terça-feira, 13 de maio de 2014

Eleições

           MOE da CEDEAO chega hoje à Bissau

Bissau,13 Mai. 14 (ANG) – A Missão de Observadores de curto prazo da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), liderada pelo antigo Presidente interino da Libéria, Amos Sawer, chega hoje a Bissau no âmbito da segunda volta das eleições presidenciais de 18 de Maio.

Segundo uma nota de imprensa do gabinete do Representante Especial do Presidente da Comissão da CEDEAO na Guiné-Bissau a que ANG teve acesso, a Missão é constituída por aproximadamente 120 observadores que irão cobrir todo o território, integra deputados do Parlamento daquela organização bem como de magistrados do seu Tribunal.

A Missão de curto prazo da organização regional, engloba ainda os embaixadores de Estados membros, personalidades da Sociedade Civil e académicos. 

A segunda volta das eleições presidenciais será disputada entre o candidato do PAIGC, José Mário Vaz e o independente Nuno Gomes Nabiam.



ANG/ÂC   
Brasileiro vai ser novo Representante Especial Adjunto das Nações Unidas na Guiné-Bissau
Bissau, 13 Mai. 14 (ANG) - A ONU anunciou que o brasileiro Marco Carmignani vai ser o novo Representante Especial Adjunto na Guiné-Bissau, na estrutura liderada até final de Junho pelo timorense José Ramos-Horta, noticiou a Lusa
"O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, anunciou a nomeação de Marco Carmignani, do Brasil, como seu Representante Especial Adjunto (Política) para o Gabinete Integrado das Nações Unidas de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS)", divulgou a ONU em comunicado na sexta-feira.
 
Carmignani completa 55 anos de idade em 2014, trabalha há mais de duas décadas para as Nações Unidas e nos últimos sete anos esteve em missões políticas de manutenção da paz no Médio Oriente como Conselheiro Sénior e Chefe do Pessoal.     
 
Anteriormente, ocupou vários cargos de chefia no secretariado das Nações Unidas, em Nova Iorque e em África, incluindo na missão das Nações Unidas no Burundi (ONUB).    
 
A nomeação surge cerca de mês e meio antes da saída do Representante Especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, ex-presidente de Timor-Leste, que lidera a estrutura desde Fevereiro de 2013.
ANGOP

Agricultura

SWISSAID lança estudo sobre Agricultura Ecológica na Guiné-Bissau

Bissau, 13 Mai. 14 (ANG) – A Agência Suíça para a Cooperação e Desenvolvimento (Swissaid) promoveu segunda-feira ao lançamento de um estudo sobre Agricultura Ecológica na Guiné-Bissau.

Na cerimónia assistida por técnicos de agricultura e de diferentes instituições públicas e privadas, os promotores do documento informaram que o mesmo visa sensibilizar a todos sobre os riscos de utilização de produtos químicos na produção de alimentos, no meio ambiente e na saúde humana.

O estudo visa trazer melhoria em termos de conhecimentos sobre as práticas tradicionais existentes, assim como o apetrechamento de conceitos teóricos para o reforço de investimento para a promoção da Agricultura Ecológica na Guiné-Bissau.

Na ocasião, Suanda Infonda, que representou o ministério da Agricultura, enalteceu a importância do cultivo ecológico no combate a fome, porque, segundo acrescentou, são as pequenas e medias explorações que garantem a sobrevivência do quotidiano guineense.

Agradeceu e encorajou o SWISSAID a continuar com a política de luta contra a fome, através da promoção da agricultura familiar.

Por seu turno, o encarregado de programa do SWISSAID explicou que a produção ecológica permite a família ter acesso a segurança alimentar, sem causar prejuízos ao meio ambiente e a saúde humana, porque, adiantou, na sua pratica não se utilizam produtos químicos.

“Para tal, não teremos dificuldades em sensibilizar as pessoas, porque a própria agricultura familiar é baseada na produção ecológica, apesar das queimadas, da monocultura, da corte excessiva da floresta e das mudanças climática” explicou Tcherno Djalo e exortou o governo acabar com corte abusivo da floresta

A Agricultura ecológica, segundo definição avançada na altura, trata-se de um sistema de produção que mantém e melhora a saúde do solo, do ecossistema, das pessoas e apoia os processos ecológicos da biodiversidade e os ciclos adaptados as condições locais.


