a rival Fatah. De acordo com as autoridades chinesas, o texto visa uma governação comum após a guerra em Gaza. 


Um total de 14 facções esteve reunida nos últimos dias em Pequim, no quadro de uma nova tentativa de retoma de diálogo entre os diferentes actores da cena política palestiniana.

De acordo com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que esteve reunido com um alto responsável do Hamas, Moussa Abou Marzouk, assim como o enviado especial do movimento palestiniano Fatah, Mahmoud Aloul, foi alcançado um acordo que prevê a criação de um “Governo interino de reconciliação nacional”.

Mahmoud Aloul agradeceu o “apoio infalível” de Pequim aos palestinianos. Por seu lado, Moussa Abou Marzouk, reiterou que “o caminho a seguir para completar este processo é a unidade nacional”.

A China-que desempenha o papel de mediadora no conflito- saudou o acordo, sublinhando que “a reconciliação é uma questão interna das facções palestinianas, mas ao mesmo tempo não pode ser alcançada sem o apoio da comunidade internacional”.

Pequim apelou outros países a apoiarem este potencial novo Governo palestiniano para que possa “controlar efectivamente Gaza e a Cisjordânia”.

Israel e os Estados Unidos já vieram dizer que não vão apoiar nenhum plano pós-guerra que inclua o Hamas, organização que consideram terrorista. Todavia, o responsável pela diplomacia chinesa lembrou que “são os próprios palestinianos que devem administrar a Palestina”. A China mantém boas relações com Israel, mas também apoia a causa palestiniana e faz campanha por uma solução de dois Estados.

O anúncio deste acordo ocorre mais de nove meses após o início da guerra em Gaza. A 7 de Outubro, comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, no sul de Israel, realizaram um ataque sangrento que resultou na morte de 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em grande escala em Gaza, que já fez mais de 39 mil mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Governo de Gaza liderado pelo Hamas. ANG/RFI

EUA/Investigadora aponta Michelle Obama como “único nome com força para derrotar Donald Trump”

Bissau, 24 Jul 24 (ANG) - A pouco mais de 100 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden abandonou a corrida eleitoral e declarou apoio à vice-presidente, Kamala Harris, para ser a candidata do Partido Democrata.

A investigadora Diana Soller diz que “o único nome com força para derrotar Donald Trump é o de Michelle Obama” e sublinha que a renúncia de Biden “era inevitável” e “peca por tardia”.

Este domingo, Joe Biden, o mais velho Presidente da história dos Estados Unidos, com 81 anos, anunciou desistir da sua recandidatura e declarou o apoio à sua vice-presidente, Kamala Harris, para ser a candidata presidencial do Partido Democrata.

Diana Soller, Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais e coautora do livro “Donald Trump: O Método no Caos”, considera que “o único nome com força para derrotar Donald Trump é o de Michelle Obama”, ainda que sublinhe que “até agora” pareça haver uma preferência por Kamala Harris no Partido Democrata. A investigadora diz que a renúncia de Joe Biden não é uma surpresa porque “era inevitável” e “peca por tardia”. Por isso, o partido tem de se recompor em tempo recorde para poder pesar face ao candidato republicano Donald Trump.

RFI: A renúncia de Joe Biden era uma decisão inevitável ou acabou por ser surpreendente?

Diana Soller, Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais: Era uma decisão inevitável. Aliás, é uma decisão que, do meu ponto de vista, peca por tardia. Ou seja, desde o dia 27 de Junho, quando ocorreu o debate entre Joe Biden e Donald Trump, percebeu-se de forma inexpugnável que era preciso um novo candidato democrata, que Joe Biden não tinha capacidade nem para fazer campanha, nem para fazer um novo mandato. E até houve quem perguntasse quem estaria a governar a América nos últimos tempos porque aquilo não aconteceu de um momento para o outro, como é evidente. Portanto, era preciso que Joe Biden renunciasse à sua recandidatura.

Não, não tem nada de surpreendente. Houve uma série de pressões, quer relativamente aos senadores, congressistas e governadores que também estão na corrida de 5 de Novembro para que Biden não os representasse porque sentiram que podiam ser prejudicados pela candidatura de Biden. Houve muitas pressões da parte da cúpula do Partido Democrata, nomeadamente os Obama, Nancy Pelosi e outros líderes do Partido Democrata que acharam que Joe Biden não tinha condições para ganhar as eleições. E, finalmente, houve uma grande pressão por parte de um conjunto significativo de doadores que ameaçaram retirar os donativos caso Joe Biden se mantivesse na corrida.”

