PM sem governo avança para legislativas em
setembro
Bissau, 31 mai 19 (ANG) - Benjamin
Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, não conseguiu formar um governo de
coligação que vinha negociando desde a sua vitória nas legislativas
de abril e teve que avançar para novas eleições antecipadas para 17 de
setembro.
Aliás o próprio Parlamento votou igualmente a sua própria
dissolução depois dum debate muito crispado, e preferiu provocar novas eleições
legislativas no país, após o escrutínio
de 9 de abril.
Os israelitas vão assim voltar à urnas a 17 de setembro depois
deste fracasso quer do primeiro-ministro, quer do Parlamento.
É que o Parlamento votou quinta-feira de manhã a sua própria
dissolução e pediu novas eleições antecipadas depois dum dia de debates
crispados e debaixo de gritos de "Isto é uma vergonha !" lançados
pela oposição.
Mas, sobre Netanyahou, tratou-se duma rara derrota de um
primeiro-ministro, vaidoso e fogoso, no poder, ininterruptamente,
desde 2009, e mais de 13 anos, se contarmos um precedente mandato.
Este fracasso ilustra a vulnerabilidade do primeiro-ministro
cessante tido como imbatível mas fragilizado por suspeições em 3 casos de
corrupção.
O fiasco fragiliza
igualmente a iniciativa da administração Trump para resolver o conflito
israelo-palestiniana.
O governo americano deve divulgar até fins de junho a vertente
económica do plano.
Washington pode depois avançar com a integralidade do plano em
plena campanha israleita?, perguntam analistas que duvidam, dizendo que o plano
israelo-palestiniano dos americanos está em risco.
Por seu lado, sem evocar explicitamente o plano, o presidente
Trump, que multiplicou apoios a Netanyahou, fez mais uma incursão na cena
israelita.
Os israelitas “estão de
volta às urnas. É uma pena", declarou, Trump, elogiando mais uma
vez Netanyahu, dizendo, que é "um homem fantástico".
Na mesma altura, o seu genro e conselheiro, Jared Kushner,
arquitecto do plano americano para uma paz israelo-palestiniana, encontrava-se
com Netanyahu, em Jerusalém, terceira etapa dum périplo regional.
Ocasião para o primeiro-ministro, Benjamim Netanyahou, declarar
que o "pequeno incidente" referência à impossiblidade de formar
governo, não vai impedir os dois países de continuarem a trabalhar juntos.
ANG/RFI
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