quinta-feira, 22 de novembro de 2018

RDC


ONU considera  eleições uma “oportunidade histórica” para transferência pacífica de poder

Bissau, 22 Nov 18 (ANG) -  O Conselho de Segurança da ONU considerou quarta-feira, em Nova Iorque, que as eleições gerais na RDC serão "uma oportunidade histórica" para a primeira transferência de poder democrática e pacífica, a consolidação da estabilidade e a criação das condições favoráveis ao desenvolvimento da RDC.
Segundo a RFI, num comunicado, o órgão de decisão da ONU instou os actores políticos congoleses a mais esforços para o sucesso do pleito.
O documento do Conselho de segurança da ONU foi publicado antes do lançamento oficial da campanha eleitoral pela CENI.
O Conselho apelou a todos os partidos políticos e ao governo a participarem pacificamente e de forma construtiva do processo eleitoral, a fim de assegurar eleições transparentes, pacíficas e credíveis com vista a preservação da paz e da estabilidade na RDC e na região.
Enfatizou também a importância de garantir a segurança dos candidatos e dos eleitores, durante o período da campanha, lançada oficialmente quarta-feira pelo presidente da Comissão Eeleitoral Nacional Independente (CENI), Corneille Nangaa, para as eleições de 23 de Dezembro de 2018.
A campanha propriamente dita iniciou nesta quinta-feira, 22, e termina no dia 22 de Dezembro.
O lançamento oficial da campanha eleitoral coincidiu com o regresso, em Kinshasa, do candidato único da oposição, Martin Fayulu Madidi, acompanhado de Adolphe Muzito e de Freddy Matungulu.
À sua chegada, Fauyulu deparou-se com um confronto que opunha a Polícia nacional, que utilizou gás lacrimogéneo contra os seus militantes. ANG/RFI

Infraestruturas



Bissau,22 Nov 18 (ANG) – O Governo, através do Ministério de Obras Públicas rubricou quarta-feira  acordos com 17 empresas de construção de estradas inclusive a da engenharia militar, que vai se ocupar da reabilitação dos troços Canchungo-Caió-Ponta Pedra.

Após assinatura doss acordo, o ministro das Obras Públicas, António Óscar Barbosa destacou as vias a serem recuperadas, numa extensão de 976 quilómetros de estradas.

“Vamos recuperar as estradas de Gabu, todas as avenidas desta região serão recuperadas ,e as de Bafatá e Canchungo igualmente. Vamos criar condições para darmos início em Bissau a rotunda de segunda esquadra até ao cemitério de Nghalá passando por Bissaque atingindo Bairro Militar. Enfim, há uma série de obras que vamos iniciar em Bissau”, explicou o governante.

Óscar Barbosa disse que, o mais importante para eles, é dar início aos trabalhos em zonas consideradas nucleares.
“Vamos começar já com Buba-Fulacunda-Nova Sintra, Mampata-Cacine”, acrescentando que vão igualmente atacar Gabu-Pirada, Sarre Bacar-Contuboel-Djabicunda, Sonaco -Paúnca-Gabú.

“São zonas que há 45 anos da nossa independência nunca tiveram tractores para arranjar as estradas”, destacou o ministro das Obras Públicas.

Por outro lado, apelou o maior empenho das empresas seleccionadas para os trabalhos da reabilitação das vias urbanas, tendo realçado a presença da empresa de Engenharia militar entre as contratadas.

Entretanto, o Diretor-geral de infraestruturas militares, o Comodoro  Agostinho Sousa Cordeiro afirmou que a engenharia militar tem capacidades e inovações para “dar mais ênfase à esse trabalho”. ANG/Rádio Sol Mansi

