sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Diplomacia


Novos embaixadores entregam Cartas Credenciais  

Bissau, 18 Jan 19 (ANG) – Os novos embaixadores  da Alemanha, Cabo-Verde, Burkina Faso e da Federação Suíça, residentes em Dakar, entregaram  quinta-feira, as suas cartas credenciais ao Presidente da República José Mário Vaz.

A saída de audiência, o novo embaixador de Cabo-Verde Inácio Felino de Carvalho disse que está prevista para 2020 a abertura de uma embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau.

“Os dois países sempre foram amigos, e  cultivaram longa história comum, pelo que  não têm como andarem afastados um do outro”, disse.

Relativamente a esperada visita do Presidente Cabo-verdiano à Guiné-Bissau em Fevereiro do ano em curso, Inácio Felino de Carvalho salientou que neste momento, o seu país está a liderar a Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), acrescentando que é neste sentido que o Chefe de Estado cabo-verdiano vai desencadear uma visita á todos os países da Comunidade começando pela Guiné-Bissau.

Por seu turno, a Embaixatriz da Federação Suíça, Marion Weichelt Krpski disse que falou com o chefe de Estado guineense sobre as próximas eleições legislativas marcadas para  10 Março deste ano, cuja realização  considera importante para a estabilidade do país.

Weichelt Krpski acrescentou que abordaram com José Mário Vaz  a continuidade da cooperação entre os dois povos, e  sobre a abertura da embaixada da Guiné-Bissau na Suíça, como forma de poder ter um representante permanente, que irá se engajar da resolução dos assuntos do país.

De igual modo, o embaixador da Alemanha, Stephan Roken disse que o seu país, enquanto  parceiro da Guiné-Bissau, está interessado em saber o que está por detrás da crise política que se verifica no país ao longo do tempo.

“Esperamos que as próximas eleições agendadas para o dia 10 de Março, corram de forma desejada, para que a nossa cooperação possa manter firme, a fim de, juntos, promovermos o desenvolvimento sustentável para a Guiné-Bissau,” assegurou o Stephan Roken.

Entretanto, a última entrega foi feita pelo Embaixador da República de Burkina Faso, Jacob Ouedrogo, que depois da entrega da carta credencial ao Presidente da Guiné-Bissau José Mário Vaz, revelou que o seu país está desposto a manter a sua relação com a Guiné-Bissau, e ao mesmo tempo cooperar em todos os domínios.

“Podemos ter bastantes assuntos em comum para nos cooperar uma vez que pertencemos as mesmas organizações sub-regionais que são a CEDEAO e a UEMOA. Por isso, espero que tudo corra bem no próximo sufrágio agendado para o ano em curso,” disse o diplomata burquinabê que ainda revelou que os dois países prevêm para o próximo ano a realização de uma reunião de comissão mista para se identificar as áreas de cooperação a desenvolver. 

ANG/LLA/ÂC//SG

        
              
    

Crime


Assassinado jornalista que denunciou corrupção no futebol africano

Bissau,18 Jan 19(ANG) - O jornalista ganês Ahmed Hussein-Suale, que investigou um  mega esquema de corrupção no futebol africano, foi morto a tiro na noite de quarta-feira, 16, quando voltava para casa por desconhecidos que fugiram numa moto.

Ahmed Hussein-Suale foi morto quando regressava à casa por desconhecidos em Accra.
Colegas da equipa de investigação que integrava, a Tiger Eye, dizem que levou três tiros, em Madina, bairro da capital ganesa.

Há algum tempo, um deputado do partido no poder divulgou na televisão a foto de Hussein-Suale e prometeu uma recompensa a quem o espancasse.

Apesar de ter apresentado uma queixa na justiça, nenhuma acção foi tomada pelas autoridades.

Em Junho do ano passado foi divulgado o documentário "Number 12", produzido pela Tiger Eye, que denunciou um esquema de corrupção que envolvia de dezenas de árbitros ganeses e de outros países africanos, bem como do presidente da Federação Ganesa de Futebol, Kwesi Nyantakyi.

A Comissão Nacional da Imprensa condenou o assassinato e apelou à polícia para iniciar uma investigação aprofundada. ANG/Voa

Economia/finanças



Bissau,18 Jan 19 (ANG) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer que o Ministério Público (MP) trabalhe na redução da corrupção na Guiné-Bissau porque a governação económica é tão importante para a Guiné-Bissau.

Para o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), Óscar Melhado, a governação económica implica a redução da corrupção para que haja o desenvolvimento.

“Fizemos uma visita ao Procurador-geral da República porque a governação económica é tão importante para o país e implica a redução da corrupção por isso o MP deve procurar o mecanismo de perseguir casos de corrupções na Guiné-Bissau”, sustenta o representante do FMI.

Questionado se há indícios de corrupção na Guiné-Bissau, Óscar remeteu  disse que corrupção existe em todo o mundo por isso solicitou a intervenção do MP em vários casos mas, sem no entanto os identificar.

“Existe corrupção em todos os países por isso a luta contra esta prática não deve ser algo politizado, não deve ser utilizado como ferramenta política de amigos. Estamos atentos  ao trabalho que está a ser feito pelo MP”, refere Óscar Melhado .

Em relação ao apoio do FMI ao MP, Óscar Melhado, que acompanhou a missão do FMI liderado por Tobias Rasmussen, aponta aplicação das leis claras para que o Estado de justiça funcione como  desejado.

“Apoio do FMI é  tão importante ao MP, para que haja alta capacidade e no desenvolvimento económico. Num país que desenvolve deve haver aplicação das leis claras para que o estado de justiça funcione”, disse.

Em Maio de 2018,  Óscar Melhado, tinha denunciado a existência de práticas de “má-gestão e corrupção” em duas empresas estatais (a ARN e a AEGB) tendo pedido  ao primeiro-ministro a tomada de medidas urgentes para se combater essas práticas.
A missão do FMI se encontra de visita à Bissau no quadro de avalição do Programa de Crédito Alargado.ANG/Sol Mansi