Não é uma surpresa, mas não deixa de ser um sismo político…

“Eu acho que a desistência em si não é um sismo político. O sismo político aconteceu precisamente no dia 27 [de Junho]. Agora, evidentemente, que há todo um aparato do Partido Democrata que vai ter que se recompor e que se restabelecer rapidamente. Aparentemente, pelo menos até agora, parece haver uma preferência grande pelo lugar de Joe Biden ser ocupado por Kamala Harris, mas ainda nem disso há a certeza. Há o ‘endorsement’, mas ainda não há certeza.”

A Convenção Democrata é em Agosto. Até lá vai-se saber quem é o candidato? Apesar de Joe Biden ter apontado Kamala Harris, quem é que se segue?

“Nós não sabemos exactamente quem é que se segue. Aquilo que muitos democratas gostariam que acontecesse é Michelle Obama que, apesar de não ter experiência política, parece que faz nas sondagens o melhor resultado possível para os democratas. Há de haver uma parte do partido - que é a parte do partido que Kamala Harris representa, que é a parte mais radical - que vai querer a manutenção de Kamala Harris e há uma parte do partido que gostaria que o seu representante fosse alguém com mais experiência política que Michelle Obama e com uma posição menos radical perante a política que Kamala Harris. Aí aparecem nomes como o do governador da Califórnia, da governadora da Pensilvânia, que são nomes que são mais consensuais nesse aspecto. O problema desses nomes é que são nomes absolutamente desconhecidos para a maioria do público americano.”

Quem é que teria força face a Donald Trump a pouco mais de três meses das eleições presidenciais?

“O único nome com força é o de Michelle Obama. Mesmo Kamala Harris, que faz relativamente bem nas sondagens, não parece ter força para derrotar Donald Trump. Michelle Obama também não seria evidente que ganharia a Donald Trump, mas parece ser a única candidata ou a única possível candidata que tem essa capacidade, o que é muito má notícia para o Partido Democrata porque quando a única candidata que pode ser eficaz na corrida contra Donald Trump é alguém que tem zero experiência política no seu currículo, a não ser o facto de ter sido casada com o presidente dos Estados Unidos, isso não é uma boa notícia. Não é.

É um sinal de que não houve efectivamente uma renovação no Partido Democrata, como aliás, o Partido Republicano está a tentar fazer agora com J.D. Vance. O que houve foi um ‘ticket’ Biden-Kamala Harris que pretendia, no fundo, fazer o pleno do Partido Democrata, ou seja, agradar a todas as sensibilidades. Esses ‘tickets’ são eficazes, acontecem com alguma frequência em ambos os partidos, mas o problema é se o Presidente falha, ou seja, acaba por se entregar o país a uma sensibilidade política minoritária e que pode não ser positiva e não o é, do meu ponto de vista, para o futuro do Partido Democrata e dos Estados Unidos da América. O que acaba por acontecer é que o Partido Democrata cai na sua própria armadilha de querer agradar a todos, querer não criar fissuras dentro de um partido que por si só já está muito dividido e acaba por criar uma fissura muito maior e muito mais difícil de resolver. Mas isto são as circunstâncias políticas, não é? Não há boas decisões.”

Diz que Michelle Obama é a única que teria força face a Donald Trump…

“É o que dizem as sondagens.”

Mas Joe Biden apontou Kamala Harris, ou seja, ela conta com essa força. Quando é que vamos saber quem será, de facto, a/o candidata/o democrata?

“Uma coisa de cada vez. Em primeiro lugar, Joe Biden fez o ‘endorsement’ [apoio] da Kamala Harris porque não tinha outra hipótese. Não se pode escolher alguém para vice-presidente - e supostamente escolhe-se para vice-presidente quem nós achamos que é mais competente para o lugar - e depois não fazer um ‘endorsement’ dessa figura no momento de retirada. Portanto, Joe Biden não tinha propriamente nenhuma opção. Agora, o ‘endorsement’ de Joe Biden neste momento só vale do ponto de vista eleitoral. Joe Biden vai desaparecer do Partido Democrata e, na realidade, nós continuamos sem saber o que é que vai verdadeiramente acontecer.

