EUA/Zelensky diz que ajuda dos EUA mostra que Ucrânia não será "segundo Afeganistão"
Bissau, 21 Abr 24(ANG) -
O pacote de ajuda norte-americana à Ucrânia aprovado no sábado na Câmara dos
Representantes mostra que o país não será "um segundo Afeganistão",
afirmou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à NBC.
"Esta ajuda vai
reforçar a Ucrânia e enviar ao Kremlin um sinal forte de que não se trata de um
segundo Afeganistão", um país devastado por décadas de conflito, disse
Zelensky numa entrevista ao programa "Meet the press".
"Os Estados Unidos
vão ficar ao lado da Ucrânia, vão proteger os ucranianos e a democracia no
mundo", acrescentou.
Após longas e difíceis
negociações, a Câmara dos Representantes aprovou no sábado um pacote de ajuda à
Ucrânia, no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que
recebeu apoio de parlamentares republicanos e democratas.
O pacote de ajuda esteve
bloqueado durante vários meses, devido essencialmente à oposição de um grupo de
congressistas republicanos, o que se refletiu na escassez de equipamento
militar para as tropas ucranianas enfrentarem as forças russas, mais numerosas
e com melhor armamento.
A ajuda, que Zelensky
reclamava há meses, foi saudada por Kiev logo após a votação, com o presidente
ucraniano a dizer que permitiria salvar "milhares de vidas".
Nas declarações que fez
hoje, Zelensky disse que parte das tropas ucranianas estão "exaustas"
e precisam de ser substituídas".
"Mas estes novos
soldados devem ter equipamento", acrescentou, pedindo rapidez na aprovação
final do pacote, que tem agora de ser analisado no Senado, um processo que deve
começar na terça-feira, seguindo depois para ser assinado pelo Presidente
norte-americano, Joe Biden.
O exército soviético
invadiu o Afeganistão em 1979 e viria a retirar-se em 1989, após mais de nove
anos de um conflito bastante sangrento.
Depois dos atentados de
11 de setembro de 2001, os Estados Unidos lançaram uma intervenção militar em
território afegão e a retirada das forças norte-americanas só teve lugar em
agosto de 2021, quase 20 anos depois.
ANG/Inforpress/Lusa
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