quinta-feira, 9 de maio de 2019

Togo


   Revissão constitucional permite Faure Eyadema  concorrer em 2020 e 2025
Bissau, 09 mai 19 (ANG) - Os deputados togoleses votaram quarta-feira, em Lomé, a revisão constitucional que prevê a limitação dos mandatos presidenciais, e que permite o Presidente Faure Gnassingbé a candidatar-se nas eleições de 2020 e 2025.
Segundo a AFP, a reforma constitucional foi aprovada por 90 dos 91 deputados presentes, e dois terços pertencem ao partido governante.
A principal coligação da oposição boicotou as legislativas de Dezembro de 2018.
A nova Lei magna togolesa indica que “o Presidente da República é eleito ao sufrágio universal, livre, directo, igual e secreto, por um mandato de cinco anos renovável uma vez.
“ Esta disposição apenas pode ser modificada através de um referendo”, sublinha o texto, precisando que os mandatos já cumpridos e o que está em vigor da nova Lei constitucional “ não são tidos em conta”.
O mesmo acontece com os deputados cujos mandatos são fixados por seis anos, renováveis apenas duas vezes.
Na actual Constituição, os deputados são eleitos por cinco anos mas o número dos seus mandatos não é limitado.ANG/RFI

Angola


                          Catumbela acolhe exercícios militares da CPLP

Bissau, 9 mai 19 (ANG) - O município benguelense da Catumbela, em Angola, vai acolher este ano os exercícios militares da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), denominados “Felino”, anunciou esta quarta-feira, o chefe de Estado-maior general das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Egídio de Sousa e Santos discursava numa reunião com as chefias dos diferentes ramos e serviços das forças armadas, bem como altas patentes militares, num encontro que visou preparar a 18ª edição dos exercícios da comunidade.
Segundo Santos  os exercícios têm como objectivo a preparação de um estado-maior e uma força-tarefa conjunta capaz de participar em missões de apoio à paz e de ajuda humanitária.
Explicou que o tema dos exercícios “Felino” do ciclo 2018/2019 é “operação de apoio à paz e de ajuda humanitária”, que no terreno será desenvolvida por uma força constituída por subunidades representativas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O general do Exército considerou importante a preparação contínua das forças armadas em operações para dar respostas a eventuais situações de crise, catástrofes e calamidade naturais.
A última edição (17ª) do Exercício Felino foi realizada de 18 e 29 de Setembro de 2017, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Estado brasileiro do Rio de Janeiro.ANG/Angop

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Greve na Função Pública





Bissau,08 Mai 19(ANG) - A sociedade civil guineense aponta a falta de vontade politica como factor que resultou na greve geral iniciada terça-feira pelas duas centrais sindicais do país, nomeadamente a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes e  União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG.
Fodé Carambá Sanha

Em entrevista à Radio Sol Mansi, o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, disse que a concretização desta greve na função pública tem a ver com a falta de vontade do governo em negociar com os sindicatos.

“No nosso entender, pensamos que podia se descartar esta greve se houvesse a vontade política do governo chamando os sindicatos para discutir possíveis entendimentos. Qualquer greve tem seu impacto negativo, seu efeito devastador no aspecto económico-social, razão pela qual achamos que é lamentável quando se concretiza uma greve”, afirma.

Caramba Sanhá aconselha ao governo para negociar com os parceiros a fim de se evitar as paralisações nos serviços públicos.

“Há muito tempo que o governo devia chamar à mesa os sindicatos para conversar e buscar uma solução. Os sindicatos são parceiros do governo, por isso merecem a atenção do mesmo”, concluiu.

