terça-feira, 8 de maio de 2018

Saúde pública


Consumidores criticam vendas de géneros alimentícios no chão dos mercados

Bissau, 07 Mai 18 (ANG) – Os consumidores criticaram hoje a forma como as feirantes vendem géneros alimentícios no chão em diferentes mercados da capital, nomeadamente, peixe, legumes, e mariscos.
 
Numa auscultação feita pela ANG, Carla Mendes Tavares, Dalá Mané e Siren Darame, foram unânimes em apelar aos consumidores para não comprarem produtos vendidos no chão.

Para a estudante Carla Mendes Tavares, os produtos alimentares devem ser bem protegidos e conservados. O lugar onde se vende precisa ser limpo  senão pode representar uma ameaça à saúde dos consumidores.

Carla defende que as   vendedeiras devem usar sempre as mesas para colocar os seus produtos a fim de protege-los das bactérias ou outros micróbios.

Por sua vez, a peixeira,  Sirem Darame  disse que muitas donas de casa compram os produtos no chão e as vezes não  os lavam com paciência e nem os desinfeta  com  lixivia, o que não é bom para a saúde.

Exorta as vendedeiras para mudarem de comportamento, vendendo produtos alimentícios com  segurança higiénica necessária. 

Disse que, em muitas ocasiões, as vendedeiras ficam aborrecidas se forem alertadas do perigo que estão a provocar à sociedade.

Siren Darame disse que algumas consumidoras optam por comprar alimentos na mesa porque estes oferecem melhores condições higiênicas para o consumo.

A estudante, Dalá  Mané disse que os  produtos devem ser bem protegidos sobretudo, o camarão seco, alface, malagueta e outros  que  não são cozidos antes de serem consumidos.

Apela aos consumidores a comprarem produtos que estão em boas condições a fim de proteger a saúde.

 ANG/JD/DMG/ÂC/SG

Sociedade


“Aposta milionária desperta atenção da juventude para mundo de futebol”, afirma administrador da empresa Milionária

Bissau,07 Mai 18 (ANG) – O gerente  da empresa de apostas de futebol denominada “Milionária”, disse que conseguiram tirar os jovens dos vícios que outrora tinham de jogar dinheiro e que em muitas ocasiões resultam em brigas.

Em entrevista exclusiva à ANG, Manuel Mendes de Carvalho afirmou que essa actividade despertou a atenção da juventude guineense pelo gosto ao futebol, e que com efeito, a juventude aderiu massivamente a aposta milionária.

“No início da nossa operação em Bissau, conseguimos  tirar em muitos jovens de diferentes bairros da capital o vício de jogar dinheiro. Agora  apostam nos jogos milionários de futebol que são mais práticos, seguros, transparentes e lucrativos”, esclareceu.

Aquele responsável sublinhou que diariamente nota-se grande afluência de jovens às suas instalações para apostarem e tentar a sorte de ganhar algo.

“Qualquer apostador  aqui vai lhe dizer que ganha algo para resolver as suas necessidades básicas”, enfatizou .

Referiu  que  não é permitida a participação de  menores de 18 anos nesse tipo de apostas.
Perguntado sobre como surgiu a ideia de instalação da empresa Milionária em Bissau, Manuel Mendes de Carvalho respondeu que a ideia surgiu de um seu amigo gambiano que exercia essa actividade no país vizinho.
 
“Foi depois disso que decidimos apostar no mercado nacional , iniciando  os trabalhos de pesquisa do mercado e posteriormente a aquisição de instalações e mais outras tarefas que culminaram com  o arranque das actividades no início de 2016”, explicou.

Manuel de Carvalho disse que actualmente a empresa  tem quatro centros ao nível de Bissau, nomeadamente em Mindará, Bairro Militar, Cupelom de Cima e Santa Luzia.
Disse que brevemente vão abrir o primeiro centro de apostas no interior do país, concretamente na cidade de Gabu, leste do país, antes do campeonato de mundo de futebol que se disputa na Rússia, em Junho próximo.

Afirmou que as maiores dificuldades com que se deparam têm a ver com a fraca rede de internet e energia elétrica.  