ANG/LPG/JAM

1º Liga

Bula permanece líder isolado do campeonato depois empate do rival

Bissau, 13 Mai 14 (ANG) – A equipa de Bula reforçou a liderança isolada do campeonato nacional de futebol na sua 14ª jornada, depois da vitória por uma bola a zero frente a mavegro e pelo desaire do seu rival directo – Benfica - que consentiu um nulo diante do Sporting de Bissau.

Com esta vitória Bula soma assim 5 pontos de vantagem, sobre Benfica.

As restantes partidas ditaram os seguintes resultados: Portos/Sport Clube de Bafata1-4; Bula/Mavegro por 1-0; Balantas de Mansoa/Cuntum 0-1, e por último a Estrela Negra de Bissau/UDIB 3-0.

 A 15º Jornada agendou as seguintes partidas: Mavegro/Sporting de Bissau, Portos/Bula, Cuntum/Sport de Bafatá, UDIB/Balantas de Mansoa, e Benfica/Estrela Negra de Bissau.    


ANG/LLA/JAM

Campanha eleitoral


Jomav promete combater a fome no país

Bissau, 12 Mai 14 (ANG) – O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) à segunda volta das presidenciais do próximo dia 18, José Mário Vaz, promete lutar contra a fome, caso for eleito presidente da república.

Em comícios de campanha realizados nos bairros de Mindara e Belém o também conhecido por Jomav disse que essa luta só pode ser ganha com o trabalho de todos os guineenses.

 “Nós queremos pessoas ligados directamente à terra, por que chegou a hora de “ metermos a mão no lamaçal para tirarmos a nossa terra na situação em que esta”, frisou.

O candidato mais votado na primeira volta das presidenciais promete ainda ser igual ao Nelson Mandela, para perdoar todos os que o fizeram mal e ser o Lula da Silva da Guiné-Bissau para melhorar as condições de vida dos mais carenciados.

“Queremos dizer as pessoas que nos estão a criticar e que hoje estão a levantar falsos testemunhamos contra nós, que a Guiné é para todos nos, e que, com a JOMAV podem ter a certeza absoluta vai ser mesmo assim”, referiu.

Jomav referia-se a boatos postos a circular segundo as quais se ganhar eleições o país pode novo mergulhar-se em conflitos devido a divergências com os militares.


ANG/FES/SG

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Eleiçoes Presidenciqis

Nuno Nabiam defende mais escolas junto a população


Bissau, 12 mai 14 (ANG) – O candidato independente as presidências de 18 de Maio, defendeu Domingo em Bafata a necessidade de construção de mais escolas junto as populações, para acabar com as longas distancias que as crianças, por vezes, são obrigadas a percorrer para ir estudar.

Nuno Gomes Nabiam que falava em comício popular, prometeu trabalhar em colaboração com o executivo para a prossecução deste desiderato, pelo que exortou ao povo guineense a optar por ele e seu projecto que chamou de “salvação” no momento da votação.

Advogou a necessidade de paz e estabilidade como condições essências para levar o pais avante, em detrimento do fenómeno tribalismo que, denunciou, tem tido expressão nos últimos tempos, mas prometeu pô-lo cobro.

Garantiu que em caso de vitória eleitoral jamais haverão golpes de Estado na Guiné-Bissau e apontou o diálogo como único meio para a resolução de diferendos seja de que natureza for.

Quanto as acusações de que estaria por detrás dos cortes de madeiras, alegada venda de um avião propriedade do Estado e de sua candidatura estar a ser suportado pelos militares, Nuno Nabim exigiu provas de tudo isso.

Como solução para os cortes abusivos da floresta, o candidato admoestou o execitvo a assumir a sua responsabilidade para parar com tudo e exigiu a criação de leis que regulamentem a atribuição de licenças de desmatação. Na sua opinião, deve-se adoptar a politica de reflorestação para não por em perigo as espécies.

Por fim prometeu trabalhar em colaboração com o executivo e as forças armadas para a implementação das reformas no sector da Defesa e Segurança e por cobro de uma vez por todas do problema de trafico de drogas.

Igualmente apontou a corrupção como alvo a combater duramente se ganhar o escrutínio e defendeu a gestão equitativa dos benefícios dos recursos do pais entre todos os seus filhos.
“Mas para tudo isso precisamos ganhar estas eleições nas urnas”, instou a concluir.