Segundo as regras da democracia americana, nós só vamos ter um líder ou uma líder consagrado na Convenção Democrata. O que é que acontece? Há primárias e são primárias do ‘winner takes it all’ ou praticamente todas são primárias do ‘winner takes it all’ e Joe Biden ganhou todas as primárias. Portanto, tem cerca de 95%, 96% dos delegados que votaram nele e, por maioria de razão, esses delegados deveriam votar em Kamala Harris que é a pessoa escolhida por Biden.

No entanto, as circunstâncias são tão excepcionais que pode haver alguém - e vamos saber isso nos próximos dias - que desafie Kamala Harris, o que não é o mesmo que desafiar Joe Biden, porque, na verdade, as pessoas não votaram nas primárias em Kamala Harris, votaram em Joe Biden. Se houver esse desafio, vai haver uma mini contenda política entre Kamala Harris e quem quer que a desafie que vai resolver-se em Agosto na Convenção Democrata, segundo as regras da democracia americana.

Agora, até isso acontecer, há duas hipóteses: ou não há desafio de todo e Kamala Harris começa a fazer campanha como a candidata democrata não entronizada ainda porque vai precisar dessa convenção de Agosto. Ou vai começar uma contenda política nos próximos dias se houver um desafio a Kamala Harris e, aí, até Agosto vamos ter uma mini campanha eleitoral entre democratas para escolher qual é o candidato que vai representar o Partido Democrata nas eleições de Novembro.”

Falou em Kamala Harris e falou em Michelle Obama. Ambas são mulheres. Mulheres não brancas. Que é que estas mulheres têm que pese contra Donald Trump, se é que pode realmente pesar contra ele?

“Isso é que é a questão. É difícil e não tem a ver com o facto de serem mulheres, tem a ver com o facto de serem candidatas que chegam muito tarde à corrida.”

O que quer dizer? Que a eleição já está fechada?

“Não. A eleição nunca está fechada até ao dia em que os votos são contados ou que os votos são postos nas urnas. Agora, para sermos completamente realistas, uma candidata ou um candidato que chega quatro meses antes das eleições, quando a campanha eleitoral já decorre há bastante tempo, tem menos condições de ganhar as eleições que um candidato que concorre desde o princípio.

Quais são as forças de cada uma delas? Michelle Obama é muito popular entre o eleitorado democrata. Kamala Harris não cometeu nenhum erro excepcional enquanto vice-presidente, apesar de ter sido uma vice-presidente com muito pouca presença na política norte americana. Quer dizer, nenhuma delas tem uma força extraordinária que possa derrotar Donald Trump. Não tem nada no sentido de podermos apontar uma característica que pode pôr Trump em maus lençóis. Até porque o eleitorado nos dias de hoje está muito dividido e não tende a mudar de partido, tende é a não votar num candidato se não gosta dele.

Ou seja, os democratas tendem em não ir votar num outro candidato que não seja aquele que eles escolheram. Poderiam tender em não votar em Joe Biden porque ele estava com a saúde muito frágil, não quer isso dizer que passa o voto para Donald Trump e vice-versa.

Aquilo que seja quem for tem que fazer é convencer o eleitorado a levantar-se do sofá no dia 5 de Novembro a ir votar. Se Kamala Harris ou Michelle Obama têm essa capacidade, é muito cedo para saber. Agora, evidentemente que partem em desvantagem relativamente a alguém que está a pedir ao seu eleitorado que se levante da cadeira há um ano e tal, não é? Isso é inevitável, são as ironias da história.” ANG/RFI


     Seul
/Balão da Coreia do Norte cai no recinto presidencial do Sul

Bissau,  24 Jul 24 (ANG) - A Coreia do Norte enviou hoje mais balões em direção à Coreia do Sul e pelo menos um, carregado de lixo, caiu no recinto do gabinete presidencial, disse o Serviço de Segurança Presidencial.

O Serviço de Segurança Presidencial, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, disse ter descoberto lixo caído nos terrenos do complexo presidencial enquanto monitorizava o último lote de balões lançados pelo Norte no início do dia.

“Uma investigação da equipa de resposta química, biológica e radiológica mostrou que os objetos não representavam perigo ou contaminação, pelo que foram recuperados”, afirmou aquele serviço.

“Continuamos a monitorizar em cooperação com o Estado-Maior Conjunto”, acrescentou.

Balões norte-coreanos também terão caído nas instalações do Ministério da Defesa sul-coreano, informaram meios de comunicação social locais citados pela agência de notícia Associated Press (AP).

