Ambiente/”Guiné-Bissau
aposta na protecção dos mares”, afirma ministro do Ambiente, Biodiversidade
e Acção Climática
Bissau,19 Abr 24(ANG) - A
protecção dos oceanos é um tema candente à escala planetária e tem estado no
centro de uma série de reuniões internacionais. É o caso da nona conferência
alusiva "O nosso oceano" da semana passada na Grécia.
A Guiné-Bissau fez-se
representar pelo ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática Viriato Cassamá.
A conferência sobre a
protecção dos oceanos "O nosso Oceano", decorreu em Atenas a 16 e 17
de Abril de 2024.
Viriato
Cassamá, ministro guineense do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática
conta que as dinâmicas em curso em prol da protecção dos mares, é uma iniciativa global que visa preservar
os oceanos. Porque os oceanos constituem um recurso inestimável para todo o
mundo e a forma como os recursos naturais têm estado a ser explorados e a forma
como os oceanos têm estado a ser utilizados preocupa o mundo.
“Nesse
sentido, houve várias conferências internacionais sobre os oceanos e este anos
estamos a realizar a 9a Conferência Internacional sobre os
Oceanos”, salientou.
O
governante guineense disse que é muito importante para todos os países costeiros
e países insulares que se envolvam com muita força nesta iniciativa global,
porque os os recursos marinhos devem ser protegidos, devem ser conservados e
devem ser geridos de forma a poder servir não só a nossa geração como também a
geração futura.
“Vamos ver, então, como é
que a Guiné-Bissau se posiciona quanto a estas questões”, frisou Viriato
Cassamá, ministro guineense do ambiente que interveio em dois debates em
Atenas, um deles do PRCM, o Programa Regional Costeiro Marinho, que engloba
desde a Mauritânia até à Serra Leoa.
"A
minha intervenção vai no sentido de mostrar o que é que a Guiné-Bissau tem na
manga para cumprir o objectivo 30/30 do Quadro Global da Biodiversidade. Neste
momento temos 26,3% do nosso território nacional, como as áreas protegidas, e é
a meta 30/30 diz que até 2030, todos os países partes da convenção devem ter
pelo menos 30% do seu território nacional como áreas protegidas”, afirmou.
Adiantou
que, a Guiné-Bissau neste momento já conta com 26,3% e dentre esses 26,3%, 12,6
são áreas marinhas protegidas e 13,7 são áreas protegidas terrestres. E dentro
dessas áreas protegidas terrestres, a Guiné-Bissau conta com uma cobertura
florestal de 10% do Mangal e entre esses 10%, 29% da floresta do Mangal
encontra-se dentro dessas áreas protegidas.
“E
nós sabemos que temos os desafios a enfrentar relativamente ao atingimento
desta meta 30/30 Mas o país tem implementado diversas iniciativas, que posso
citar.E no mês de fevereiro último nós entregámos a nossa candidatura ou então
a candidatura do arquipélago dos Bijagós como Património Natural Mundial da
UNESCO."
Sublinhou Cassamá.
Informou que, esta
acção visa proteger e preservar um dos ecossistemas mais ricos e diversos do
país. Uma outra acção que temos estado a empreender é a criação de um santuário
ecológico ao redor de algumas ilhas do arquipélago dos Bijagós, cobrindo 0,26%
do território nacional. E esta acção também visa proteger as espécies
vulneráveis e seus habitats. Por exemplo, as tartarugas marinhas.
Uma
terceira acção que a Guiné-Bissau tem estado a empreender, de acordo com
Viriato Cassama, é a criação da Segunda Reserva da Biosfera no Complexo do
Cacheu e nas ilhas costeiras do Geta-Pecixe, abrangendo 11,7% do território
nacional. Esta iniciativa visa promover, de um lado, o desenvolvimento
sustentável e, por outro lado, a conservação da biodiversidade."
"Nós
implementamos políticas e regulamentos para proteger os nossos ecossistemas
marinhos, combatendo assim a pesca ilegal e promovendo práticas sustentáveis. E, além disso, o que acabei de frisar, temos
estado a fortalecer as nossas parcerias, tanto a nível regional como a nível
internacional, para podermos partilhar informações e recursos na luta contra as
ameaças transnacionais, como por exemplo, tráfico de droga e tráfico das
pessoas humanas." Salientou.ANG/RFI
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