A propósito, na semana passada na celebração do 1º de Maio, dia dos trabalhadores, as duas organizações sindicais do país “União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e Confederação Geral de Sindicatos Independentes” realizaram uma manifestação para exigir do executivo a harmonização de salários dos servidores públicos e o pagamento de salários referentes aos meses de Março e Abril, e anunciaram o início da greve de 3 dias, em curso, na função pública guineense. ANG/Rádio Sol Mansi

Greve na função pública


             Porta Voz da UNTG fala em  adesão superior a 90 por cento  
Bissau,08 Mai 19(ANG) – O porta-voz da comissão negocial da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), José Alves Té, disse que a adesão a greve foi  superior a 90 por cento após o cumprimento do primeiro de três dias da greve na função pública guineense.
Vista da sede da UNTG
“Quero agradecer à todos os funcionários pela aderência porque afinal sentiram na pela a forma como estão a ser tratados e ganharam a consciência ao ponto de reivindicarem os seus direitos. Portanto, quero informar a todas as estruturas filiais da UNTG que a adesão é superior a 90%”, disse.
José Alves Té afirmou que nunca foi o propόsito dos sindicatos irem para a greve,  a última arma dos trabalhadores, mas que, devido a falta de mecanismos de resolução dos problemas, foram empurrados para a via  da greve  como forma de fazer valer os seus direitos.
Referiu  que a UNTG entregou o caderno reivindicativo ao governo desde passado mês de janeiro, mas que nunca recebeu uma convocatória do executivo para se discutir alguns pontos elencados no caderno e que em Abril avançou com um pré-aviso de greve com 37 pontos em reivindicação.
Alves Té declara  que a comissão negocial de greve está disposta a sentar-se com governo assim que este solicitar as duas centrais sindicais do país  que reivindicam o pagamento dos salários de Março e Abril e o aumento do salário mínimo de 50 mil para 100 mil francos cfa. ANG/ÂC//SG

Política


                  MADEM-G15 impugna eleição da mesa da ANP junto ao STJ

Bissau,08 Mai 19(ANG) - O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM – G 15) entregou na semana passada, junto ao Supremo Tribunal de Justiça(STJ), um pedido de impugnação da eleição de presidente, do primeiro vice-presidente e restantes membros da Mesa da Assembleia Nacional Popular.
O anúncio da impugnação foi revelado pelo porta-voz do partido, Arcenio Djibril Baldé, que na sua comunicação aos jornalistas esta terça-feira, mostrou-se esperançado que os juízes conselheiros estarão à altura de fazer a interpretação correta das leis da República.
 “Espero que os juízes conselheiros tenham em consideração o interesse nacional, porque o juiz não faz o julgamento baseando apenas na lei, mas sim com a sua consciência e avalia também o interesse público que está em causa”, notou o porta-voz do MADEM, para de seguida, assegurar que a Guiné-Bissau está parada há quatro anos por responsabilidade de políticos e que alguns dos mesmos estão a brincar com o povo.
Reafirmou aos jornalistas a posição do seu partido em trabalhar durante a X legislatura na defesa da Constituição e das demais leis, contudo exortou a todos os atores políticos a conformarem-se com as disposições da Constituição da República e do Regimento da ANP.
O Madem G-15 responsabilizou ainda o PAIGC e os seus aliados políticos por aquilo que considera de “acusações infundadas” proferidas contra a figura do Presidente da República e pelos bloqueios político-institucionais com consequências económicas e sociais que, no seu entender, poderão mergulhar o país num caos total.
Ainda responsabiliza-os das consequências que possam advir desses seus “comportamentos irresponsáveis”, se continuarem a persistir no caminho da confrontação, do incitamento à desordem e à violência e da violação da Constituição da República e do Regimento da ANP.
Arcenio Djibril Baldé condenou toda e qualquer tentativa do PAIGC de criar equívocos sobre a independência política e os verdadeiros compromissos patrióticos do MADEM – G 15.
Ao Presidente da República, o MADEM G-15 renova seu apelo, na sua qualidade de garante da Constituição, a respeitar e fazer respeitar a Constituição da República e das demais leis da Guiné-Bissau.
Exigiu neste sentido aos libertadores (PAIGC) e aos seus aliados políticos para acatarem integralmente as recomendações constantes do comunicado final da missão ministerial da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), que apontam para a conclusão da composição da mesa do parlamento à luz dos resultados eleitorais das legislativas de 10 de março último e subsequente formação do governo.
A ANP já elegeu quatro dos cinco elementos que deverão constituir a mesa que preside o parlamento , faltando por eleger apenas o 2º vice-presidente, lugar destinado ao Madem G-15 mas que não foi preenchido por o candidato indigitado para essas funções pelo partido, Braima Camará não ter conseguido votos suficientes para o efeito, na primeira votação decorrida no dia 18 de Abril. ANG/O Democrata

Sociedade






Bissau,08 Mai 19(ANG) - A presidente da confederação das mulheres empresárias da Guiné-Bissau, Munira Jauad, defendeu terça-feira  maior envolvimento da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) na promoção do empreendedorismo feminino.

