Politica/Coligação PAI/Terra Ranka acusa governo de ser “incapaz” de resolver problemas sociais
Bissau,25 abr 24
(ANG) – A Coligação Plataforma Aliança
Inclusiva (PAI/ Terra Ranka),que congrega cinco partidos politicos, na voz do
seu porta-voz, Muniro Conté acusou hoje o governo líderado por Rui Duarte de
Barros de falta de capacidade para
resolver os problemas básicos da população.
A acusação da Coligação PAI Terra Ranka foi feita em conferência de imprensa realizada na sede do PAIGC em reação a decisão do Governo de aumentar o preço de arroz, alegando incapacidade financeira para subvencionar a sua compra.
O Governo decidiu em reunião extraordinária do Conselho de Ministros,
realizada na passada sexta-feira, fixar em 21.500 francos CFA, um saco de 50kg
de arroz tipo “nhelém” 100% partido, e o da qualidade 5% partido(grosso), passa
a custar 24.000 francos. A decisão governamental foi tomada após o Executivo
decidir suspender a subvenção à importação de arroz, que tem permitido a venda
do produto à preço mais baixo, alegando dificuldades financeiras.
O arroz do tipo “nhelém” 100% partido era vendido no valor de 17.500 por
saco de 50kg e do tipo 5% partido(grosso), no valor de 22 000 francos CFA.
Muniro Conté considera de “insensata” a
decisão do Executivo e acrescenta que ,para além de provocar indignação e
revolta da generalidade da população, justifica a falta de compromisso com o
povo, porque “o Governo de Inicitiva presidencial assaltou o poder, violando a
vontade inequívoca dos guineenses expressa nas urnas”.
A subida do preço do
arroz e consequente aumento de preços dos produtos da primeira necessidade,
associada à prevísivel má campanha da castanha de Caju,segundo Conté, irá
reduzir ainda mais o fraco poder de compra das familias e aumentar a fome e
pobreza que já atingem uma boa parte da população guineense.
“Por isso, a
Coligação responsabiliza o Presidente da Republica por todos os actos e todas
as decisões tomadas pelo actual governo de “Iniciativa Presidencial”, disse.
A Coligação PAI/
Terra Ranka exige ao Ministério Público a abertura de inquéritos sobre várias operações de pagamento feitas nos últimos
meses pelo Ministério das Finançãs, nomeadamente dos 400 milhões de fcfa à
empresa ADC Comercial, SRL, supostamente para subvencionar o arroz importado,
de 1.200 mil Euros à Companhia Sonnig Internacional Private Jet Limited
destimado ao fretamento de avião para viagem do Presidente da República e dos 9
mil milhões de francos CFA entre outros.
A coligação voltou a
solicitar a imediata e plena reabertura da Assembleia Nacional Popular e a
reposição do governo da Plataforma Terra Ranka, que diz ser o único com
legitimidade para governar, por ser emanado da vontade do povo guineense.
A Coligação vencedora
das legislativas antecipadas de Junho passado condenou o que diz ser “gestão danoso do erário público e a corrupção
desenfreada praticada pelo atual governo ilegítimo”, que, segundo PAI/ Terra
ranka, apenas se interessa em servir-se, ignorando a pobreza e o sacrifício da
marioria dos guineenses.
A PAI Terra Ranka
manifestou a sua solidariedade para com o povo guineense nestes momentos
dificeis e de sofrimento que atravessa e declara que renova o seu compromisso de continuar a lutar para
resgatar a sua dignidade e melhorar as
condições de vida da população.
Convida as forças
vivas da nação a se juntarem a Coligação e aos demais partidos democráticos
para lutar, com meios legais e legítimos, à sua disposição contra a imposição,
pela força, deste “regime antidemocrático” que viola todos os direitos
fundamentais dos cidadãos, incluindo os direitos civis, políticos, económicos e
sociais.
Na conferência de imprensa estiveram presentes dirigentes de partidos que compôe a Plataforma
PAI/ Terra Ranka, nomeadamente um dos
vice-presidente do PAIGC Califa Seidi, Lider do Partido Social Democrata
(PSD) Samba Baldé, do Movimento Democrático Guinneense (MDG) Silvestre Alves, da
União Para a Mudança (UM) Agnelo Augusto
Regalla e o Secretário-geral do Partido de Convergência Democrática (PCD)
Ussumane Nhanga. ANG/LPG/ÂC//SG
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