Alias um dia antes, Nuno Gomes Nabiam esteve na cidade de Canchungo em acçao de caça a votos. Em comicio realizado na ocasião manifestou-se revoltado pelo facto do pais ate agora continuar a viver na miséria, mais de 4 décadas apos a independência, apesar dos seus recursos e prometeu acabar com isso caso for eleito presidente.

Advertiu ao eleitorado local a acautelarem-se contra falsas promessas a que foram feitas ao longo dos tempos e reivindicou os votos para si para, segundo afirmou, promover uma verdadeira rotura com o passado.

Disse que o pais se encontra dividido por causa dos males do passado pelo que soou a hora de mudança, apostando na promoção da paz, implementação efectiva da justiça, unidade e reconciliação nacional e, assim, acabar com matanças, prisões arbitrárias e descriminações raciais.

A população de Canchungo, Nuno Gomes Nabiam prometeu acabar com furto de animais, particularmente de gado bovino, que tem assolado a região de Cacheu nos últimos anos, através de colocação de mais esquadras de policia, nomeadamente nas secções daquela localidade.


ANG/JAM
Apesar da ameaça Presidente do SINDEPROF promete continuar a luta em defesa da classe
Bissau, 12 de Mai. 14 (ANG) - O Presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), que diz ter sido por duas vezes ameaçado por desconhecidos, prometeu hoje continuar a luta em defesa da classe docente.

Em declarações exclusivas à ANG, Laureano Pereira da Costa denunciou ter recebido duas telefonemas, cuja pessoa teve o cuidado de privar o número, ameaçando-o de morte se não levantar a greve em curso no sector do ensino.

 “Após o acontecido informei o secretário-geral do Ministério da Educação, que fez chegar o assunto ao seu ministro e outros membros do executivo de transição, mas ninguém se manifestou preocupado”, estranhou o líder do SINDEPROF.

Na sua opinião compete o governo a responsabilidade e obrigação de garantir segurança aos cidadãos, sobretudo, quando se trará de ameaças de morte contra os cidadãos.

“As pessoas devem abstecer-se da violência como forma de resolver os seus problemas. 

Intimidação ou ameaça não amedronta os dirigentes do SINDEPROF, pelo contrário é mais razão ainda para prosseguir na sua luta para o bem comum”, sublinhou o Presidente do SINDEPROF.

Entretanto, teve inicio esta manha mais uma ronda de greve de 35 dias no sector do ensino decretada pelo SINDEPROF para exigir entre outros assuntos o cumprimento do acordo rubricado entre o sindicato, governo e o Banco Mundial para pagamento de salários aos docentes entre Janeiro à Junho deste ano.


ANG/AALS/JAM

Empreendedorismo


Mais de 100 empresas formalizadas no primeiro trimestre de 2014

 Bissau, 8 Mai 14 (ANG)- O Conservador  do Registo Comercial de Centro de Formalização de Empresas revelou hoje, em Bissau, que foram  formalizadas  111 empresas durante o 1 º trimestre de 2014.

Em declarações á ANG Neil Gomes Pereira disse que em Janeiro foram formalizados 29 empresas, em Fevereiro, 40 e em Março, 42.

Acrescentou que o Centro, infelizmente, até presentemente ainda não iniciou a fiscalização das mesmas para saber quantas delas estão a operar.

Gomes Pereira revelou que as áreas de Importação/exportação e de comércio geral são as mais concorridas.

Adiantou que essas áreas apresentam maiores facilidades ao arranque das empresas, e por outro lado permitem a recuperação mais rápida dos investimentos e obtenção de lucros ao curto prazo.

O Centro da Formalização de Empresas ajuda as pessoas interessadas a formalizar as suas empresas em varias áreas principalmente, Comércio, Industria e Turismo.

 Criado no dia 30 de Maio de 2011, o Centro tem nos seus registos um total de 1118 empresas, das quais apenas 206 estão a funcionar.

Neil Gomes Pereira disse que a inoperacionalidade da maioria se deve à dificuldades financeiras.

ANG/PFC/SG





Campanha eleitoral



 Nabiam nega que  vai derrubar futuro Governo do PAIGC

Bissau, 09 Mai 14 (ANG) – O candidato independente, Nuno Gomes Nabiam, refutou as informações segundo as quais, se vier a ser eleito Presidente da República, irá de imediato colocar o  Governo do PAIGC em causa.

