Bissau,07 Mai 19 (ANG) - Uma missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou segunda-feira uma avaliação da execução orçamental e das perspectivas do desenvolvimento da economia da Guiné-Bissau em 2019, disse o chefe da equipa, Tobias Rasmussen.
A equipa do FMI, que
deverá permanecer em Bissau durante uma semana, manteve segunda-feira a
primeira reunião de várias consultas a efetuar com as autoridades económicas e
políticas guineenses, do setor público e privado, com o primeiro-ministro,
Aristides Gomes, que é também titular da pasta da Economia e Finanças.
Em curtas declarações
aos jornalistas, o chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, Tobias
Rasmunssen, disse que a sua equipa vai “ter um olhar atento” às previsões
orçamentais de 2019, com ênfase no que já foi feito naquele capítulo até aqui e
ainda “procurar um entendimento com o Governo” quanto ao desenvolvimento da
própria economia guineense.
Rasmunssen reafirmou a
convicção que o FMI já tinha, desde a última avaliação feita em janeiro, que
apontava para uma previsão do crescimento da economia guineense em 5% este ano.
“Não temos nada que vá contra a previsão de
5%, por ora é isto, mas veremos”, declarou o responsável.
Na avaliação feita em
janeiro, o FMI concluiu ter havido um decréscimo no desenvolvimento económico
da Guiné-Bissau em 2018, fruto da baixa na produção e na queda do preço do caju
no mercado internacional. O caju é principal produto agrícola e de exportação
do país.
As exportações do caju
caíram em cerca de 25%, o que motivou que o crescimento do Produto Interno
Bruto real tenha caído para 3,8% em 2018 contra os cerca de 6% registados entre
2015 e 2017, dizia Tobias Rasmunssen, no final da missão efetuada em janeiro.
Para 2019, o FMI aponta
para melhorias no desenvolvimento económico, a partir de propostas indicadas no
orçamento elaborado pelo Governo, nomeadamente consolidação de medidas de
reforço da administração fiscal, entrada em vigor de duas novas leis
tributárias, cobrança de imposto de selo sobre o transporte aéreo e ajustamento
das taxas de alguns impostos.
No entanto, a
instituição financeira internacional alertava para a necessidade de ser
preservado “um ambiente propício” para atividade do setor privado e ainda
assegurar “medidas transparentes e concorrenciais” para a campanha de
comercialização da castanha do caju, para que a retoma do crescimento económico
possa ser uma realidade em 2019.ANG/Lusa
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