Ramaphosa inicia
mandato prometendo “dias melhores”
Bissau, 27 mai 19 (ANG) -O presidente sul-africano, Cyril
Ramaphosa, iniciou sábado seu mandato, prometendo ao país "dias
melhores".
O chefe de Estado terá o desafio de relançar a economia e
erradicar a corrupção.
A África do Sul ainda é um dos países com maior desigualdade
social e o desemprego atinge a faixa dos 27%.
Cerca de 35 mil espectadores, os membros mais notáveis da classe
política local e 40 chefes de Estado e governo assistiram ao juramento, no
estádio de rúgbi da capital, Pretória. Ramaphosa, 66 anos, foi reeleito esta
semana pelos deputados, após a vitória de seu partido, Congresso Nacional
Africano, nas eleições legislativas do último dia 8, com 57,5% dos votos, seu
índice mais baixo até então.
Desde a Sua chegada ao
poder, há um ano, Ramaphosa reitera que quer virar a página do governo
calamitoso de Jacob Zuma (2009-2018)afetado por uma série de escândalos
políticos e financeiros que prejudicaram o Estado e o partido. "Uma nova
era se inicia para o nosso país. Dias melhores se anunciam para a África
do Sul” , proclamou Ramaphosa,
assinalando que "é hora de construirmos o futuro que desejamos".
"Proclamamos que, quando festejarmos o 50º aniversário da
nossa libertação, as necessidades essenciais de todos nesta terra terão sido
atendidas. Os desafios que enfrentamos são reais e não são insuperáveis",
assinalou o presidente.
Acusado de corrupção, o ex-presidente Jacob Zuma não assistiu à
cerimônia. "Não tenho tempo, estou lutando para evitar a prisão",
disse a partidários ao deixar o tribunal de Pietermaritzburgo, na sexta-feira
(24). As estatísticas econômicas mais recentes pressionam Ramaphosa a agir
rapidamente. O desemprego aumentou no primeiro trimestre de 27,1% para 27,6%, e
o Banco Central acaba de reduzir de 1,3% para 1% sua previsão de crescimento
para o ano.
O país permanece sob a ameaça das agências financeiras, que não
recomendam investimentos na África do Sul. "Deve-se passar, agora, do
discurso para a ação", disse, depois da cerimônia, o analista político
Daniel Silke. A oposição tampouco fará favores ao presidente. "É
necessário que o governo seja mais compacto e esteja limpo de todos os
crimes", afirmou o dirigente do principal partido opositor, Aliança
Democrática, Mmusi Maimane.ANG/RFI
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