segunda-feira, 9 de novembro de 2015

India/Guiné-Bissau


Governo indiano financia projectos de agricultura, energia e emprego jovem

Bissau, 09 Nov 15(ANG) - A Índia deverá oferecer um apoio de 250 milhões de dólares à Guiné-Bissau, para financiar a agricultura, a energia e o emprego jovem, revelou sexta-feira em Lisboa o Presidente guineense, José Mário Vaz.
O apoio foi acordado na cimeira Índia-África, que decorreu na semana passada em Nova Deli, e na qual Mario Vaz esteve presente, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Artur Silva.

O encontro teve "resultados encorajadores", disse  José Mário Vaz, no final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco S
ilva, no Palácio de Belém, no âmbito de uma visita privada  realizada a Portugal.

"Está previsto um apoio na ordem dos 250 milhões de dólares [perto de 230 milhões de euros] à Guiné-Bissau", destinado a três áreas: a agricultura, ligada ao arroz, a energia e o emprego jovem, anunciou o chefe de Estado guineense. 

José Mário Vaz recordou que a Guiné-Bissau trabalha "quase seis meses para a Guiné e seis meses para a Índia". 

A Guiné-Bissau exporta anualmente "170 a 180 mil toneladas da castanha de caju" para a Índia. 
"Estamos a contribuir para o crescimento da economia da Índia e para o crescimento de emprego na Índia. Também pedimos alguma coisa. Pedimos uma parceria forte entre a Guiné Bissau e a Índia", sublinhou. 

ANG/Lusa

Assaltos à mão armada



PJ lança operações para devolver tranquilidade aos habitantes de Bissau


Bissau, 09 Nov 15(ANG) - A Policia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau deteve nove suspeitos da autoria de assaltos à mão armada nos últimos dias em Bissau, disse sábado aquela força de segurança à Lusa.

Entre os suspeitos, todos reincidentes, estão reclusos evadidos da prisão de Mansoa, no centro do país, acrescentou.

Nos últimos dias, Bissau tem sido palco de uma onda de criminalidade nalguns bairros, levando à intervenção das Forças Armadas que, através da Policia Militar e do regimento dos Comandos, intensificaram as rusgas noturnas.

Os serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras também avançaram para o terreno, tendo detido mais de 500 pessoas sem documentos na última semana.

As ações da PJ enquadram-se na “Operação Vassoura”, com a qual aquela força de segurança diz que pretende "devolver a tranquilidade" aos habitantes de Bissau, referiu Fernando Jorge da Costa, diretor adjunto da PJ.

Desde o início do ano, a PJ já registou 105 casos de assalto à mão armada dos quais resultaram 41 homicídios, indicou.

Fernando Jorge da Costa revelou que a “Operação Vassoura” permitiu deter suspeitos de homicídios e de assaltos, portadores de notas falsas (de euro, dólar e franco CFA) e ainda apreender eletrodomésticos, uma motorizada, catanas, uma pistola de plástico, droga (liamba) e cocaína falsificada.

O diretor adjunto da PJ guineense diz ser preocupante o facto de entre os detidos estarem indivíduos jovens, com 17, 18 e 19 anos, notou.

Fernando Jorge da Costa adiantou igualmente que há suspeitos identificados pela polícia que se encontram no interior do país e outros foragidos em países vizinhos.

A PJ está no seu encalço, afirmou, acrescentando que espera ver a mesma determinação das outras instâncias judiciais "para dar um combate sério" ao crime na Guiné-Bissau.

"A Policia faz o seu trabalho, investiga e prende, mas é complicado quando, volvidos alguns dias, essas pessoas aparecem cá fora e voltam a cometer novos crimes", concluiu Jorge da Costa.

ANG/Lusa


 

Agricultura

Plantação de cajueiros na Guiné-Bissau precisa de reordenamento

Bissau, 09 Nov 15 (ANG) - A plantação
de cajueiros na Guiné-Bissau tem de ser reordenada, uma vez que essa actividade está a destruir floresta e a conduzir o país a uma situação de monocultura de rendimento, afirmou em Bissau um antigo dirigente do sector.