"A CPLP deve fazer mais pelas mulheres empresárias", afirmou aos jornalistas à margem do Fórum das Mulheres Empresárias da CPLP, que decorreu na Faculdade de Direito em Bissau, no âmbito do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura daquela organização.

Para Munira Jauad, o fórum serve precisamente para as mulheres falarem sobre a CPLP, as suas potencialidades e exporem as suas expectativas em relação ao empreendedorismo feminino.

"A CPLP tem uma missão muito importante e vamos desafiá-la a apoiar o empreendedorismo feminino", disse, salientando que há necessidade de criar fundos de créditos especializados para as mulheres.

A empresária guineense recordou também que a "mulher na Guiné-Bissau e em todo o lado do mundo ocupa hoje um papel muito importante na economia das famílias". ANG/Lusa


Comércio internacional


               “Guerra”  entre Estados Unidos e China sem fim à vista
Bissau, 8 mai 19 (ANG) - O Presidente Donald Trump anunciou que a partir de sexta-feira as taxas alfandegárias dos produtos chineses importados pelos Estados Unidos aumentarão de 10 para 25%, o que contraria o espírito positivo saído da última ronda a 3 de Maio em Pequim.
O anúncio do aumento de taxas aduaneiras de 10 para 25% foi feito este domingo (5/05) pelo presidente Donald Trump (como habitualmente através da sua conta twetter) e abrange cerca de 200 mil milhões de dólares de produtos importados anualmente da China,visando obrigar o gigante asiático a submeter-se às exigências americanas, para a conclusão de um acordo comercial mútuo.
Esta reviravolta do Presidente Trump, que em Dezembro suspendeu os aumentos das tarifas alfandegárias, devido à retoma positiva das negociações com a China (cuja última ronda teve lugar em Pequim no passado dia 3 de Maio), revela uma reescalada na tensão entre as duas maiores potênciais económicas mundiais, no momento em que uma nova ronda estava agendada para dia 8 de Maio.
Trump acusa a China de roubo de propriedade intelectual, de opôr barreiras à entrada de empresas norte-americanas no país, de subenvencionar as empresas públicas e pretende acima de tudo reequilibrar as trocas comerciais entre os dois países,de forma a reduzir o colossal défice bilateral dos Estados Unidos para com a China que foi de 378,73 mil milhões de dólares em 2018.
Trump denuncia ainda a demasiada morosidade de Pequim, que, segundo ele, pretende renegociar o acordo comercial, mas Pequim continua a preparar a nova ronda, embora de momento não se saiba se esta será anulada o que relançará a guerra comercial, ou adiada e neste caso, se o vice primeiro ministro chinês Liu He a presidirá como inicialmente previsto.
Se tal acontecer poderá seguir uma cimeira entre Donald Trump e Xi Jinping para assinarem um tratado comercial, que terá valor histórico.
Trump escreveu como sempre na sua conta twerter no domingo "durante 10 meses a China pagou aos Estados Unidos taxas de 25% sobre 50 mil milhões de dólares de produtos de alta tecnologia e de 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros produtos, estes 10% serão elevados a 25%  na sexta-feira...325 mil milhões de dólares de bens que a China nos expede serão brevemente sujeitos a 25% de taxas".
Este anúncio provocou uma queda imediata na segunda-feira (6/05) da moeda chinesa o yuan que perdeu 1,3% face ao dólar e da Bolsa de Shangai que perdeu 5%, bem como da Bolsa de Nova Iorque onde o índice de Dow Jones perdeu 1,61% e o Nasdaq 2,23%, bem como os das grandes multinacionais como Apple que perdeu 1,96% e Caterpillar que registou uma queda de 2,50%, ou ainda o sector de semi-condutores fortemente dependente das relações com a China, caso de Advanced Micro Devices que perdeu 4,29% ou Nvidia 3,25%.
Os mercados interrogam-se sobre se as ameaças do Presidente Donald Trump correspondem a uma mera técnica de negociação, ou se a guerra comercial entre os dois países se vai acentuar, mas alguns analistas avançam que estas ameaças têm apenas 40% de probabilidade de se concretizarem.  
Os Estados Unidos começaram a aumentar os direitos alfandegários aos produtos chineses no verão de 2018, o que suscitou uma retaliação imediata por parte da China e importaram em 2018, 539,5 mil milhões de dólares de produtos chineses, que ameaçam aumentar para 25% se não for concluido um acordo.
Donald Trump publicou esta segunda-feira um novo tweet, indicando que os Estados Unidos perdem anualmente entre 600 e 800 mil milhões de dólares nas suas trocas comerciais e que só com a China perdem 500 mil milhões de dólares.
As exportações chinesas para os Estados Unidos representam cerca de 5% do PIB chinês, enquanto as exportações dos Estados Unidos para a China equivalem a 0,5% do PIB norte-americano, logo em caso de guerra comercial aberta Pequim terá mais a perder do que Washington. ANG/RFI