Nuno Nabiam, em declarações à imprensa momentos apos o comício popular no sector de Ondame, região de Biombo, respondeu que são comentários normais na politica, porque na democracia cada um é livre de dizer aquilo que entender.

“Acabei de falar da minha relação com o futuro Primeiro-Ministro, o eng° Domingos Simões Pereira. É um homem competente e é isso que o pais precisa. Precisamos de pessoas capazes e dinâmico para fazer o pais avançar. É um amigo, estudamos juntos na ex. União Soviética, nos Estados Unidos e temos muita boa relação”
.
“Não estou a ver a necessidade de Nuno Nabiam ganhar as eleições e derrubar o futuro Governo do PAIGC. Não faz sentido. Estamos na política e portanto cada um é livre de dizer aquilo que entende. Vou trabalhar ao lado do Governo de Simões Pereira, respeitando a separação de poderes e a Lei, para fazer este pais ir para frente uma vez para sempre”, garantiu.

Nabiam frisou contudo que, quem cometer crimes contra esse povo responderá nos tribunais pelos seus actos. Disse que Isso faz parte do seu  sonho.

 “Como sabem; sempre falamos da Lei e da ordem, porque um pais para avançar é preciso, de facto, que haja Lei e para que as pessoas respeitem os princípios básicos da convivência”.

A título de exemplo, indicou que o seu adversário tem processos crimes no Tribunal de Bissau, acrescentando que, se fosse ele, não concorria as presidenciais na Guiné-Bissau.

“Antes dele candidatar seria bom que tratasse desse assunto ao nível de Tribunal que é para ser um homem limpo como eu. Um homem limpo sem casos de roubo, droga, de matanças. Sou um guineense limpo e exemplar”, salientou Nuno Nabiam.

O candidato às presidenciais de 18 de Maio afirmou que a justiça é um elemento fundamental em qualquer sociedade e sem a qual não há ordem.

“Temos que apostar na justiça porque todos nos sabemos dos acontecimentos drásticos que passaram na Guiné-Bissau, matanças sem julgamentos. Os responsáveis desses atos têm que ser trazidas  à justiça, julgados e condenados, porque ninguém está em acima da Lei”, referiu.

Perguntado  se for eleito Presidente da República vai reconduzir as atuais chefias militares, Nabiam respondeu que são cidadãos guineenses e para tal vão ter que tratar da reforma no sector da defesa e segurança de uma forma própria.

Acrescentou que existem muitos generais nas Forças Armadas que têm que ir para a reforma, mas tem que ser um processo muito bem pensado e organizado.

“Sim senhora, se for eleito no dia 18 de Maio, como Presidente da República, vou trabalhar com o futuro Governo para que a reforma seja conclusiva, só que o Governo tem que arranjar meios materiais e financeiros para que seja condigna “disse.

Nuno Nabiam reconheceu que há problemas de excesso de pessoal, salientando que existem generais com mais de 70 anos no ativo.

“Esses problemas têm que ser resolvidos pelo Governo e eu como Presidente da República vou estar ao lado do Primeiro-Ministro para arranjar soluções próprias e resolver de uma vez para sempre a reforma ao nível de defesa e segurança”, referiu.

O candidato à segunda volta das presidências apoiado pelo PRS e vários outros partidos sem assento parlamentar sublinhou ainda que é necessário igualmente fazer reformas no sector público, “porque a Guiné-Bissau é um pais desorganizado e que precisa de uma reforma profunda”.

ANG/AC/SG





            

Jornalismo/Desenvolvimento



“Boa formação de jornalistas é um dos pilares da liberdade de imprensa”, avalia Unesco

Bissau, 09 Mai 14 (ANG) Jornalistas, especialistas em comunicação e pesquisadores se reuniram recentemente na sede da Unesco em Paris para tentarem responder a pergunta:  Como a mídia pode ajudar no desenvolvimento dos países?

 Uma das conclusões é a que o acesso a informações de qualidade começa com a boa qualificação dos profissionais de imprensa. Ou seja, é preciso se formar para informar.

Para os analistas reunidos na conferência World Press Freedom Day (Dia Mundial da Liberdade de Imprensa) realizada nesta segunda-feira (5) na sede da Unesco, em Paris, a liberdade de imprensa caminha de mãos dadas com a boa formação profissional.

