ONU/Conselho
de Segurança vai votar pedido de adesão da Palestina às Nações Unidas
Bissau, 17 Abr 24 (ANG) – O
Conselho de Segurança vai debater e votar na quinta-feira o pedido apresentado
pela Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações
Unidas, disseram fontes diplomáticas.
As fontes, que pediram para
não serem identificadas, disseram à agência de notícias France-Presse na
terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo
sobre a situação na Faixa de Gaza.
Esta reunião do Conselho de
Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de
diplomatas de vários países árabes.
Na terça-feira à noite, a
representação da Palestina junto da ONU publicou na rede social X (antigo
Twitter) um texto em que os países árabes demonstraram “apoio total” ao pedido
palestiniano.
“Apelamos a todos os membros
do Conselho de Segurança para que votem a favor do projeto de resolução
apresentado pela Argélia em nome do grupo árabe (...). No mínimo, imploramos
aos membros do Conselho que não obstruam esta iniciativa essencial”, afirmaram.
O projeto de resolução da
Argélia recomenda apenas à Assembleia geral da ONU que admita “o Estado da
Palestina como membro das Nações Unidas”, algo que requer uma maioria de dois
terços.
De acordo com a Autoridade
Palestiniana, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem unilateralmente o
Estado da Palestina.
No entanto, a adesão de um
país à ONU só pode ir a votação na Assembleia geral após uma recomendação do
Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos, aliados de Israel, podem usar o
poder de veto.
Na semana passada, o
vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, admitiu aos jornalistas que a
posição norte-americana não mudou e o reconhecimento total da Palestina devia
ser negociado bilateralmente entre Israel e os palestinianos, não na ONU,
embora não tenha dito explicitamente que Washington ia vetar.
A Palestina é considerada um
Estado observador na ONU desde 2012, um estatuto que partilha com o Vaticano.
Em 2021, pediu a entrada como membro de pleno direito.ANG/Lusa/Inforpress/Fim
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