CPLP


     “Mobilidade  deve avançar a duas velocidades”, diz secretário-executivo

Bissau, 8 mai 19 (ANG) – O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse terça-feira que o projecto da mobilidade no espaço daquela organização pode avançar a duas velocidades, mas não garante que em Julho possa ser assinado o primeiro acordo.
“Percebemos que dada a natureza da CPLP, que tem descontinuidade geográfica e níveis de desenvolvimento económico diferenciados, neste momento era difícil encontrar um projecto comum que englobasse todos os Estados-membros.
De forma que o que está em cima da mesa é uma abordagem flexível e gradual”, afirmou o embaixador Francisco Ribeiro Telles, em declarações aos jornalistas, à margem do III Encontro sobre Mobilidade Académica na CPLP, que decorreu na sede da organização em Lisboa.
“Isto significa que podemos ter uma CPLP de geometria variável, isto é, se dois países quiserem avançar mais cedo, ou quatro ou cinco, no que diz respeito à mobilidade, não ficam à espera de todos os outros”, acrescentou.
As decisões na CPLP são tomadas por consensos, lembrou o diplomata, adiantando que neste momento haver consenso entre os nove estados-membros em relação à mobilidade “talvez fosse difícil de alcançar”.
Quanto aos países que querem avançar já e os que não querem, Ribeiro Telles recusou-se a indicar algum.
Quando questionado sobre se mantém a esperança de que o acordo para a mobilidade académica possa avançar já em Julho, durante o Conselho de Ministro da organização, a decorrer em Cabo Verde, respondeu: “Continuo com esperança que durante a Presidência de Cabo Verde, que é de dois anos, sejam dados passos importantes em relação à mobilidade. Mas não me comprometo com calendários”.
Em 2017, Cabo Verde e Portugal apresentaram uma proposta conjunta de mobilidade interna, que prevê a criação de um regime de autorizações de residência válido para todos os países da CPLP.
Este regime está fundado no critério da nacionalidade, mas pressupõe o reconhecimento recíproco de habilitações académicas e qualificações profissionais e a portabilidade dos direitos sociais.  ANG/Inforpress/Lusa

