Eleições Legislativas

GTAPE inicia atendimento de reclamações sobre erros no registo de eleitores 

Bissau, 25 Jan 19 (ANG) – O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE),inicia hoje o atendimento de reclamações sobre eventuais erros registados durante o recenseamento eleitoral, no território nacional e na diáspora, refere um comunicado da instituição.

Para o efeito convida à todos os  cidadãos inscritos bem como  entidades públicas envolvidas no processo a apreentarem as suas reclamações durante os próximos 15 dias que vai durar o atendimento, ou seja até ao dia 07 de fevereiro.

 “Ontem iniciou a impressão das listas provisórias, na presença de representantes dos partidos políticos, da Comissão Nacional de Eleições (CNE),Comissão Regionais de Eleições (CREs),Policia Judiciaria, da Ordem Pública e Agentes da Segurança do Estado, sob a observação atenta do auditor da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e demais personalidades ligadas ao processo eleitoral”, refere o comunicado.

O GETAPE informa ainda que os dados provisórios do recenseamento realizado apontam para o registo de 733.081 (Setecentos e trinta e três mil e oitenta e um) cidadãos eleitores, inscritos no  território nacional e na diáspora.

Findo o processo de reclamações, de acordo com o comunicado, os dados em causa serão validados , introduzidos e publicados nos cadernos eleitorais.

“As reclamações no processo de recenseamento eleitoral estão previstas na lei Eleitoral, como forma de assegurar a correcção de eventuais erros ou falhas no processo, visando garantir a fiabilidade e transparência do mesmo”, lê-se no comunicado.  

ANG/MSC/AC//SG

Ensino superior

Universidade “Colinas de Boé” inaugura biblioteca Fafali Koudawo 

Bissau, 25 Jan 19 (ANG) - A Universidade “Colinas de Boé” inaugurou na quarta-feira a Biblioteca, Fafali Koudawo, em homenagem a este falecido docente, que foi  reitor daquela instituição universitária.

Na ocasião, o actual reitor da referida universidade, Pedro da Costa disse que  Fafali Koudawo, falecido em 2015 era um homem que exaltava o desenvolvimento científico como via para a progressão de qualquer que seja país.

“É através do conhecimento científico e através das universidades  que podemos construir o futuro do nosso país. Assim sendo,  há necessidade de se investir no ensino superior com a finalidade de mudar o rumo das coisas”, defendeu Pedro da Costa.

O actual reitor da Universidade Colinas de Boé acrescentou que acreditar do desenvolvimento de conhecimento científico significa igualmente pautar pelo desenvolvimento e progresso da Guiné-Bissau.

Para o membro fundador da Universidade Colinas de Boé, João José Silva Monteiro (Huco), Fafali Koudawo era um homem de sabedoria e que fazia tudo na base do conhecimento científico.

Monteiro sublinhou que Fafali Koudawo será o eterno reitor daquela instituição universitária e que apesar de ter completado quatro anos do seu desaparecimento físico, continuará sempre nas memórias das pessoas, devido os conhecimentos que transmitiu para sociedade guineense em geral e também devido ao seu esforço em consolidar a paz no país.

Por sua vez, o secretário de Estado das comunidades, Queba Banjai lançou um apelo aos estudantes da universidade no sentido de seguirem os ideiais  de Fafali Koudawo.

“Actualmente se verifica a questão da concorrência, por isso, é necessário que cada um aproveite no máximo a sua formação para que no futuro possa mostrar o que realmente aprendeu, e também para que possa dar a sua contribuição ao desenvolvimento da nação”, disse Queba Banjai.

Fafali Koudawo foi um cidadão de origem togolesa que decidiu escolher a Guiné-Bissau como seu segundo país . Foi  director do Projecto Voz de Paz, historiador, reitor da Universidade Colinas de Boé, director de Jornal Kansaré, comentador de Radio Sol Mansi, professor universitário, entre outras funções. Teve formação em história e ciências política. Falava diferentes línguas dentre as quais: francês, inglês, português e espanhol . ANG/AALS/AC//SG

Legislativas 2019

Director Geral da INACEP protesta “exclusão” da empresa na produção de Cadernos Eleitorais

Bissau,25 Jan 19(ANG) – O Director-geral da Imprensa Nacional(INACEP), Empresa Pública, protestou ontem o que considera  de “exclusão” da empresa na produção de cadernos eleitorais, visando eleições legislativas de 10 de Março próximo .

“A Inacep, enquanto Imprensa pública nacional avançou com uma proposta para a produção de cadernos eleitorais como tem acontecido nas eleições legislativas e presidenciais de 2014 conforme a lei”, disse hoje Vladimir Djomel em conferência de imprensa.

Aquele responsável alegou que a Inacep foi criada com o estatuto especial de confeccionar, em termos gráficos, todos os trabalhos do Estado da Guiné-Bissau.

“Foi nesse quadro que desde que o processo eleitoral iniciou no país esta instituição foi sempre responsável pela produção de cadernos eleitorais”, sustentou.

 Vladimir Djomel salientou que foram convidados  pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE) a apresentar uma proposta visando a produção de cadernos eleitorais, acrescentando que a sua instituição apresentou as condições necessárias para o efeito.

“Enviamos a nossa proposta partindo da experiencia nas eleições de 2014 com uma factura na ordem de pouco mais de 57 milhões de francos CFA para a impressão de 55 mil exemplares necessários, de acordo com o número de cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais”, disse.

O Director Geral da Inacep disse que tiveram informações de que a empresa “360 V2”, apresentou uma proposta visando imprimir 50 mil exemplares de lista de recenseados no valor de 72 milhões de francos CFA, ou seja, montante muito superior ao valor apresentado pela Inacep.

“A Incaep apresentou a sua proposta baseando na lei porque o Suplemento do Boletim Oficial  número 31 do dia 7 de Agosto de 1978 e o decreto 22/78 e artigo número 4 ponto 2, alíneas a e b, determina  que todos os trabalhos do Estado devem ser feitas pela Inacep e na eventualidade de não poder executa-los deve solicitar aos seus parceiros, nomeadamente a Casa de Moeda de Portugal e outras instituições estatais de outros países”,referiu.

Vladimir Djomel disse não compreender a decisão do GTAPE  de atribuir a confecção dos cadernos eleitorais à empresa 360 V2, sem uma comunicação  prévia à outra empresa concorrente, neste caso a Inacep.

“Temos ainda informações de que a empresa 360 V2 tem ainda propostas adicionais de 30 milhões de fcfa para a realização do mesmo trabalho porque irá dar emprestado  as suas máquinas de impressão ao GTAPE”, revelou.

O Director Geral da Inacep promete avançar já amanhã, sexta-feira com uma providencia cautelar para impugnar o referido processo.

A ANG soube que 360 V2 é uma empresa privada de que é sócio gerente o antigo Director-geral da Inacep, Victor Cassamá.  

ANG/AC//SG