Invasão/Nova ronda de negociações entre ucranianos e russos
Bissau, 03 Mar 22 (ANG) - Uma delegação ucraniana deve iniciar uma nova ronda de negociações com os russos na Bielorrússia esta quinta-feira, 2 de Março, depois de as negociações de segunda-feira não produzirem resultados.
Ao oitavo dia de
ofensiva militar russa na Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada
de Kherson pelos russos, enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de
intensos combates.
Em entrevista ao canal de televisão
português SIC, o analista político português Germano Almeida defendeu que estas
negociações não têm credibilidade, salientando que “só com negociações de boa-fé este conflito, que não pára de escalar,
pode ser travado”.
Nestas negociações Moscovo exige "o reconhecimento da soberania russa
sobre a Crimeia, a conclusão da desmilitarização e desnazificação do Estado
ucraniano e a garantia de seu status neutro", como pré-requisito
para qualquer acordo.
Por sua vez, a Ucrânia exige a Moscovo a
retirada total russa do Donbass. O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr
Zelensky, voltou a apelar ao fim da ofensiva militar russa no país.
Ao oitavo dia de ofensiva militar russa na
Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada de Kherson pelos russos,
enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de intensos combates. Moscovo
reivindica ainda o controlo da área da Central Nuclear de Zaporizhzhia.
As autoridades de Kiev afirmam que mais de
2.000 civis perderam a vida, incluindo crianças. A Rússia fala em 498 soldados
mortos e 1.597 feridos desde o início da ofensiva na Ucrânia.
Segundo a ONU, os ataques já provocaram
mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria,
Moldávia e Roménia, desde o início da ofensiva militar russa, lançada na
madrugada de 24 de Fevereiro, na Ucrânia. ANG/RFI
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