Constantino Correia, engenheiro florestal que dirigiu o sector entre 2004 e 2005 e que agora acompanha projectos de auto-suficiência alimentar, disse à agência noticiosa Lusa que todos os anos são abatidos entre 30 mil e 80 mil hectares de floresta para obter lenha, carvão, madeira para diferentes usos e para plantar árvores de fruto ou outros trabalhos agrícolas.

O número pode ser conservador, uma vez que tem por base o inventário florestal de 1985, o único de que o país dispõe, mas as visitas ao terreno mostram que o avanço do cajueiro lidera a pressão sobre a floresta, adiantou.

O caroço do fruto, depois de seco, é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau (que é um dos maiores produtores mundiais) e a principal fonte de rendimento de uma população.

O engenheiro florestal argumentou não estar contra a produção de caju mas sim contra o facto de estar a ser mal cultivado, dizendo “não temos pomares de caju, temos matos de caju.

Esta situação faz com que a produtividade seja muito baixa, de 500 quilogramas de castanha por hectare, contra duas toneladas por hectare na Nigéria e quase três toneladas por hectare no Vietname.

Estimativas oficiais apontam para uma exportação de 200 mil toneladas até ao final de 2015, estando o preço por quilograma pago este ano pelos compradores a atingir valores recorde, entre 670 e mil francos CFA (entre 1 e 1,65 dólares).

ANG/MACAUHUB

sexta-feira, 6 de novembro de 2015



Desportos

José da Cunha defende realização de Conferencia Nacional sobre Estado do Desporto nacional

Bissau, 6 Nov 15 (ANG) - O Secretário-geral da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura e dos Desportos considerou urgente a realização de uma Conferência Nacional sobre o estado do desporto na Guiné-Bissau para que possam ser tomadas decisões de retirar esse sector da situação difícil em que se encontra.
Estádio Nacional da Guiné-Bissau

José da Cunha que falava  na cerimónia do encerramento do curso de 1º Nivel para treinadores de luta livre, realizada recentemente em Bissau, defendeu por outro lado a  suspensão de algumas modalidades desportivas do circuito competitivo devido ao seu fraco rendimento para o país.

Da Cunha acrescentou que com estas medidas o desporto pode atingir a performance   desejada.

Aquele responsável desportivo adiantou ainda que tem de existir uma opção, e que passará pelo alistamento de modalidades que o Governo pode financiar, caso contrário continuariam a fazer investimento em vão, tal como  tem acontecido até neste momento.

Segundo ele, não se pode falar de um desporto de alto rendimento sem criar condições para a sua prática efectiva.

“Não é segredo para ninguém que a Guiné-Bissau carece de infraestruturas desportivas Na era dos colonialistas em cada escola era criado um espaço para a prática do desporto.Hoje esta política não se verifica, havendo várias escolas construídas sem os respectivos recintos para a prática do desporto”, lamentou.

 Informou ainda que não se  pode fazer avançar o desporto no país, se não se criar condições de base para o seu desenvolvimento sustentável. ANG/PFC/SG
      






Ensino público

Governo e SINDEPROF assinam Memorando de Entendimento que põe fim à grave

Bissau 06 Nov 15 (ANG) – O Governo e o Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), assinaram hoje, um Memorando de Entendimento que determina o fim da greve observada por esta organizaçao sindical desde o passado dia 19 de Outubro e que devia durar um mês.
 
Segundo o referido Memorando a que ANG teve acesso, prevê-se a assinatura em conformidade com a lei, dos processos de efectivação e de reclassificação dos professores pela entidade competente, bem com a implementação imediata do Estatuto da Carreira Docente após a sua revisão e aprovação.

No Memorando o Governo compromete-se a efectuar a devolução de horários à todos os professores aos quais lhes foram retirados no ano lectivo 2014/2015, ouvindo as partes em litígio.