ANG/ÂC/SG













Homenagem


General Biague na Ntan distinguido com Medalha de Mérito

Bissau, 07 Mai 18 (ANG) – Os Estudantes de Ciência Política e Relações Internacional, da Universidade Jean Piaget, através do seu Reitor Aladje Balde, distinguiram com  Diploma de Mérito o General Biaguê Na Ntan, Chefe Estado Maior das Forcas Armadas (CEMFA), pelo trabalho que tem estado a fazer pela paz na Guiné-Bissau.

Intervindo numa cerimónia organizada para o efeito, o Reitor de Jean Piaget . Aladje Baldé, disse que o Chefe Estado Maior das Forcas Armadas é o principal contribuinte para a paz na Guiné-Bissau, e que fez o melhor pela estabilidade do pais.

"Quem de nós foi confiado uma tarefa e fez melhor, com responsabilidade e a excelência. Merece reconhecimento presencial, não quando  não está entre nós. É  nesta visão que procedemos esse reconhecimento ao General Biaguê Na Ntan ", disse  Baldé.

"Este reconhecimento dos estudantes demonstra que o povo guineense está ciente do que está a acontecer actualmente  e em que classe reside o problema do país", disse Biague Na Ntan, acrescentando que  o seu objectivo fundamental é organizar as forças armadas, e que isso está bem claro hoje nos quartéis e nos olhos do cidadão nacional.

"O que estou a fazer nas forças armadas actualmente é o meu dever e foi promessas que fiz na minha investidura. Prometi que vou respeitar a Constituição e demais leis da República, e foi isso que estou fazendo" afirmou o General Na Ntan.

Ainda exortou aos estudantes para estudarem as histórias do nosso pais  no lugar  da de  países estrangeiros.

Afirmou que a sua liderança nas forças armadas está focada na formação dos jovens para o futuro do sector militar.

 Biague Na Ntan revelou que já enviaram  mais de 200 novos recrutas para especialização em diferentes áreas, em Marrocos e que em Dezembromais de 100 seguirâo o mesmo destino com o mesmo objectivo.

“A formação e a única ferramenta para desenvolver o pais", disse o General .
ANG/CP/SG




sexta-feira, 4 de maio de 2018

Campanha de caju


“Necessidades urgentes dos produtores motivaram liberalização do preço”, diz Presidente da ANAG

Bissau, 04 Mai 18 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG) defendeu hoje que as necessidades urgentes dos produtores em colmatar algumas dificuldades estão por detrás do acordo alcançado entre actores da fileira de cajú para a liberalização do seu preço. 
Presidente da ANAG

“As necessidades de alimentação familiar, doença, pagamento das limpezas dos pomares e outros obrigaram os produtores a recorrerem ao mercado negro para venderem as suas castanhas”, revelou Jaime Boles Gomes em entrevista exclusiva à ANG.

 “Alguns produtores já vinham procedendo a venda  da castanha à 500 francos CFA , o quilo, disse acrescentando que a  sua concordância ao acordo veio  na sequência de gritos de socorro por parte dos produtores.

Alguns produtores não hesitaram em discordar com o acordo referido por Jaime Boles, na medida que, a partida, retira a possibilidade das negociações entre produtores e compradores para a compra da castanha partissem de 1000 fcfa .

A compra da castanha a mil francos foi anunciado pelo chefe de estado em Março, mas desde então os empresários tanto nacionais como estrangeiros recusaram comprar o produto à esse preço por o considerar elevado.

O presidente da ANAG afirmou que  decidiu subscrever a decisão do governo e operadores da fileira de cajú de não considerar 1000 fcfa como preço obrigatório mas sim indicativo para a compra e venda deste produto, após uma reunião tida recentemente com os seus associados vindos de todas as regiões, onde apelaram ao Estado no sentido de imprimir maior dinâmica a campanha de modo a resolver o bloqueio que se traduzia na recusa da compra da castanha.

“Os produtores optaram por  estratégias que melhor possam solucionar  tal bloqueio, para evitar o pior , tanto para as populações como para o cofre do estado.” disse.

Afirmou que no referido encontro os produtores pediram ao governo para procurar os compradores da castanha no exterior e inteirar-se da organização dos operadores nacionais a fim de trabalharem em estreita ligação.
ANG/JD/ÂC/SG

Refugiados


Alto Comissário em Bissau pede regularização da situação dos expatriados na Guiné-Bissau

Bissau 04 Maio 18 (ANG) – O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados na Guiné-Bissau, Mamadu Lamine Diop pediu hoje às autoridades nacionais a regularização da situação documental dos refugiados residentes no país.

