Finalmente detida a
"avó nazi" que negou oito vezes o Holocausto
Bissau, 09 Mai
18 (ANG) - A polícia alemã deteve segunda-feira Ursula Haverbeck, a mulher de 89
anos também conhecida como a "avó nazi" e condenada a dois anos de
prisão efetiva por negar o Holocausto e incitar ao ódio.
Haverbeck não se apresentou na prisão no dia 23 de abril, como lhe tinha
sido imposto, e estava em fuga desde essa altura.
Negou oito vezes a morte de seis milhões de judeus, naquele que foi o maior
genocídio do século XX, que apelidou de "a maior mentira da
História".
"Ursula Haverbeck-Wetzel não se
apresentou na instituição penal para iniciar a sua sentença de detenção até ao
final do prazo legal", disse a polícia alemã em comunicado, citada pelo Libération.
"Com base num mandado de detenção -
emitido a 4 de Maio de 2018 - , foi presa na segunda-feira, às 13.30, em
Vlotho", uma cidade alemã situada no estado de Renânia do Norte-Vestfália.
A detida deverá agora cumprir uma pena total de dois anos de prisão efetiva.
A "avó nazi" (Nazi-Oma, como é
chamada pelos meios de comunicação social alemães) tinha sido condenada a seis
meses de prisão em outubro de 2017. Em janeiro de 2016 declarara que o genocídio de
judeus nunca existira e negara ainda a existência de câmaras de gás em
Auschwitz.
Ursula Haverbeck também já tinha sido
condenada, em 2015, por declarar o Holocausto como "a maior mentira"
da história. Nunca tinha cumprido uma pena de prisão.
Mulher de Werner
Georg Haverbeck, ativista de extrema-direita, que morreu em 1999, fundou com o
marido uma instituição de ensino onde era ensinado aos alunos a negarem o
Holocausto. A instituiição foi encerrada em 2008.
Ursula Haverbeck
tem um site onde surge como uma
"lutadora destemida da verdade" e onde os seus seguidores lançaram um
apelo pela sua libertação, estando a planear uma manifestação de apoio para o
dia 10 de maio.ANG/DN
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