Um dos convidados para a mesa-redonda sobre o futuro da imprensa, Robert Zaal, diretor-geral da Radio Netherlands Worldwide, destacou a importância de melhorar a capacidade e o treinamento dos profissionais de mídia nos países em desenvolvimento. A opinião também é partilhada por Jeanne Bourgault, presidente da Internews, uma ONG dedicada ao treinamento de jornalistas em diversos países do mundo.

E a liberdade de imprensa e de expressão, por sua vez, é essencial para "o desenvolvimento, o progresso e a inclusão sociais", destacaram o secretário-geral da ONU, Ban-Ki Moon, e a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

"O sucesso da implementação [dos Objetivos do Milênio] exige que as populações desfrutem os direitos fundamentais de liberdade de opinião e de expressão. Esses direitos são essenciais para a democracia e a transparência. (...) Eles são vitais para a dignidade humana", escreveram os dois líderes.

Ban-Ki Moon e Irina Bokova também escreveram um comunicado em que pedem urgência na investigação e na punição de crimes contra jornalistas. "Temos que enfrentar as graves ameaças que recaem sobre a liberdade de imprensa em todo o mundo".

Elaborados em 2000, os Objetivos do Milênio são uma lista de 8 metas que deverão ser alcançadas até 2015. Entre elas, a redução da pobreza, da mortalidade infantil e a sustentabilidade ambiental.

Na discussão "Liberdade de Imprensa para um Futuro Melhor", o Brasil foi representado por Veridiana Sedeh, consultora e ex-diretora da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Sedeh destacou a importância do debate.

"A liberdade de expressão é essencial para o bom jornalismo. Realmente temos que melhorar a segurança dos jornalistas. Também é preciso que eles possam comunicar as suas informações e ter acesso às informações necessárias para conduzir essas investigações", disse.

Ainda segundo a consultora, essas necessidades se tornam ainda mais pertinentes diante das transformações vividas pelo jornalismo nos últimos anos. "Precisamos ver como o maior acesso à internet e outras questões vão evoluir no futuro e como a gente pode reforçar a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, melhorar o treinamento dos jornalistas que estão cada vez mais tendo que lidar com questões complexas na área econômica ou ambiental”.

(RFI)


sexta-feira, 9 de maio de 2014

EUA apoiam futuro Executivo para governar com transparência

Bissau, 09 Maio 14 (ANG) - O Governo dos Estados Unidos da América anunciou o seu apoio a implementação de um plano que garanta ao próximo Governo trabalhar de forma responsável e governando com justiça e transparência.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo embaixador dos EUA, com residência em Dakar que acrescentou que prometeu que o seu país vai levantar as sanções impostas contra a Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

"Se a Guiné-Bissau retornar a ordem constitucional esperamos accionar os mecanismos para levantar as sanções impostas ao país em matéria de assistência dos EUA”, indicou.

No que respeita ao processo eleitoral em curso no país, o embaixador norte-americano disse que os EUA instaram os serviços de segurança a não interferirem nesta segunda volta, tal como se verificou na primeira volta e durante o período de governação das novas autoridades democraticamente eleitas.

Lewis Lukens informou que manteve encontros com o Presidente de transição, com o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, com representantes das organizações juvenis, aos quais mostrou que é vital para o futuro da Guiné-Bissau que o país conclua a transição para um Governo democraticamente eleito.

O diplomata reconheceu que o processo democrático guineense e o horizonte temporal continuam críticos: «Os EUA juntam-se às Nações Unidas e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental na busca de um resultado pacífico para estas eleições, que vão servir como vector para a comunidade internacional poder apoiar a Guiné-Bissau na implementação das reformas, da reconciliação e da reconstrução do país».

O embaixador dos EUA destacou igualmente o papel desempenhado pelo povo guineense, referindo-se a ele como «forte» ao lado da sua história: «O povo da Guiné-Bissau tem sido sempre forte ao longo da sua difícil história, pois este é um momento crucial para uma viragem histórica da Guiné-Bissau e os cidadãos têm um papel determinante a desempenhar», sublinhou.

“Os EUA congratularam com o papel desempenhado pelas Nações Unidas, o Banco Mundial e a CEDEAO na preparação do Programa para melhorar a eficácia governativa pós-eleições, que incluiu a abordagem económica abrangente para os problemas fundamentais enraizados na Guiné-Bissau”, concluiu.

