“A escola deve ser a cara que representa o país”, diz o Director
Executivo da ANADEC
Bissau, 31 mai 19 (ANG)
– O Director Executivo da Acção Nacional para o Desenvolvimento Comunitário
(ANADEC), Iancuba Indjai disse que a escola deve ser a cara que representa o
país porque aí é que se desenvolve as inteligências e competências.
Iancuba Indjai que falava quinta-feira na cerimónia
da abertura do 2º ateliê sobre Controlo Social das Políticas Públicas e
Trabalho em Rede, do Projecto “Bô Bin Sibi”, disse que é importante e urgente
que o governo e as organizações da sociedade civil invistam no
sector da educação e reflitam sobre a qualidade do ensino que as crianças vão receber,
porque, senão, vão estar a criar falsas expectativas para o país.
"Se o país não
está a investir na educação, com certeza vamos ter uma sociedade turbulenta,
analfabeta que não vai conseguir desenvolver-se em nada. Hoje temos sinal
visível a nível dos políticos que na sua maioria não tem bom nível de instrução
e de profissão, por isso, o problema que pode ser resolvido num instante leva
muito tempo, porque não estão preparados", disse Indjai.
O activista disse ainda
que as infra-estruturas escolares precisam de investimento, tanto a nível
humano assim como material, considerando que o ensino está fraco porque há
falta de capacitação para educadoras, professores, e fraca actuação da
inspecção, acrescentando que sem essa capacitação vai ser difícil a
implementação do ensino de qualidade.
Aquele responsável culpou
o governo pelos fundos irrisórios disponibilizado ao Ministério da Educação pelo
Orçamento Geral do Estado, justificando que a nível do pré-escolar o executivo
só assumiu 25 por cento, os restos ficam para organização da sociedade civil e as
iniciativas comunitárias, que segundo ele, é um fardo pesado para as
organizações.
Por seu turno, o Coordenador
Nacional da Associação de Solidariedade Internacional (ESSOR), Romuald Djite
informou que a sua organização está a desenvolver um novo curso de animador
comunitário em parceria com outras organizações como Humanité Inclusion
(Humanidade Inclusão Universal) ,destinados aos 15 jovens, e que os outros 100 estão a beneficiar de formação profissional na
área de atendimento, cabeleireiro entre
outras.
Disse que depois da formação essa organização vai fazer lobbys
para que esses jovens consigam emprego.
Revelou que vai começar daqui a um mês, um
projecto que vai englobar a
Guiné-Bissau, Tchad e Moçambique e que vai ter uma vertente de apoio aos
jovens.
O referido projecto,
segundo Djite, vai actuar nas duas principais vertentes: uma sobre o
atendimento - orientação nos balcões de informações sociais e profissionais,
que vai funcionar nos quatros bairros da capital, nomeadamente, Míssira, Belém,
Bairro Militar e Cuntum Madina, e a segunda que consistirá no apoio
institucional às organizações da sociedade civil.
“Antigamente, quando as
pessoas vinham com seus problemas nos balcões, orientávamos para os serviços
sociais que as vezes não têm a capacidade para responder aos problemas dos
moradores dos bairros onde actuamos, neste momento temos uma linha financeira
para responder os problemas das pessoas que não tiveram a solução nos serviços
sociais”, informou Romuald Djite.
Associação de
Solidariedade Internacional (ESSOR) e seu parceiro Acção para o Desenvolvimento
Comunitário (ANADEC) estão a intervir nas áreas de educação, formação e
inserção profissional e cidadania nos bairros de Míssira, Bairro Militar e
Cuntum Madina. ANG/DMG/ÂC
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