Ambiente


       Oito países da UE pedem acção imediata contra aquecimento global

Bissau, 8 mai 19 (ANG) – Oito países da União Europeia, Portugal incluído, lançaram terça-feira um apelo no âmbito da cimeira europeia de Sibiu, na Roménia, para se “agir agora” contra o aquecimento global.
“Devido à sua importância fundamental para o futuro da Europa, como desafio e como oportunidade, a luta contra as alterações climáticas deve ser a pedra angular da agenda estratégica europeia para o período 2019-2024”, diz o texto, assinado, além de Portugal, pela Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Luxemburgo, Holanda e Suécia.
O texto foi enviado a todos os Estados membros, com a esperança de que “outros o assinem antes ou depois de Sibiu”, segundo uma informação divulgada pelo Governo francês.
A iniciativa, segundo a presidência francesa, partiu dos países “mais ambiciosos em matéria climática”, numa altura em que os dirigentes europeus devem discutir em Sibiu a agenda europeia para os próximos cinco anos.
“Os dirigentes devem agir agora” para que “a transição para uma sociedade climaticamente neutra” seja “justa e socialmente equilibrada para todos”, diz o documento.
Nele apela-se também à União Europeia para que respeite o objectivo de atingir a neutralidade de emissões de gases com efeito de estufa até 2050 o mais tardar.
“É crucial redireccionar os fluxos financeiros, públicos e privados, para a acção climática”, com “pelo menos 25% das despesas” do orçamento europeu consagradas “a projectos destinados a lutar contra as alterações climáticas”, segundo o texto, no qual se precisa que esse orçamento “não deve financiar mais projectos prejudiciais à realização deste objectivo” de redução de gases com efeito de estufa.
O documento apela ainda “à transformação do BEI” (Banco Europeu de Investimentos), para tornar “o investimento verde na sua prioridade”.
A dois dias da cimeira informal de líderes da União Europeia em Sibiu dezenas de organizações de vários sectores de países da Europa exigiram hoje a tomada de medidas decisivas para responder às alterações climáticas.
No propósito juntaram-se cidades e regiões, empresas, grupos juvenis e religiosos, organizações da sociedade civil, organizações de direitos humanos, de desporto e de saúde, todos exigindo que os líderes europeus alterem a maneira como as sociedades e economias se desenvolvem, para limitar o aumento da temperatura global.
Os signatários exigem que os líderes da União Europeia, actuais e futuramente eleitos, respondam à mobilização pública, comprometendo-se publicamente a tornar a acção climática uma prioridade.
Acelerar as acções para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, planear o fim do uso de combustíveis fósseis e aumentar os esforços para implantar uma economia circular são algumas das exigências dos subscritores. ANG/Inforpress/Lusa

terça-feira, 7 de maio de 2019

Economia





Bissau,07 Mai 19 (ANG) - Uma missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou segunda-feira uma avaliação da execução orçamental e das perspectivas do desenvolvimento da economia da Guiné-Bissau em 2019, disse o chefe da equipa, Tobias Rasmussen.

A equipa do FMI, que deverá permanecer em Bissau durante uma semana, manteve segunda-feira a primeira reunião de várias consultas a efetuar com as autoridades económicas e políticas guineenses, do setor público e privado, com o primeiro-ministro, Aristides Gomes, que é também titular da pasta da Economia e Finanças.

Em curtas declarações aos jornalistas, o chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, Tobias Rasmunssen, disse que a sua equipa vai “ter um olhar atento” às previsões orçamentais de 2019, com ênfase no que já foi feito naquele capítulo até aqui e ainda “procurar um entendimento com o Governo” quanto ao desenvolvimento da própria economia guineense.

Rasmunssen reafirmou a convicção que o FMI já tinha, desde a última avaliação feita em janeiro, que apontava para uma previsão do crescimento da economia guineense em 5% este ano.
 “Não temos nada que vá contra a previsão de 5%, por ora é isto, mas veremos”, declarou o responsável.

Na avaliação feita em janeiro, o FMI concluiu ter havido um decréscimo no desenvolvimento económico da Guiné-Bissau em 2018, fruto da baixa na produção e na queda do preço do caju no mercado internacional. O caju é principal produto agrícola e de exportação do país.

As exportações do caju caíram em cerca de 25%, o que motivou que o crescimento do Produto Interno Bruto real tenha caído para 3,8% em 2018 contra os cerca de 6% registados entre 2015 e 2017, dizia Tobias Rasmunssen, no final da missão efetuada em janeiro.