Por sua parte, o SINDEPROF comprometeu-se em suspender a greve em curso, condicionando-a ao cumprimento do presente Memorando de Entendimento.

Por fim as partes concordaram em criar uma Comissao Mista de Seguimento de todos os processos relacionados  às reivindicações nomeadamente, harmonização de letras, efectivação, requalificação e pagamento dos retroactivos dos professores.

As partes concordaram também em fazer  lobbing junto do Governo e da Assembleia Nacional Popular com vista a inclusão das dívidas no Orçamento Geral do Estado 2016 e discussão da proposta de revisão do Estatuto de Carreira Docente no homiciclo nacional.

No final do encontro o Director-geral do Ensino Secundário, Geraldo Indequi afirmou que o acto não significa o fim de todos os problemas, pois existem alguns pontos do Memorando que estão ainda em curso.

“Doravante vamos passar a dar seguimento junto do Ministério das Finanças, entidade que paga salários, no sentido de se proceder a transferencia de dinheiros para a conta de todos os professores”, prometeu  Indequi.

Prometeu acionar todos os mecanismos com vista a concretização do referido acordo.
Por sua vez, o Presidente do SINDEPROF disse esperar que as partes assumam as suas responsabilidades no sentido de tornarem uma realidade os pontos constantes no memorando, depois de vários já assinados e não concretizados.

“Tanto o sindicato como o Governo, que cada um assuma a sua responsabilidade, caso contrário voltaremos a carga com novas greves”, afirmou.

Laureano Pereira disse ter informações de que os professores estão a ser perseguidos pelos respectivos diretores nas suas escolas, concretamente, na região de Oio (Binar) e várias outras regiões do país.

“As políticas de intimidações, de ameaças e perseguições não abonam em nada o sistema de ensino do país”, disse.

Laureano Pereira  exortaà todos os professores a voltarem para as salas de aulas. ANG/FGS/SG


Crédito bancário

"BCEAO disponibiliza cerca de dois biliões de francos semanalmente para  Carteira de Credito de bancos da UEMOA", diz Director Nacional

Bissau,06 Nov 15(ANG) - O Director Nacional do Banco Central de Estados da África Ocidental(BCEAO), afirmou que esta instituição bancária disponibiliza cerca de 1.7 biliões de francos CFA por semana para os Bancos da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), assegurarem o financiamento das suas carteiras de crédito.
Director Nacional do BCEAO

João Aladje Mamadú Fadia, em declarações à imprensa, no final do terceiro encontro trimestral com os Directores Gerais dos Bancos em actividade no país, disse que a referida verba visa criar maior capacidade dos Bancos na concessão de créditos.

"Quando dissemos que há condições para os bancos aumentarem os seus créditos é por que essas condições existem de facto", sublinhou.

Aquele responsável salientou que o BCEAO providencia recursos e liquidez suficientes para que os bancos possam, de facto, conceder créditos sem constrangimentos.

"Agora, o problema que se põe é que os operadores económicos que normalmente solicitam créditos junto as bancas têm que reunir condições que garantam que na data de vencimento possam reembolsar o crédito recebido porque é financiado de uma parte pelos recursos dos depositantes", explicou.

João Aladje Mamadú Fadia revelou que o BCEAO, na sua actividade de previsão bancária dispõe de regras e exigências no sentido de garantir maior protecção dos depositantes.

Por sua vez, o Presidente da Associação dos Profissionais dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné-Bissau, Rómulo Pires sublinhou que ultimamente estão a ser mais rigorosos na concessão de créditos aprendendo com o que ocorreu menos bem no passado.

"Nós dos bancos, para a concessão de créditos exigimos actualmente elementos mais consistentes para nos permitir efectivamente intervir com maior segurança", disse  Pires.

Romulo salientou que  não há créditos sem riscos, acrescentando que quanto melhor for minimizado o risco é vantajoso tanto para os bancos como para os depositantes.

