“A
política de moralização da vida pública visa a prestação de contas”, diz
Secretário de Estado do Tesouro
Bissau,25 Mai 18 (ANG) – O
Secretário de Estado do Tesouro afirmou que a recente política de moralização
da vida pública visa exigir as empresas públicas e institutos autónimos a
prestarem contas.
“A política de moralização da
vida pública em curso neste momento é no sentido de criação de bases para que o
futuro governo que saia das próximas eleições legislativas possa encontrar uma
administração pública mais bem organizada e estruturada”, esclareceu Suleimane
Seidi, em conferência de imprensa.
Aquele responsável disse que a
missão do atual governo é de realização das eleições, mas também devolver ou
garantir aos guineenses uma confiança numa vida melhor.
“Com o início da implementação
dessa política, o futuro governo já não irá ter a preocupação de iniciar um
novo processo que garanta a captação de receitas ou integração de todas as
entidades públicas no âmbito de administração financeira de Estado”, explicou.
O Secretário de Estado do
Tesouro salientou que o Ministério da Economia e Finanças não está a fazer nada
de novo, mas que a sua intervenção se limita apenas na aplicação das leis,
normas e dispositivos legais já existentes.
Disse que, a base legal dessa
política provém de conjuntos de leis e normas aprovados ao longo de tempo e que
infelizmente até ao momento não estavam a ser aplicadas.
“Vou dar alguns exemplos de
leis aprovadas nesse sentido. Temos o Código de Transparência de Gestão de
Finanças Públicas aprovado através do despacho número 1/2015 e que afirma que o
coordenador principal de todas as receitas públicas é o Ministério da Economia
e Finanças”, referiu.
Suleimane Seidi disse que
muitas empresas públicas não reconhecem as suas tutelas técnicas, acrescentando
a título de exemplo que várias Direções Gerais, empresas públicas não
reconhecem a tutela financeira do Ministério da Economia e Finanças sobre elas.
“Foi isso que motivou o desrespeito
de várias normas de boa gestão de fundos públicos aprovadas”, frisou,
sublinhando que essa situação faz com que as entidades públicas, ao longo dos
anos, produzam isoladamente orçamentos
que entenderem, e gerem as suas receitas de forma que entenderem sem prestar
contas a ninguém”, disse.
Segundo Suleimane, doravante
todas as empresas públicas e institutos autónomos devem passar a informar ao
Ministério das Finanças, o seu quadro do pessoal, salários fixados e outros
dispositivos.
“A partir de agora o
Ministério das Finanças passa a assumir a sua responsabilidade no controle de
todos os elementos de gestão do funcionamento das empresas públicas”, frisou.
Suleimane Seidi afirmou que
para a materialização dessa política, o governo através do Primeiro-ministro
que tutela o Ministério da Economia e Finanças, produziu um despacho que cria
uma Comissão de Monitorização e Implementação da referida política de controlo
de despesas públicas.
ANG/ÂC//SG
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