Para 2019, o FMI aponta para melhorias no desenvolvimento económico, a partir de propostas indicadas no orçamento elaborado pelo Governo, nomeadamente consolidação de medidas de reforço da administração fiscal, entrada em vigor de duas novas leis tributárias, cobrança de imposto de selo sobre o transporte aéreo e ajustamento das taxas de alguns impostos.

No entanto, a instituição financeira internacional alertava para a necessidade de ser preservado “um ambiente propício” para atividade do setor privado e ainda assegurar “medidas transparentes e concorrenciais” para a campanha de comercialização da castanha do caju, para que a retoma do crescimento económico possa ser uma realidade em 2019.ANG/Lusa 



Migração





Bissau,07 Mai 19 (ANG) - O Presidente  José Mário Vaz, promulgou a lei para combater o tráfico de migrantes, refere a Presidência guineense, em comunicado divulgado à imprensa.

“A presente lei tem por objectivo prevenir, combater, criminalizar o tráfico de migrantes, bem como promover a cooperação interna e internacional, protegendo ao mesmo tempo os direitos dos emigrantes”, salienta a Presidência guineense.

Segundo o comunicado, a lei visa também adaptar a legislação da Guiné-Bissau à tendência mundial de tráfico de migrantes, à qual o país “não está imune, criando um quadro normativo para “reprimir e controlar” uma prática que “coloca em causa a segurança de Estado, bem como os direitos fundamentais das pessoas”.

A lei segunda-feira aprovada aplica-se a todas as formas de tráfico de migrantes, independentemente de estar ou não relacionado com crime organizado, sublinha ainda a Presidência guineense. ANG/Lusa


Sociedade


  Líder religioso  pede autoridades políticas para trabalharem  para o bem do país

Bissau,07 Mai 19 (ANG) - O chefe religioso guineense, residente no Senegal, exortou , segunda-feira, as autoridades nacionais da Guiné-Bissau no sentido de esquecerem dos seus problemas pessoais e trabalharem para o bem do país, proporcionando a população  um clima de estabilidade e de paz como outros países do mundo.

Sherif Mohamed Aidara fez esta chamada de atenção à saída do encontro com a direcção superior do Partido da Renovação Social (PRS), realizado na sua sede em Bissau.

Na ocasião, Mohamed Aidara disse que em qualquer conflito há sempre um culpado, porque não é possível responsabilizar toda gente, por isso é preciso cultivar diálogo como arma para ultrapassar as diferenças, perdoar-se uns aos outros e aceitar o próximo com todas as suas diferenças.

“Foi essa mensagem que transmitimos aos dirigentes do Partido da Renovação Social, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-15) e outros partidos com quais mantivemos ainda contatos “, explicou.

Disse que pediu aos responsáveis dos referidos partidos para que esqueçam os seus problemas pessoais e pensem no povo guineense que já está cansado de ver o futuro do país a ser adiado cada dia com constantes crises políticas e institucionais, que não ajudam em nada.

Este líder religioso considera de “uma autêntica vergonha” o facto de o país estar frequentemente a recorrer às delegações das organizações sub-regionais para ajudar na resolução dos problemas que os próprios filhos da Guiné-Bissau podem resolver internamente. 

“Não devemos continuar a permitir essa situação no país. Nos outros países quando há um desentendimento os mais velhos são obrigados a intervirem para aconselhar e reconciliar as partes desavindas. Decidimos por iniciativa própria sair do Senegal para pedir atores nacionais para se perdoarem para o bem da nação guineense. Somos Sherifs descendentes do profeta e temos a obrigação de trabalhar para o bem-estar’’, destacou.

A nova crise política e parlamentar deve-se a composição da Mesa de Assembleia Nacional Popular, sobretudo com a reprovação da candidatura do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará ao cargo de segundo vice-presidente do parlamento.

Outro estrangulamento tem a ver com o preenchimento do posto de primeiro Secretário da Mesa da ANP, que os renovadores (PRS) reclamam ter direito. 