Mamadu  Diop que falava à saída de um encontro com o Presidente da República disse que há alguns anos que estão a trabalhar  com o Estado da Guiné-Bissau para ultrapassar o problema em causa.

“Estas pessoas decidiram optar por integrar a sociedade guineense porque alguns já vivem no país há mais de vinte anos com filhos que não conhecem o país de origem dos pais “, disse.

De acordo com  Lamine Diop esta é uma das razões do pedido de regularização dos refugiados, e visa facilitar que os mesmos pudessem  se integrar, de  forma oficial, na sociedade guineense.

O representante do ACNUR recordou que existe no país aproximadamente cerca de 2 mil refugiados, tendo frisado que foram bem recebidos pelo Chefe de Estado e que vão continuar a manter contactos com outras instituições vocacionadas na área para que esta preocupação seja resolvida.
ANG/MSC/ÂC/SG

Economia


Operadores de caju concordam que o preço de referência anunciado não é obrigatório

Bissau,04 Mai 18(ANG) - Os operadores de caju na Guiné-Bissau concordaram quinta-feira que o preço de 1.000 francos cfa (1,5 euros) por quilograma de caju anunciado pelo Presidente guineense é uma referência, podendo o valor a que vendem ser algo inferior ou superior.

A decisão foi tomada durante uma reunião de várias horas com o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, e que juntou todos os operadores do setor, incluindo agricultores, exportadores e intermediários.

"Ficou resolvido graças à colaboração de todos. Chegámos à conclusão que o preço anunciado pelo Presidente da República, de 1.000 francos cfa, era um preço de referência", afirmou o presidente da Associação Nacional de Agricultores, Jaime Gomes.

Segundo Jaime Gomes, aquele preço de referência serve para "situar o agricultor que fica a saber que o valor da castanha de caju é mais ou menos 1000 francos cfa. Ou seja, (o agricultor) pode vender a pouco mais de 1000 francos, mas também pode negociar a sua comercialização a um pouco menos de 1000 francos", salientou.

A campanha de comercialização da castanha de caju da Guiné-Bissau foi declarada aberta pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, a 24 de março passado, mas até hoje o produto ainda permanece nas mãos dos agricultores.

Os compradores internacionais, indianos e vietnamitas maioritariamente, recusam-se a adquirir o produto pelo preço fixado pelo Presidente guineense.

"Era necessário encontrar uma solução. Solução essa que foi aceitar o preço que já tinha sido anunciado pelo Presidente da República como preço de referência, os 1.000 francos cfa, mas retirar todas as barreiras não tarifárias e nomeadamente algumas ações que não se coadunam com um Estado de Direito, de tensão e de confiscação sem que haja razões palpáveis para esse feito", explicou o ministro do Comércio guineense, Vicente Fernandes. ANG/Lusa

Lavagem das mãos

Dia Mundial celebra-se sábado sob o lema “Está em suas Mãos Prevenir a Sepse na Assistência à Saúde”

Bissau, 04 Mai 18 (ANG) - O Dia Mundial de lavagem das mãos que se assinala amanhã, dia 5, celebra-se este ano sob o lema “Está em suas Mãos Prevenir a Sepse na Assistência à Saúde”.
 
A informação consta num comunicado à imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS), enviado à redação da Agência de Notícias da Guiné.

“O simples ato de lavar as mãos com sabão impede em 40 por cento a incidência de infecções tais como diarreia, gripe, erupções, doenças de pele, dores de garganta, infeções do ouvido e estômago”, lê-se na nota da OMS.

Segundo o documento, muitos fungos e germes se acumulam nas mãos e são facilmente transmitidos à outras pessoas através do aperto de mãos ou utilização comum de utensílios.

A OMS informa que o ato de lavar as mãos fomenta a segurança de pacientes assim como dos profissionais de saúde e de todas as pessoas com as quais se convive dia-a dia.

“Ao nível da saúde, a Sepse é um evento adverso relacionado à assistência que afeta mais de 30 milhões de pacientes anualmente em todo o mundo. Requer ações imperativas de prevenção destes eventos em serviços de saúde”, refere o comunicado.

