quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Justiça



Advogados denunciam actos de “agressão física e verbal” por agentes da PJ

Bissau, 17 ago 17 (ANG) - Um grupo de advogados  denunciou hoje alegados actos de agressões físicas e verbais de que têm sido alvo por parte de agentes da Polícia Judiciaria(PJ), em Bissau, os quais exigem que cessem.

Em conferência de imprensa, os advogados Fernando Gomes, Ruth Monteiro e José Paulo Semedo, todos do mesmo escritório, denunciaram situações de alegadas agressões de agentes da PJ quando estavam a defender cidadãos em processos.

Em nome do grupo, Fernando Gomes, antigo ministro do Interior da Guiné-Bissau, afirmou estarem em curso no país "atitudes de autoritarismo e de total desrespeito às leis" por parte dos agentes da PJ. Para Fernando Gomes, "é inconcebível tolerar ou aceitar" agressões de advogados no exercício das suas funções num Estado de direito democrático.

O responsável prometeu que a seu escritório irá tomar "todas as diligências necessárias" no plano nacional e internacional para responsabilizar os agressores e, se for o caso, o próprio Estado da Guiné-Bissau.

Fernando Gomes disse não ser normal que no espaço de cinco meses três advogados do seu escritório tenham sido vítimas de agressões verbais e físicas nas instalações da PJ quando estavam a defender cidadãos em processos.

Os advogados José Paulo Semedo e Ruth Monteiro explicaram situações de agressões que teriam ocorrido com os próprios. Os dois apresentaram queixas-crimes contra os agressores mas, destacaram, ainda não obtiveram respostas.

Ruth Monteiro anunciou que vai avançar com uma queixa nas instâncias internacionais contra o Estado guineense, que acusa de nada fazer para "chamar à razão" os agentes da PJ, nomeadamente o director, Bacari Biai, e o seu adjunto, Juscelino Pereira. Contactada pela Lusa, a PJ da Guiné-Bissau remeteu esclarecimentos para mais tarde. 

ANG/Lusa

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Filipinas



Polícia abateu 32 pessoas suspeitas de tráfico de droga

Bissau, 16 Ago 17 (ANG) - Considerada como uma das operações mais mortíferas desde a eleição de Rodrigo Duterte à presidência, a polícia filipina anunciou esta quarta-feira, 16 de agosto, ter abatido 32 pessoas na segunda-feira durante várias ações.

“Nós pretendemos espalhar o terror e o medo no meio destas personalidades da droga. As outras personalidades da droga vão pensar duas vezes antes de continuarem com o seu comércio”, disse o comissário Romeo Caramat, chefe da polícia de Bulacan, junto a Manila. Durante a mesma operação 109 suspeitos foram detidos.

Desde que assumiu funções como presidente, 30 de junho 2016, Rodrigo Duterte desencadeou uma campanha de repressão sem precedentes contra o narcotráfico, que já se saldou em 3.451 mortos. 

ANG/ e-Global Notícias em Português


Rússia



Moscovo rejeita planos para “estrangular economicamente” a Coreia do Norte 

 Bissau, 16 Ago 17 (ANG) -  A Rússia rejeita os planos de alguns países para “estrangular economicamente” o regime da Coreia do Norte, alertando para as eventuais graves consequências humanitárias que tais medidas possam ter, declarou hoje o chefe da diplomacia russa.

“Não podemos apoiar as ideias que estão a planear alguns dos nossos parceiros e que procuram, de facto, estrangular economicamente a Coreia do Norte”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, no final de uma reunião em Moscovo com o seu homólogo da Bolívia, Fernando Huanacuni.

Lavrov explicou que sanções adicionais contra o regime de Pyongyang implicariam “trágicas consequências humanitárias para a população” norte-coreana.

Todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a Coreia do Norte contêm, segundo recordou o ministro russo, “medidas de pressão económica muito sérias”, mas também um compromisso dos Estados-membros daquele órgão das Nações Unidas de apoiarem um regresso de “negociações políticas” para uma resolução do conflito.

Nas mesmas declarações, o ministro russo saudou a redução do tom da retórica de confronto em torno da questão norte-coreana, afirmando esperar que os ânimos fiquem mais calmos.

Perante o desenvolvimento do programa nuclear e balístico norte-coreano, o Conselho de Segurança da ONU adoptou no início do mês de Agosto, por unanimidade, uma resolução reforçando fortemente as sanções impostas à Coreia do Norte, que privará o regime de Pyongyang de mil milhões de dólares de receitas anuais.

No seguimento desta resolução, a China, principal parceiro e apoiante da economia do regime de Pyongyang, anunciou na segunda-feira a suspensão das importações de ferro, chumbo e dos minérios destes dois metais e de produtos do mar da Coreia do Norte.

A China foi em 2016 o destino de mais de 92 por cento das exportações norte-coreanas.
As últimas semanas foram marcadas por uma escalada da retórica entre Pyongyang e Washington, mas os últimos dias trouxeram um desagravamento.

O chefe da diplomacia norte-americana disse na terça-feira que a administração do Presidente Donald Trump se mantém interessada num diálogo com o líder da Coreia do Norte, Kim Jung Un, mas que aguarda algum sinal de interesse por parte de Pyongyang.

“Continuamos interessados em tentar encontrar uma maneira de dialogar, mas isso depende dele”, disse o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, numa referência ao líder norte-coreano.

Apesar de ter divulgado que tinha concluído os planos para lançar mísseis balísticos no território americano da ilha de Guam, no Pacífico, o líder norte-coreano anunciou ter decidido não colocar, por agora, o plano em prática, afirmando que quer “observar um pouco mais” as acções dos Estados Unidos antes de executar a ameaça.

Na segunda-feira, Rex Tillerson e o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, assinaram um artigo de opinião, publicado no jornal The Wall Street Journal, no qual garantiram que os Estados Unidos não pretendem uma mudança de regime na Coreia do Norte ou a aceleração da reunificação da Península Coreana, mas sim a desnuclearização daquela região.

No texto, Tillerson e Mattis indicaram que o objectivo da “campanha de pressão pacífica” dos Estados Unidos foi a desnuclearização da Península Coreana e não uma mudança de regime.

“Não temos qualquer desejo de infligir danos ao povo sofredor da Coreia do Norte, que é distinto do regime hostil em Pyongyang”, escreveram os dois responsáveis.

ANG/Lusa/Inforpress