Sherif disse ter recebido garantias dos dirigentes dos renovadores em como irão considerar os conselhos dos mais velhos e trabalhar para o bem da nação guineense.ANG/ÂC//SG

Brasil


                 Justiça  aceita novas acusações contra   Michel Temer

Bissau, 07 Mai19 (ANG) – A justiça Federal de Brasília aceitou novas acusações de corrupção contra o ex-Presidente brasileiro Michel Temer, de 78 anos, que já responde formalmente em cinco casos e é investigado noutros sete.
Temer é agora acusado de associação ilícita e obstrução de justiça, acusações que são estendidas aos seus ex-ministros Eliseu Padilha e Wellington Moreira Franco, dois dos colaboradores mais próximos durante o seu Governo, que terminou no dia 01 de Janeiro, quando entregou o poder ao político da extrema-direita Jair Bolsonaro.
As acusações foram formuladas pela Procuradoria-Geral da República brasileira em 2017, mas o possível julgamento foi bloqueado pela Câmara dos Deputados, que impediu o processo de destituição de Temer.
Uma vez que Michel Temer deixou o cargo de chefe de Estado, as questões para as quais ele tinha sido denunciado no Supremo Tribunal foram distribuídas pelos tribunais de primeira instância penal que, como o caso aceite hoje, já deram seguimento a seis das 13 acusações apresentadas pelo Ministério Público.
Este novo caso pelo qual o ex-governante responderá refere-se a alegadas comissões recebidas do grupo de carnes J&F por eventuais “favores” feitos, de acordo com a acusação.
Temer assumiu o poder em Maio de 2016, depois do processo de destituição (‘impeachment’) da então Presidente Dilma Rousseff, com quem ele trabalhou como vice-Presidente.
O político, que durante mais de uma década presidiu ao partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser preso preventivamente durante quatro dias em Março deste ano, por suspeitas de corrupção, como suposto membro de uma rede que desviou dinheiro público durante 40 anos.
Michel Temer negou todas as acusações de forma veemente e considerou-se vítima de uma “perseguição política”, o mesmo argumento usado pelo ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde Abril do ano passado, condenado por corrupção. ANG/Inforpress/Lusa

Política




Bissau, 07 mai 19 (Lusa) - Os quatros partidos guineenses que formam a maioria no parlamento  depois das legislativas de 10 de Março, acusaram o Presidente da República, José Mário Vaz, e aliados de tentarem criar um "ambiente de tensão" no país.

"Os partidos reunidos nesta maioria parlamentar para a estabilidade governativa decidem responsabilizar o Presidente da República e os partidos a ele associados por todo o ambiente de tensão e perturbação social que pretendem instaurar no país", referem, em comunicado, com data de sábado, e a que a Lusa teve segunda-feira acesso.

No comunicado, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para a Mudança (UM) e Partido da Nova Democracia (PND) referem também a sua "absoluta indisponibilidade em negociar as leis da República" e a sua "determinação intransigente em respeitar e fazer cumprir a Constituição".

Os quatro partidos, que assinaram um acordo de incidência parlamentar e governativa e juntos representam 54 dos 102 deputados do hemiciclo guineense, alertam também a comunidade internacional para a "gravidade da situação política prevalecente no país eventualmente agravada pelos posicionamentos menos assertivos e pouco transparentes de alguns dos seus membros".

A Guiné-Bissau realizou eleições legislativas em 10 de Março e quase dois meses depois ainda não foi indigitado um primeiro-ministro, nem um novo Governo.

O novo impasse político na Guiné-Bissau surgiu em 18 de abril, logo após a cerimónia de tomada de posse dos novos deputados, com a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Depois de os deputados terem reconduzido no cargo Cipriano Cassamá, do PAIGC, e eleito Nuno Nabian, líder APU-PDGB para primeiro vice-presidente, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), segundo partido mais votado nas legislativas, não conseguiu fazer eleger para o cargo de segundo vice-presidente do parlamento o seu coordenador nacional, Braima Camará.

O Madem-G15 recusa avançar com outro nome para o cargo.