Trata-se do décimo lançamento deste tipo efetuado pela Coreia do Norte desde o final de maio. Os mais de dois mil balões gigantescos lançados em direção à Coreia do Sul transportavam papel, restos de tecido, pontas de cigarro e até excrementos.

Pyongyang tem afirmado que esta é uma resposta ao envio para a Coreia do Norte de balões com panfletos políticos por parte de ativistas sul-coreanos.

Especialistas disseram que Pyongyang considera estes lançamentos civis sul-coreanos uma ameaça aos esforços para impedir a entrada de notícias estrangeiras e à manutenção do regime autoritário.

Em reação ao envio dos balões, Pyongyang destruiu um gabinete de ligação sul-coreano em território norte-coreano, em 2020, e noutra ocasião disparou contra os balões, escreveu a AP.

Os balões norte-coreanos não causaram graves prejuízos, mas suscitaram preocupações de segurança, receando-se que a Coreia do Norte possa utilizá-los para lançar materiais perigosos, como agentes químicos e biológicos.

No domingo, a Coreia do Sul disse que, em resposta aos balões com lixo, está a intensificar a emissão de propaganda anti-Pyongyang a partir de altifalantes ao longo da fronteira terrestre.

Na quinta-feira, Seul reiniciou as emissões através dos altifalantes, pela primeira vez em cerca de 40 dias.

Observadores referiram que estas emissões podem desmoralizar as tropas norte-coreanas na linha da frente e os residentes da zona fronteiriça.

Em 2015, a Coreia do Norte disparou projéteis de artilharia para o outro lado da fronteira, em reação às emissões de propaganda da Coreia do Sul, o que levou Seul a ripostar.

O porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Lee Sung-joon, afirmou que as emissões sul-coreanas em curso incluem temas K-pop (pop coreano) e notícias sobre o desenvolvimento económico da Coreia do Sul.

'Media' sul-coreanos referiram também que são transmitidas notícias sobre a recente deserção de um diplomata norte-coreano para o Sul, além de outras que apelidam o trabalho de colocação de minas, efetuado pelos soldados norte-coreanos na fronteira, de “vida infernal e escrava”.

As forças armadas da Coreia do Sul alertaram para outras medidas mais fortes caso o Norte prossiga com o envio de balões.

No vizinho Norte, Kim Yo-jong, a poderosa irmã do líder, Kim Jong-un, ameaçou com novas medidas contra os folhetos sul-coreanos e avisou que "a escumalha” sul-coreana deve estar pronta a pagar “um preço horrível e caro” pelas ações.

ANG/Lusa

   Justiça/Tribunal Militar manda libertar acusados do caso 01 de fevereiro

Bissau, 24 Jul 24 (ANG) – O Tribunal Militar Superior (TMS)  ordenou a libertação imediata de cerca de 50 civis e militares acusados de tentativa de golpe de Estado no dia 01 de fevereiro de 2022, lê-se num acórdão terça-feira publicado.

Segundo  a Lusa , refere-se que o TMS deu como procedente o recurso de agravo da defesa dos detidos, que entre outros fatos, questiona a forma como foi constituído o Tribunal Militar Regional para o julgamento daquelas pessoas.

A defesa alega que a constituição do tribunal tem, entre outros, o “vício” de o juiz relator do processo ser um assessor jurídico do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan.

Alega ainda que 17 dos 50 detidos tinham ordens de libertação emitidas por um Juiz de Instrução Criminal (JIC) e pelo Ministério Público por não existirem quaisquer indícios sobre si, mas que nunca foram cumpridas.

No acórdão terça-feira divulgado, assinado por três juízes do TMS (equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça civil), lê-se que aquela instância considerou “parcialmente procedente” o recurso da defesa dos 50 detidos.

Aquele tribunal ordena a “libertação imediata” dos 17 detidos que não tinham sido acusados por falta de indícios de envolvimento na tentativa de golpe de Estado.

Neste grupo figuram, entre outros militares, o general Júlio Nhate Sulté, ex-chefe do regimento dos ‘Comandos’ e à data da sua detenção, fevereiro de 2022, responsável pela Escola Militar de Cumuré.

O TMS ordenou igualmente a revogação da prisão preventiva aplicada aos suspeitos acusados de envolvimento na tentativa de golpe, “por ultrapassar de longe os prazos legais da sua duração”, e determinou que sejam restituídos à liberdade.

