‟UNTG
não precisa de orientação política na sua reivindicação” disse seu secretário-geral
adjunto
Bissau, 22 de Mai 2018 (ANG) –
O secretário-geral adjunto da União Nacional dos Trabalhadores Guiné (UNTG), disse
hoje que esta Central Sindical não precisa de obter instruções de quem quer que
seja para definição da sua reivindicação.
Alfredo Djata reagia em
conferência de imprensa s recentes declarações do Primeiro-Ministro Aristides
Gomes na qual associou as reivindicações da UNTG com a política-partidária.
Aquele responsável qualificou estas
declarações do Primeiro-ministro, de “infundadas e sem nexo”.
‟Em vez de disponibilizar um
tempo para dialogar com a Central Sindical, optou por estratégia maquiavélico,
tentando assim desinformar os motivos da greve mesmo tendo em suas mãos, o pré-aviso
e decreto n°1 ⁄ 2017, de 25 de Janeiro” criticou o sindicalista.
O povo da Guiné-Bissau e
trabalhadores em geral não são ignorantes, por isso, o Primeiro-Ministro e o
ministro da Função Pública Fernando Gomes, devem abster da velha táctica maquiavélico, de retaliação, bloqueio de fundos e impedimento das viagens dos
representantes dos trabalhadores guineenses nas conferências internacionais.
Segundo Afredo Djata, a UNTG
não é parceiro de nenhum partido ou organização partidária, salientando que não tem
interesse nas agendas “egoístas e malignas dos actores políticos do país”.
Disse
que este facto significa que a definição do âmbito de actuação da Central Sindical
não depende da agenda dos partidos, nem de caprichos de políticos ou interesses
mesquinhos de alguns autores na sociedade.
Este líder sindical ainda
afirma que, o Primeiro-Ministro tem dever de respeitar o princípio da
legalidade plasmado na Constituição da República, acrescentando que e tudo que
faz deve fundamenta-lo num diploma legal.
“Significa que, apesar de ter
quase dezenas de conselheiros, não deve limitar-se a esbanjar erário público
sem explorar o conhecimento técnico e jurídico do assessor nesta área”,informou.
Considerou ainda de que na lógica
dos políticos guineenses, o Estado existe apenas para criar bem-estar dos
titulares dos órgãos de soberania e políticos. Adiantou que os servidores públicos
só devem trabalhar, chegar o serviço na hora, razão pela qual, o Ministério da
Função Pública instituiu aparelhos de controlo de assiduidade aos funcionários.
“Só quem não vive na Guiné-Bissau,
pode ser enganado pelos políticos, na medida em que, o drama de sofrimento dos
servidores públicos e trabalhadores em geral é notório. A título de exemplo se compara
a diferença salarial abismal existente entre titulares de cargo públicos e
simples agente administrativo”, criticou.
Ainda afirma que, nenhum
servidor público guineense consegue sobreviver com o magro salário que recebe,
mas os políticos continuam aumentar o nível de luxo quotidianamente.
‟O reajuste salarial é uma
medida puramente administrativa, tal e qual a medida adoptada pelo este governo
de Aristides Gomes para controlar empresas públicas e fundos autónimo de
Estado, porque ambas estão no mesmo decreto com a instituição da nova grelha
salarial” esclareceu.
Por fim, aconselha o governo
no sentido de cumprir o dever de fazer justiça salarial no país, cumprir todos
os pontos constantes no Memorando de Entendimento e priorizar o diálogo em vez
de perder tempo com bloqueios, porque nada influenciarão a determinação da
UNTG.
ANG/CP/ÂC
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