O Partido de Renovação Social (PRS), terceira força mais votada nas legislativas de 10 de março, também reclama a indicação do nome do primeiro secretário da mesa do parlamento.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que tem mediado a crise política na Guiné-Bissau, deslocou-se na semana passada a Bissau e pediu aos atores políticos guineenses diálogo construtivo, para colocarem os interesses do país em primeiro lugar e pediu urgência na nomeação do primeiro-ministro e do Governo.

A Guiné-Bissau deverá realizar eleições presidenciais ainda este ano, já que o mandato do Presidente José Mário Vazdo  termina a 23 de  Junho próximo.
ANG/Lusa


Angola


                Autoridades  encerram mesquitas em tempo de Ramadão
Bissau, 07 mai 19 (ANG) - O encerramento de mesquitas nas províncias do Zaire, Uíge, Cabinda e Lundas Norte e Sul, segundo a RFI, obrigou muitos muçulmanos de Angola a irem para a vizinha RDC.
Aly António Muhalia, secretário regional do Islão na Lunda, declarou ao  correspondente da RFI em Luanda, Daniel Frederico, ser uma violação da liberdade do culto muçulmano.
"É uma violação da nossa liberdade de culto e, deste modo, não teremos outra opção a não ser emigrarmos para a RDCongo para realizarmos as nossas orações, porque as autoridades estão insensíveis às nossas solicitações".
Muhalia acrescentou que “infelizmente estão encerradas no total 39 mesquitas e que estão impedidos de  fazer os cultos, quem sabe fazer o tarawih (a oração da noite em comunhão com a leitura em voz alta do Alcorão).
“Devem fazer apenas duas pessoas, porque se forem 5 ou mais , e se a segurança de estado nos encontre, é prisão", contou.
A religião islâmica ainda não é reconhecida pelas autoridades angolanas, mas noutras províncias angolanas, como na capital do país, as atividades dos muçulmanos "decorrem na normalidade" mas nas províncias como Cabinda, Zaire, Uíge e Lunda Norte, continua com restrições.
Os muçulmanos cumprem o mês sagrado do Islão que se prolonga até 04 de junho.ANG/RFI

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Sociedade civil


Mulheres Facilitadores de Diálogo desdobram-se em contactos para ultrapassar impasse na ANP

Bissau,06 Mai 19(ANG) – A Comissão de Mulheres Facilitadores de Diálogo manteve hoje um encontro com a Direcção Superior do Partido da Renovação Social(PRS) visando encontrar uma solução para o impasse na constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular(ANP).

Em declarações à imprensa à saída do encontro, a coordenadora da referida Comissão, Francisca Vaz Turpin disse que o objectivo da reunião vai  no sentido de levar a  direcção dos renovadores a  enveredar-se ao  diálogo para o desbloqueamento da situação da composição da mesa de ANP.

Sublinhou que, na passada semana já tinham entabulado contactos com a Direcção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) e do Movimento para Alternância Democrática(MADEM-G15) com o mesmo objectivo.

“Neste momento estamos a fazer um trabalho intensivo de forma a sentarmos igualmente a mesma mesa com o Governo para que, pelo menos até ao fim da semana, podermos ter  um novo Governo e um parlamento a funcionar plenamente”, disse Francisca Vaz.

Perguntada sobre que resposta obtiveram da Direcção do PRS, respondeu que está muito aberta aos diálogo e que prometera não fazer quaisquer objecções ao entendimento possível sobre a constituição da mesa da ANP.

Os partidos representados no parlamento não conseguem preencher o lugar de 2º vice-presidente da ANP desde que a candidatura de Braima Camará fora chumbada em resultado de uma votação, no passado dia 18 de  Abril.

O lugar fora conquistado pelo Madem G-15, segundo partido mais votado nas eleições de 10 de Março, mas o seu preenchimento é feito mediante votação por maioria dos deputados.

Depois da reprovação e numa reunião promovida pelo presidente da ANP, Cipriano Cassamá, a maioria parlamentar liderada pelo  PAIGC sugeriu que o Madem G-15 indigitasse outra pessoa para esse cargo, o partido não o fez e o lugar ficou por preencher até então. ANG/ÂC//SG