Rejeitado pedido
de Lula da Silva contra a sua prisão
Bissau, 24 Mai 18 (ANG) – O Comité de Direitos
Humanos da ONU rejeitou um pedido do ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula
da Silva que reclamava uma acção urgente contra a sua prisão, disse hoje um
porta-voz do organismo.
Lula da
Silva pediu ao Comité que impusesse uma “medida cautelar” – uma disposição
prevista apenas se a pessoa corresse o risco de sofrer danos sérios ou
irreparáveis como tortura ou execução – contra a sua prisão.
“O Comité
dos Direitos Humanos não aplicará medida cautelar no caso de Lula da Silva”,
disse a porta-voz Julia Gronnevet, através de um e-mail, à agência francesa
AFP.
O pedido
de Lula da Silva foi apresentado a 06 de Abril, para evitar a sua prisão, que
ocorreu a 07 de Abril.
Em
Outubro de 2016, Lula da Silva, que já estava sob investigação por corrupção em
conexão com o escândalo na petrolífera Petrobras, havia apresentado uma queixa
junto do Comité, alegando que os seus direitos haviam sido violados.
Julia
Gronnevet assinalou quarta-feira também que a comissão ainda não havia decidido
sobre o mérito do caso relativo ao ex-Presidente Lula da Silva e que o processo
poderia durar pelo menos mais um ano.
O Comité
de Direitos Humanos é um órgão de supervisão do Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos. É responsável por garantir o cumprimento do
Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.
O antigo
chefe de Estado brasileiro, que quer concorrer à Presidência novamente em
Outubro, foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, no
Tribunal Regional da 4.ª Região (TRF4, segunda instância) em Janeiro.
A prisão
do ex-chefe de Estado está relacionada com um dos processos da Operação Lava
Jato, o maior escândalo de corrupção do Brasil. Lula da Silva foi condenado por
ter recebido um apartamento de luxo como suborno da construtora OAS em troca de
favorecer contratos com a petrolífera estatal Petrobras. ANG/Inforpress/Lusa
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