O acórdão ordena ainda ao tribunal competente no processo que aplique “outras medidas de coação adequadas ao caso concreto de cada suspeito, aguardando a audiência e julgamento”.

Entre os envolvidos neste processo figura o ex-chefe da Armada guineense, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, considerado pelo poder político como o líder da intentona do golpe militar.

No acórdão refere-se ainda que a composição do tribunal que vai julgar os suspeitos deve ser feita de acordo com a lei em vigor na Guiné-Bissau.

Em duas ocasiões, um tribunal militar marcou a sessão de julgamento dos detidos, mas a defesa sempre alegou a ilegalidade daquela instância que considera ter sido composta por pessoas sem formação na área de direito.

Dos cinco membros do coletivo de julgamento, apenas um tem formação em direito e seria também o relator do processo e assessor do chefe das Forças Armadas, segundo a defesa dos detidos.

O TMS rejeitou as alegações da defesa em relação à suspeição do juiz relator do processo.

Um dos advogados da equipa de defesa dos detidos disse à Lusa que, na quarta-feira, um grupo de advogados vai entrar em contacto com o tribunal que estava a julgar os detidos e um outro grupo vai proferir uma conferência de imprensa.

Os detidos são acusados pelo Ministério Público civil de terem disparado armas de fogo contra membros do Governo e o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo, no dia 01 de fevereiro de 2022, que se encontravam reunidos em Conselho de Ministros.

Da ação, morreram 12 pessoas, na maioria guardas presidenciais.

O Presidente guineense e o Ministério Público civil consideraram tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado.ANG/Lusa

terça-feira, 23 de julho de 2024

Dia Mundial do Alfaiate/”Não é difícil ser costureiro na Guiné-Bissau, o essencial é ser profissional”, diz Mário Nilson Gomes(Nitchon)

Bissau, 23 Jul 24 (ANG) – O veterano costureiro guineense Mário Nilson Gomes vulgo (Nitchon), defendeu hoje que trabalhar como um costureiro na Guiné-Bissau não é nada difícil, acrescentado por outro lado que o importante é mostrar o profissionalismo com os seus clientes.

Nitchon falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), alusivo a comemoração do Dia Mundial dos Alfaiates e da Modista, que se assinala hoje, 23 de Julho.

Descreveu que para conseguir sucesso, a pessoa deve ser certa no seu trabalho, porque só assim é que pode atrair confiança dos seus clientes.

“Sobre a entrega do trabalho encomendado à tempo, existe sempre problema entre as partes, porque por vezes, o cliente pede que a sua roupa seja costurada da forma que desejar, e o alfaiate as vezes comete falha”, salientou.

Adiantou que, mesmo que a roupa seja trabalhada de maneira recomendada, alguns clientes por vezes reclamam que não foi assim que pediram que a sua roupa seja feita, frisando que, entretanto têm que ser mais compreensivo com os clientes.

Perguntado sobre as suas deficuldades e como consegue as suas matérias primas, Nitchon disse que as vezes se a sua Alfaiataria consegue um contrato com as escolas ou partidos políticos e assim como das ONGs, toda a matéria prima para a execução dos referidos trabalhos, são encomendadas no exterior tendo em conta que os preços estão mais acessíveis.

“Mais de 40 jovens aprenderam a costurar na minha Alfaiataria, alguns já se encontram no estrangeiro como emigrantes, e outros foram estudar com o apoio de Alfataria”, informou.

Mário Nilson Gomes disse que deu os seus primeiros passos como costureiro nos anos 87, como sendo ajudante de campo dos alfaiates mais velhos na altura, a partir deste período até a data presente ele continuou firme no seu trabalho.

“Hoje em dia, sou dono de uma Alfaiataria com alcunha do meu nome e que imprega jovens e veteranos, situada na residência dos meus familiares no Bairro de  Cupelum de Cima.ANG/LLA/ÂC


Escassez de arroz/
Secretário-Geral da Acobes afirma que o problema será ultrapasado em breve

Bissau,23 Jul 24(ANG) - O Secretário–Geral da Associação Nacional dos Consumidores Bens e Serviços (Acobes), afirmou hoje que o problema da escassez do arroz no mercado nacional pode ser ultrapassado ainda nesta terça-feira.