ANG/AI/JAM


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Comunicação Social

CNCS considera positivo actuação dos média durante 1ª fase das eleições

Bissau, 08 Mai. 14 (ANG) - O Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS), qualificou de positivo a actuação dos médios durante a primeira fase do processo eleitoral e que culminou na votação de 13 de Abril passado.

“Os jornalistas e os órgãos de informação observaram as normas legais e deontológicas que regulam as suas actividades”, escreve um comunicado do CNCS datado do passado dia 14 que a ANG teve hoje acesso.

No documento o CNCS diz ter constatado o cumprimento das normas constantes nas directivas genéricas, por parte dos jornalistas e dos órgãos da comunicação social.

No entanto, reconhece o CNCS que foram sinalizados aquilo que designa de “algumas falhas pontuais”, concretamente o fact de “em algumas imprensas escrita” terem avançados com “as supostas sondagens sobre o sentido de voto do eleitorado”.

O CNCS, analisou a prevalência das crónicas, carências dos órgãos de informação em recursos humanos, meios técnicos e financeiros como condições que dificultam a melhoria da qualidade dos médias do país.

Assim, o Conselho Nacional da Comunicação Social recomendou aos jornalistas e os órgãos de informação a manterem os níveis de resiliência demonstrado durante a primeira fase do processo face ao assédio e promessas tentadoras dos candidatos, e elevando o seu carácter profissional baseado na isenção, rigor e objetividade no exercício da sua função.

Na nota o CNCS exortou as autoridades nacionais e os parceiros internacionais para apoiar os órgão de comunicação social em meios materiais e financeiros para superar as dificuldades com que se confrontam.

ANG/LPG






UA promete posicionar se estiver em risco a estabilidade e paz social na GB

Bissau, 08 de Mai. 14 (ANG) - A União Africana (UA) reafirmou hoje a sua equidistância no processo eleitoral, cuja segunda volta da presidencial está agendada para o próximo dia 18, mas advertiu que irá posicionar-se caso estiver em risco a estabilidade e paz social no país.

A informação consta duma nota de imprensa a que a ANG teve acesso, a qual apela ainda aos dois concorrentes finalistas, José Mário Vaz e Nuno Gomes Nabiam, assim como os respectivos apoiantes sobre a necessidade de manutenção do bom senso e sentido de responsabilidade em prol da estabilidade política e social.

No documento, a UA relembra ainda que na reunião do conselho de paz e segurança da organização realizada a 16 de Abril passado em Adis Abeba exortou-se aos actores do processo eleitoral no país a respeitar as leis em vigor, o código de conduta assinado entre os candidatos, evitando desta forma linguagens que possam extremar posições e provocar perturbações.

A UA vai enviar mais de 40 observadores, no próximo fim-de-semana, para escrutinarem a segunda volta da eleição presidencial de 18 de Maio próximo. A delegação da organização será chefiada pelo Ex-Presidente da República Moçambicano, Joaquim Alberto Chissano.

Por outro lado o conselho de paz e segurança da UA advertiu na altura aos potenciais perturbadores para que não comprometam a fase final deste processo eleitoral, sublinhando que em caso de inobservância do preceito acima referido, os seus actores serão responsabilizados e punidos pelos actos cometidos.

A UA reitera o seu engajamento com vista o sucesso do processo eleitoral em curso para o regresso a normalidade constitucional, reafirmando a sua disponibilidade para trabalhar com todos os actores nacionais e os parceiros internacionais para que as eleições decorram num clima de paz e de tranquilidade e que os guineenses escolham o seu futuro presidente da república “sem intimidações e ameaças de quem quer que seja”.


ANG/ BI/JAM     

Internacional



A pilhagem de madeira e recursos piscatórios está a travar o progresso de África - Kofi Annan

ABUJA, Nigéria,  8 Mai 14 (ANG)  -- O Relatório do Progresso de África deste ano apela aos líderes africanos para que combatam a desigualdade e exige que a comunidade global tome medidas contra a pilhagem dos recursos naturais do continente.

"Os recursos naturais de África oferecem uma oportunidade única de melhoria substancial das vidas dos cidadãos africanos", revela o novo relatório lançado hoje por Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas,  que acrescente que os referidos recursos são frequentemente pilhados por responsáveis oficiais e investidores estrangeiros corruptos.