A Organização Mundial de Saúde incentiva os profissionais que trabalham com os alimentos a tomarem medidas seguras de higiene tendo em conta a campanha de três eixos de intervenção.

Estes três eixos de intervenção, prosseguiu, são a adopção de cinco momentos para higienizar as mãos e prevenir a Sepse em serviços de saúde, adoptar a higiene das mãos como um indicador de qualidade em seu hospital e promoção da higiene das mãos para o controlo de infecção hospitalar.

O comunicado informa que na Guiné-Bissau muitas das vezes as regras de higienização das mãos não são respeitadas nos hospitais devido à falta de equipamentos e em alguns casos por negligência de certos profissionais.

A organização Mundial de Saúde sublinhou que a situação acima referida não é favorável nem para os pacientes, seus familiares e muito menos para os profissionais de saúde e que por isso, a campanha será dirigida tanto para os pacientes assim como para os profissionais de saúde.

“Apesar de melhoria na prestação dos serviços nos estabelecimentos de saúde da Guiné-Bissau, existe ainda muito por fazer, por isso a colaboração do governo, Sociedade Civil, parceiros e a população é extremamente indispensável", refere o documento. ANG/AALS/ÂC/SG


Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


“Não se pode pensar em democracia sem liberdade de imprensa”, diz Secretário-geral do Ministério da comunicação social

Bissau, 04 Mai 18 (ANG) – O Secretário-geral do Ministério da Comunicação Social, Rui Nfaque afirmou que não se pode pensar em democracia se os cidadãos não têm direito nem a liberdade de expressar as suas opiniões.

Rui Nfaque falava quinta-feira na conferência organizada pelo Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social(SINJOTECS) alusiva ao Dia Mundial da liberdade de imprensa, que decorreu sob o lema: “Manter a Vigilância sobre o poder: Media, Justiça e Estado de Direito”.

 Prometeu apoio aos jornalistas na investigação e divulgação das informações, apela aos eventuais lesados por crime de imprensa a recorrerem à instâncias judiciais sem violência, visto que, segundo a lei, todos têm direito à resposta.

Disse acreditar no uso de uma linguagem de reconciliação nacional, de unidade e da aproximação das sensibilidades por  parte da imprensa, nas próximas eleições.

A vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) ; Fátima Tchuma Camará afirmou que a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau está aquém das expectativas e que é impossível pensar nela enquanto os seus profissionais não possuem condições dignas para o exercício da profissão de qualidade reclamado por toda a classe social.

Fátima Tchuma Camará disse ainda que a liberdade de imprensa está  ameaçada devido a interferência estatal nas actividades dos jornalistas, sobretudo nos órgãos públicos, acrescentando que quando é assim não se pode contar com uma democracia sólida e o Estado do Direito.

“Almejamos uma imprensa livre da interferência estatal e de outras fontes do poder, porque queremos prestar um serviço público inclusivo e qualitativo”, afirmou Fatima Tchuma Camará, sustentando que a liberdade, justiça e democracia podem ser alcançados com uma imprensa livre, capaz de informar com rigor, imparcialidade e objetividade.

Por isso, prometeu não poupar esforços na luta pela liberdade de imprensa e por um salário justo e um jornalismo responsável, bem como a utilização de todos os canais legais para que os jornalistas aufiram de um ordenado equivalente ao seu trabalho.

A mesma opinião foi partilhada pelo vice-presidente do Sinjotecs para o Sector Privado, Sabino Santos, tendo avisado que, se a situação de precariedade prevalecer nos órgãos da comunicação social e na vida quase indigna dos seus profissionais, continuará a ser utópico falar da resistência às tentativas do poder político e económico.

“A informação é um direito e todos reclamam por jornalismo sério e independente mas são poucos os que pensam em que circunstancias e condições o jornalismo é exercido”, lamentou Santos ao discursar na cerimónia de encerramento da conferência.

Por isso, disse ser da responsabilidade do Sindicato de jornalistas levar esta preocupação a agenda dos que decidem  e de aqueles que podem ajudar para ultrapassar essa situação.

Sabino Santos reiterou o empenho da organização da classe na luta por um salário justo e um jornalismo responsável. ANG/LPG/ÂC/SG