Bissau,28
Mai 19(ANG) - O diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, Augusto
Mendes, disse que a maior dificuldade daquele que é considerado o maior centro
hospitalar do país é a falta dos recursos humanos e de verbas para assegurar o funcionamento
da cozinha .
Mendes
disse igualmente que a falta de técnicos, especialistas e do pessoal menor (de
cozinha e limpeza) constitui preocupações para a atual direção. Outra
preocupação tem a ver com a falta de dinheiro para a alimentação dos pacientes,
exceto os da pediatria, CTA, Consulta externa e estatística, que constitui a “maior
dor de cabeça da direção”.
Augusto
Mendes fez esta observação numa entrevista exclusiva ao semanário O’ Democrata
na qual informou que o hospital necessita de recursos humanos, de acordo com as
necessidades de cada serviço.
“Precisamos
de recursos humanos, mas tudo deve ser feito com base numa recomendação do
Ministério da Saúde Pública para o recrutamento de novas pessoas e empresas de
limpeza”, explicou.
Contou
ainda que atualmente o hospital não tem contrato com nenhuma empresa de limpeza
e as pessoas contratadas individualmente para a limpeza dos diferentes serviços
do hospital, a “maioria está com a idade de ir à reforma, tendo em conta que
determinados serviços devem ser feitos por pessoas mais jovens”.
Dados
estatísticos revelam que o Hospital Nacional Simão Mendes conta com cerca de
600 profissionais, dos quais 24 (pessoal menor) distribuídos para todos os
serviços que o hospital oferece, 29 parteiras (28 efetivos) e dois técnicos especialistas
em partos e uma ginecologista obstétrica (novo ingresso).
Conta com
111 médicos, dos quais 18 especialistas, nomeadamente: três em cardiologia,
seis em medicina geral integral, três em CTA, dois em cirurgia, um pediátrico,
um pneumónologo e dois em oftalmologia. Tem ainda 13 assistentes sociais.
Relativamente
à alimentação, o especialista em medicina explicou que habitualmente, o
Ministério das Finanças desembolsava uma certa quantia em dinheiro, cujo o
valor não foi revelado, para suportar as despesas das refeições que o hospital
fornece aos pacientes assim como aos médicos em serviço. Segundo Augusto
Mendes, desde outubro passado, o Ministério das Finanças cortou essa verba.
Como
solução, a direção do hospital é obrigada a redobrar esforços para poder
assegurar o funcionamento da cozinha.
O diretor contou que é das receitas diárias
que são pagas as refeições, mas que o valor habitualmente arrecadado não consegue cobrir todas as despesas.
Revelou
que a atual direção pretende, para breve, estabelecer uma cooperação com as
escolas de culinária, que passarão a enviar estudantes com experiência
reconhecida para estágio, para cobrir a insuficiência do pessoal na cozinha.
O serviço
de cozinha conta com 17 pessoas, das quais duas efetivas, 13 contratadas e duas
estagiárias. Segundo o jornal O Democrata,
ainda que a ementa varia de acordo com as disponibilidades financeiras da
direção, o mais frequente é o guisado. Há dias em que a direção disponibiliza
apenas 60 000 francos CFA para alimentação. ANG/O Democrata
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