A crescente desigualdade está também a impedir que África tire proveito dessa oportunidade, refere o relatório.
  
O relatório do África Progress Panel de 2014 sob o título “Cereais, Peixe, Dinheiro: Financiar as revoluções verde e azul de África”, apela aos líderes políticos africanos para que tomem medidas concretas agora a fim de reduzir a desigualdade através do investimento na agricultura.  

O Documento exige também a tomada de medidas internacionais que ponham cobro ao que descreve como a pilhagem de madeira e recursos piscatórios de África.

“Depois de mais de uma década de crescimento, há muito a celebrar”, irá declarar Kofi Annan aos líderes políticos e empresariais quando o relatório for lançado no Fórum Económico Mundial para África a ter lugar este mês na Nigéria.

“No entanto, chegou o momento de nos perguntarmos por que motivo tanto crescimento fez tão pouco para retirar as pessoas da pobreza – e por que motivo tantos recursos naturais de África estão a ser esbanjados através de práticas corruptas e actividades de investimento pouco escrupulosas”.

“África é um continente caracterizado por uma grande riqueza; então por que motivo a quota de África em termos da subnutrição e mortalidade infantil a nível global está a crescer tão rapidamente? A resposta é que a desigualdade está a enfraquecer a ligação ente o crescimento económico e as melhorias no bem-estar”, afirma.

Embora os rendimentos médios tenham crescido um terço na última década, existem agora mais africanos a viver em situação de pobreza, cerca de 415 milhões, do que no final dos anos 90.

“Os novos objectivos de desenvolvimento globais deverão ter por objectivo erradicar a pobreza até 2030, mas, tendo em conta as tendências actuais, um em cada cinco africanos ainda viverá em situação de pobreza quando chegar esse momento”, estima o diplomata ganês.

Kofi Annan, que desempenhou um papel central na formulação dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, declara: “Quando os países aderem ao novo quadro de desenvolvimento global, devem comprometer-se não somente a cumprir metas ambiciosas, mas também a diminuir as indefensáveis lacunas que separam os ricos dos pobres, as pessoas urbanas das rurais e os homens das mulheres”.

Os autores do relatório identificam a agricultura como a chave do crescimento para a redução da pobreza, salientando que a maioria das pessoas pobres de África vive e trabalha em zonas rurais, sendo predominantemente pequenos agricultores.

“Os países que cresceram sustentados num sector agrícola em forte expansão, como a Etiópia e o Ruanda, demonstraram que o mesmo pode agir como um poderoso catalisador para o crescimento inclusivo e a redução da pobreza”, escreve o relatório.

O relatório apela a uma “revolução verde exclusivamente africana” que adapte as lições proporcionadas pela Ásia às circunstâncias africanas.

África importa actualmente 35 mil milhões de dólares em alimentos porque a agricultura local é prejudicada por uma baixa produtividade, sub-investimento crónico e proteccionismo regional.

Um maior investimento em infra-estruturas e investigação poderia elevar drasticamente os rendimentos da região e as receitas dos agricultores. Entretanto, eliminar as barreiras que restringem o comércio no interior de África poderia abrir novos mercados.

Apesar de mostrar uma postura crítica face aos governos africanos, o Relatório do Progresso em África de 2014 também desafia a comunidade internacional a apoiar os esforços de desenvolvimento da região, destacando as pescas e a exploração florestal como duas das áreas em que são necessárias regras multilaterais reforçadas para combater a pilhagem dos recursos naturais.

A pesca ilegal, não declarada e não regulamentada alcançou proporções epidémicas nas águas costeiras africanas. Calcula-se – e esta é uma estimativa conservadora – que a África Ocidental perca 1,3 mil milhões de dólares por ano. Para além dos custos financeiros, esta pilhagem destrói as comunidades piscatórias que perdem oportunidades cruciais para pescar, transformar e comercializar o produto da sua pesca. Perdem-se ainda mais 17 mil milhões de dólares através de actividades ilícitas de exploração florestal.