Direitos Humanos


      “Discurso de ódio já está em Portugal”, diz Amnistia Internacional
Bissau, 22 nov 18 (ANG) -  O director da Amnistia Internacional Portugal, Pedro Neto, alertou, em entrevista à agência Lusa, para a presença do discurso de ódio em Portugal, apontando o combate à discriminação como o maior desafio actual dos direitos humanos.
“O discurso de ódio já está presente em Portugal, já há laivos de populismo, que está a ver se consegue ganhar tracção e fazer caminho. Já está cá e é preciso que as pessoas estejam muito atentas para não se deixarem enganar”, disse Pedro Neto.
O director da Amnistia Internacional Portugal manifestou preocupação com “todo este discurso de ódio, de notícias falsas e da escalada da violência verbal nas redes sociais”.
“As pessoas já têm consciência de que os direitos humanos são assuntos de todos, todos os dias, mas há interesses que procuram manipular a opinião pública e conseguem fazê-lo muito rapidamente através das redes sociais. Isso é preocupante. Há interesses não condizentes com os direitos humanos a quem interessa demonizar os direitos humanos e quem os defende” para conseguir avançar as suas ideias, alertou.
Numa entrevista a propósito dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se assinalam a 10 de Dezembro, Pedro Neto sustentou que existe entre os portugueses “muita consciência” da importância dos direitos humanos, mas ressalvou que, nos casos do discurso de ódio, de interferência em eleições e do populismo, as pessoas acham ainda que só acontece em países como os Estados Unidos, a Rússia ou o Brasil.
As Nações Unidas comemoram ao longo deste ano os 70 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de Dezembro de 1948), efeméride a que se associam em Portugal as comemorações dos 40 anos da adesão à Convenção Europeia dos Direitos Humanos (09 de Novembro de 1978) e da ratificação (15 Junho de 1978) dos pactos internacionais de direitos civis e políticos e de direitos económicos, sociais e culturais, que lhe dão força jurídica. 
Numa avaliação à situação mundial dos direitos humanos, Pedro Neto afirmou-se como um “optimista preocupado” e alertou para os retrocessos registados nos últimos anos.
“Há um momento definidor que é o aumento e o crescimento do discurso de ódio e até da mentira como forma de manipulação mediática”, disse, apontando a eleição de Donald Trump como um marco desse retrocesso.
Reconhecendo que “à escala temporal” de 70 anos a “evolução foi imensa” em matéria de direitos humanos e que “o mundo está muito melhor”, Pedro Neto lamenta que “nos últimos poucos anos” se tenha “andado para trás”.
“A eleição de Donald Trump marca o tempo a seguir no ataque às pessoas, na discriminação generalizada a grupos mais vulneráveis e no recurso à mentira e à manipulação da mentira”, sustentou.
“A sua forma de estar, a retórica de ódio, de conflito, de ir muito à simplificação dos assuntos e dos problemas, um discurso que demoniza as outras pessoas. É uma forma muito concreta de dar azo à discriminação”, reforçou.
O director da AI destacou a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que considerou “lindíssima”, mas assinalou que os pactos que lhe dão força jurídica não são subscritos por vários países.
“Isso desresponsabiliza esses países de, através da força jurídica e da lei, protegerem os direitos humanos. Por isso, é preciso que os parceiros diplomáticos e as ONG [organizações não-governamentais] sejam uma voz forte de advocacia social e política para que estes países subscrevam e se submetam à força jurídica dessas convenções”, defendeu.
“Estamos no século XXI e há coisas nestas convenções que nem se discutem de tão magnânimas e aceites que são. Portanto, é a hora da coragem, de meter na força de lei os direitos humanos”, acrescentou.
Para Pedro Neto, os maiores desafios de direitos humanos são hoje o combate à discriminação e à falta de direitos económicos.
Por um lado, disse, a discriminação de mulheres, refugiados, comunidades LGBTI [Lésbicas, Gay, Bissexuais, Transgénero e Intersexo] e de outra raça, e por outro, a inexistência de direitos económicos para franjas da população.
“Numa altura em que o mundo poder ser próspero e em que é matematicamente possível que não morra ninguém de fome, que toda a gente tenha um teto para viver e onde dormir, que toda a gente tenha acesso a cuidados básicos de saúde, a questão da pobreza extrema e da pobreza em geral é o outro grande mal”, disse.
Portugal enfrenta, segundo Pedro Neto, também estes problemas de direitos humanos e destaca a violência racial por parte da polícia, as condições prisionais, a discriminação salarial das mulheres e no acesso a cargos de chefia e o problema de acesso à habitação.
“A questão da habitação afecta muitas pessoas em Portugal, já não apenas pessoas pobres, mas pessoas de classe média ou até pessoas com empregos que não pagam apenas o salário mínimo. Em determinadas situações, essas pessoas já têm dificuldades no acesso a uma habitação condigna, principalmente nos grandes centros urbanos”, disse. ANG/Inforpress/Lusa

Futebol



Bissau,22 Nov 18 (ANG) - A Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) já definiu todos os jogos da primeira jornada do Campeonato Nacional da primeira divisão para nova época desportiva 2018/2019, marcada para os dias 22 e 23 de Dezembro do corrente ano.

Segundo o comunicado oficial da Federação, citado pela Rádio Sol Mansi , o campeonato nacional da primeira divisão da Guiné-Bissau vai se iniciar no dia 22 e 23 de Dezembro.

Mas informa que a nova época desportiva será aberta oficialmente no dia 15/12/2018, com o jogo da Super Taça entre o tricampeão em título, o Sport Bissau e Benfica e a finalista que perdeu a taça da Guiné-Bissau “FC Cuntum”, no estádio Lino Correia.

O comunicado refere que no jogo inaugural da primeira jornada da (Guines-Liga), da nova época desportiva, o tricampeão nacional - Sport Bissau e Benfica começa a defesa do título com a recepção de Nuno Tristão Bula FC,  enquanto que o vice-campeão, a União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB) se  desloca para o norte do país para defrontar “Os Balantas de Mansoa” ,no estádio “Corca Sow”.

As equipas recém-promovidas à primeira divisão nacional, respectivamente, o Desportivo de Gabu e Atlético Clube de Bissorã vão iniciar o campeonato da primeira divisão nos seus redutos e perante os seus adeptos.

Os Cavalos Brancos de Cuntum irão apadrinhar o regresso de Gabu após 9 anos sem participar no convívio da maior prova do futebol guineense, no campo Leandro Vaz ,no leste do país.

No Norte da Guiné-Bissau, o campeão nacional da segunda divisão, Atlético de Bissorã vai ser apadrinhado no seu regresso ao convívio dos grandes de futebol nacional ,no seu campo, pelo Grupo Desportivo e  Recreativo de Farim.

Eis os restantes  jogos da 1ª jornada: dia:22(Sábado),  FC,Porto de Bissau/SC.Bafatá, Lagartos de Bambadinca/F.Pefine, Atletico de Bissorã,/Desportivo de Farim,  e Sporting Clube da Guiné-Bissau/Lobos de Pelundo

.Entretanto, ainda não foi realizado o sorteio para o arranque do campeonato nacional da 2ªdivisão (Guines-Bola) e tudo indica que a referida prova vai iniciar só no próximo ano -  2019. ANG/Rádio Sol Mansi