Bambo Sanha deu estas garantias numa entrevista à ANG sobre a falta desse produto mais consumido pelos guineenses, salientando que confirmaram esta realidade segunda-feira com uma das empresas importadora denominada de ADG Comercial que deu garantia que muitos comerciantes já facturaram para aquisição do arroz para o abastecimento no mercado.

Este responsavél disse que a crise do arroz no mercado foi causada pela demora de atracagem do barco no porto de Bissau, situação que prevalece desde o mês de maio.

“Esta longa espera acarreta o custo adicional ao importador e nós da Acobes fizemos denúncias para alertar as autoridades nacionais a darem prioridade de descarga dos produtos da primeira necessidade sobretudo o arroz”, salientou Bambo Sanha.

Disse que, em função da demora do barco para atracar e descarregar o arroz ,fez com que as despesas aumentaram uma vez que cada dia os importadores pagam a estadia do navio no porto.

“No final da descarga as empresas importadores emitiram um documento ao Governo no sentido de ser compensado  despesas adicionais  para poder manter o preço do arroz o que levou um tempo criando a roptura deste produto no mercado”,explicou.

Isso segundo Sanha,  levou certos comerciantes a especularem o preço do arroz sobretudo o do tipo perfumado “grosso” que chegou a ser vendida até 27 mil francos CFA em vez de 24 mil francos.

“Por isso segundo ele, deve-se mudar a política do porto de Bissau em relação a descarga dos produtos da primeira necessidade uma vez que tem um impacto muito grande no mercado nacional, produzindo um resultado muito negativo a nível dos consumidores.

Sanha aconselhou o governo a mudar a sua politica no sector da produção agricola, acrescentando que o país não pode continuar a depender quase totalmente do exterior no que concerne a este produto, uma vez que o país tem tudo para produzir internamente através de uma agricultura mecanizada, bem como aumentar a capacidade do porto para poder receber mais navios ao mesmo tempo tornando-o mais competitivo.

Bambo Sanha mostrou-se preocupado em relação aos produtos congelados importados, nomeadamente frangos, devido as notícias que circulam no Brasil de que existe problema da doença das aves no sul do Brasil e uma  vez que a Guiné-Bissau importa estes produtos daquele país.

“Por isso alertamos aos consumidores guineenses a terem muito cuidado com produtos que circulam nos mercados sobretudo os congelados devido a esta doença porque o Brasil já interditou a exportação destes produtos em 44 países, por isso chamamos atenção as autoridades competentes nesse sentido “, avisou Bambo Sanha.

Sanha pediu que seja estancada a saída neste momento destes produtos nas Alfândegas enquanto esta a ser feito o trabalho de levantamento e pesquisa para descobrir a origem e estado destes produtos congelados.ANG/MSC/ÂC

           Ordem dos Médicos/ Nova direção toma posse no mês de Agosto

Bissau, 23 jul 24 (ANG) - O Presidente da Comissão Provisória da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau  anuncia a tomada de posse da nova direção da organização, eleita recentemente no  seu Congresso Extraordinário, no dia  02 de Agosto do ano em curso.


A informação foi avançada, por Silvio Coelho em declarações à imprensa, a saída de um encontro segunda-feira com a Presidente da República da República, que serviu para lhe agradecer pelo a apoio que deu a Ordem dos Médicos e pela mediação que fez no seio da classe, devido aos anuâncias que organização enfrentou, depois das eleições do ano passado entre as partes.

Disse que, graças a intervenção do chefe de Estado, conseguiram chegar um consenso extra judicial, que permitiu a realização da eleição para eleger o novo Bastonário de Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau.

Para além disso, Silvio Coelho revelou  que aproveitaram a ocasião convidar o Chefe de Estado para presidir a cerimónia de tomada de posse do novo Bastonário, que terá lugar no proximo dia 02 de Agosto, o convite que o Chefe de Estado aceitou.

O Presidente da Comissão Provisória da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau disse que apresentaram ainda ao Umaro Sissoco Embalo as suas preocupações, enquanto uma organização sócio profissonal, sobre alguns assuntos de vida pública, sobretudo do sector da saúde.

Em relações a falta de materiais no Hospital Nacional Mendes, revelada pelos diferentes responsáveis dos serviços  que compõe aquele estabelecimento sanitário, Silvio Coelho disse que abordaram o assunto com o Presidente Sissoco Embalo, que prometeu tomar deligencias para pôr cobro a esta situação. ANG/LPG/ÂC