“A pilhagem dos recursos naturais é uma actividade de furto organizado disfarçada de comércio. Os arrastões comerciais que operam sob pavilhões de conveniência e descarregam em portos que não registam as suas capturas são antiéticos”, declarou Kofi Annan, acrescentando que estas actividades criminosas agravam o problema da evasão fiscal e das empresas fictícias. O Relatório do Progresso em África de 2014 apela a um regime multilateral para as pescas que aplique sanções aos navios de pesca que não registem nem declarem as suas capturas. O relatório apela também aos governos de todo o mundo para que ratifiquem o Acordo sobre Medidas do Estado do Porto, um tratado que procura impedir que os pescadores clandestinos nos portos descarreguem o resultado dos seus proventos ilícitos.

Os líderes políticos africanos não conseguiram gerir os recursos naturais tendo em conta o interesse dos verdadeiros donos desses recursos: o povo africano.

Para além de perderem dinheiro através da pilhagem de recursos naturais e da má gestão financeira, os africanos perdem valor nos fundos recebidos do estrangeiro, não somente quando a ajuda dos doadores falha no cumprimento das suas promessas, mas até quando os elementos da diáspora africana enviam remessas para as suas famílias no continente. Prevê-se que o continente esteja a perder 1,85 mil milhões de dólares por ano porque os operadores de transferência de fundos impõem taxas excessivas sobre as remessas.

Com maiores receitas resultantes dos recursos, os governos africanos têm agora a oportunidade de desenvolver sistemas de tributação mais eficazes e de despender fundos públicos de uma forma mais justa, acrescenta o relatório. Por exemplo, 3% do PIB regional está actualmente afectado a subsídios de energia que se destinam principalmente à classe média. Esse dinheiro deveria ser desviado para a despesa social a fim de proporcionar aos pobres melhores hipóteses de escaparem à armadilha da pobreza.

“A resiliência e a criatividade de África são tremendas”, afirma Kofi Annan. “Possuímos uma população jovem enérgica e crescente. Os nossos dinâmicos empreendedores estão a utilizar a tecnologia para transformar as vidas das pessoas. Temos recursos suficientes para alimentar não só a nossa população, como também as de outras regiões. Chegou a hora de os líderes africanos, e de os parceiros de investimento responsáveis, libertarem este enorme potencial”.
  
Presidido por Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, a África Progress Panel composto por dez membros, promove o desenvolvimento equitativo e sustentável em África aos mais altos níveis. O Painel divulga todos os anos, em Maio, a sua publicação de referência: o Relatório do Progresso em África.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Acidentes de viação



 Primeiro trimestre registou 12 mortos

Bissau, 07 Mai 14 (ANG) – Doze pessoas morreram no primeiro trimestre do ano em curso, em resultado dos 115 acidentes de viação ocorridos durante o referido período, revelou hoje o Comandante Nacional da Polícia de Trânsito.

Armando Incuqui em entrevista exclusiva à ANG, disse que o excesso de velocidade, a condução ilegal,  a condução em estado de embriagues, o mau estado dos pneus, as manobras perigosas e a falta de sinalização nas vias públicas são as causas desses acidentes.

“Em 115 casos de acidentes registados, a capital Bissau parece em primeiro lugar com 77 casos, seguido da região de Biombo e Cacheu ambos com seis acidentes, a região de Oio com sete, Bafatá, Oito e Gabú três, e Quinara e Tombali com quatros casos de acidentes de viação cada”, informou, acrescentando que, em termos de óbitos Bissau registou dois, Cacheu um, Oio quatro, Bafatá  um caso e Quinara quatro.

Armando Incuqui pediu maior controlo na emissão de cartas de condução por parte da Direcção-Geral de Viação e Transporte Terrestres aos cidadãos como sendo a primeira medida para reduzir o número de acidentes nas vias públicas, assim como o respeito, por parte dos condutores, às regras e aos sinais verticais e horizontais colocados nas estradas nacionais.

Relativamente as sanções aplicadas aos infractores, o Comandante da Polícia de Trânsito explicou que em caso de condução ilegal a multa varia entre 200.000 e 220.000 francos CFA,  em caso de acidente a multa é de 250.000  francos CFA e em caso de ingestão excessiva  de álcool a multa varia entre 20 mil e 28 mil francos CFA.

Armando Incuqui responsabiliza os condutores por elevado número de acidentes de viação durante os primeiros três meses do ano em curso, por alegado  incumprimento do Código de estrada.

“Os proprietários das viaturas devem recrutar condutores responsáveis, experientes, aqueles que não bebem bebidas alcoólicas quando conduzem , e que  conduzem com prudência”, considerou Armando incuqui.

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