ANG/ÂC/SG



   

Poder Legislativo


Bissau acolhe em Dezembro  38/a conferência de União de Parlamentares Africanos

Bissau, 06 Nov 15(ANG)- Cerca de 200  parlamentos de mais de 40 países de Africa vão estar reunidos em Bissau no âmbito da 38/a conferência  anual da União de Parlamentares Africanos(UPA), prevista para decorrer entre os dias 2 e 6 de Dezembro.

A informação foi hoje avançada aos directores dos órgãos de comunicação social estatal e privado e aos correspondentes internacionais pela comissão organizadora do evento.

Segundo a presidente dessa comissã
o, a deputada Dan Yala, o lançamento oficial da organização dessa conferência terá lugar na próxima semana no decurso de uma conferência de imprensa em que mais pormenores sobre o evento serão divulgados .

A conferência que a Guiné-Bissau acolhe pela primeira vez deverá discutir entre outros assuntos, a problemática da violência contra  mulheres.

A 37/a conferência cia anual da UPA foi realizada no ano passado, em Marrocos.

ANG/SG

Cooperação económica


Trocas comerciais entre China e países de língua portuguesa em rota descendente

Bissau, 06 Nov 15 (ANG) – As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,45 por cento até setembro, fixando-se em 76,47 mil milhões de dólares (70,25 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.

Dados dos Serviços de Alfândega da China – publicados no portal do Fórum Macau – indicam que, nos primeiros nove meses do ano, a China comprou aos países de língua portuguesa  bens avaliados em 47,81 mil milhões de dólares (43,91 mil milhões de euros) – menos 31,06 por cento – e vendeu produtos no valor de 28,66 mil milhões de dólares (26,32 mil milhões de euros), menos 13,76 por cento.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 55,6 mil milhões de dólares (51,08 mil milhões de euros) até setembro, menos 18,51por cento face a igual período do ano passado.

As exportações da China para o Brasil atingiram 21,9 mil milhões de dólares (20,18 mil milhões de euros), traduzindo uma quebra de 14,51por cento, enquanto as importações chinesas totalizaram 33,6 mil milhões de dólares (30,9 mil milhões de euros), refletindo uma descida de 20,9 por cento em termos anuais homólogos.

Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 44,9 por cento para 15,5 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros) entre janeiro e setembro.

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,93 mil milhões de dólares (2,69 mil milhões de euros) – menos 24,34 por cento – e comprou mercadorias avaliadas em 12,6 mil milhões de dólares (11,59 mil milhões de euros), ou seja, menos 48,21 por cento comparativamente aos primeiros nove meses de 2014.

Já com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 3,3 mil milhões de dólares (3,10 mil milhões de euros) – menos 6,39 por cento –, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens na ordem de 2,19 mil milhões de dólares (2,01 mil milhões de euros) – menos 5,89 por cento – e comprou produtos avaliados em 1,18 mil milhões de dólares (1,09 mil milhões de euros), menos 7,30 por cento.

O comércio sino-lusófono encontra-se em rota descendente desde o início do ano, somando quebras anuais homólogas consecutivas até setembro. 

“A conjuntura económica mundial encontra-se perante vários desafios (…). O abrandamento do comércio internacional e a redução dos preços das mercadorias refletiu-se no valor das importações e das exportações da China”, afirmou o secretário-geral do Fórum Macau, notando, porém, que em termos da quantidade do volume não houve uma diminuição, mas antes um aumento.

Chang Hexi comentou a tendência numa entrevista publicada no mais recente boletim trimestral do próprio Secretariado Permanente do Fórum Macau – datado do início de setembro.

Só nesse mês, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa cifraram-se em 8,63 mil milhões (7,9 mil milhões de euros), um decréscimo de 5,62 por cento face ao mês anterior.

Desde o início do ano – e até setembro – o valor mensal das trocas comerciais apenas superou a barreira dos 10 mil milhões de dólares uma única vez (julho).

Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau (Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa).

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos. 

ANG/Lusa