sexta-feira, 4 de maio de 2018

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


“Não se pode pensar em democracia sem liberdade de imprensa”, diz Secretário-geral do Ministério da comunicação social

Bissau, 04 Mai 18 (ANG) – O Secretário-geral do Ministério da Comunicação Social, Rui Nfaque afirmou que não se pode pensar em democracia se os cidadãos não têm direito nem a liberdade de expressar as suas opiniões.

Rui Nfaque falava quinta-feira na conferência organizada pelo Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social(SINJOTECS) alusiva ao Dia Mundial da liberdade de imprensa, que decorreu sob o lema: “Manter a Vigilância sobre o poder: Media, Justiça e Estado de Direito”.

 Prometeu apoio aos jornalistas na investigação e divulgação das informações, apela aos eventuais lesados por crime de imprensa a recorrerem à instâncias judiciais sem violência, visto que, segundo a lei, todos têm direito à resposta.

Disse acreditar no uso de uma linguagem de reconciliação nacional, de unidade e da aproximação das sensibilidades por  parte da imprensa, nas próximas eleições.

A vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) ; Fátima Tchuma Camará afirmou que a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau está aquém das expectativas e que é impossível pensar nela enquanto os seus profissionais não possuem condições dignas para o exercício da profissão de qualidade reclamado por toda a classe social.

Fátima Tchuma Camará disse ainda que a liberdade de imprensa está  ameaçada devido a interferência estatal nas actividades dos jornalistas, sobretudo nos órgãos públicos, acrescentando que quando é assim não se pode contar com uma democracia sólida e o Estado do Direito.

“Almejamos uma imprensa livre da interferência estatal e de outras fontes do poder, porque queremos prestar um serviço público inclusivo e qualitativo”, afirmou Fatima Tchuma Camará, sustentando que a liberdade, justiça e democracia podem ser alcançados com uma imprensa livre, capaz de informar com rigor, imparcialidade e objetividade.

Por isso, prometeu não poupar esforços na luta pela liberdade de imprensa e por um salário justo e um jornalismo responsável, bem como a utilização de todos os canais legais para que os jornalistas aufiram de um ordenado equivalente ao seu trabalho.

A mesma opinião foi partilhada pelo vice-presidente do Sinjotecs para o Sector Privado, Sabino Santos, tendo avisado que, se a situação de precariedade prevalecer nos órgãos da comunicação social e na vida quase indigna dos seus profissionais, continuará a ser utópico falar da resistência às tentativas do poder político e económico.

“A informação é um direito e todos reclamam por jornalismo sério e independente mas são poucos os que pensam em que circunstancias e condições o jornalismo é exercido”, lamentou Santos ao discursar na cerimónia de encerramento da conferência.

Por isso, disse ser da responsabilidade do Sindicato de jornalistas levar esta preocupação a agenda dos que decidem  e de aqueles que podem ajudar para ultrapassar essa situação.

Sabino Santos reiterou o empenho da organização da classe na luta por um salário justo e um jornalismo responsável. ANG/LPG/ÂC/SG

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